“O Brasil não conhece a África, mas a África sabe bem o Brasil. O Brasil não conhece a África. O Brasil não sabe bem o Brasil. Tá na cara, tá na veia, tá na cor. Tá no som do tambor....”, a letra da música Tanacara, de Gonzaguinha, reflete bem a miscigenação oriunda destes dois povos, porém, nem mesmo essa mistura é capaz de acabar com o racismo ainda existente em nossa sociedade.
Para tentar mudar essa questão, uma mistura de cores, harmonia e respeito marcaram a 5ª Marcha de Enfrentamento e Combate ao Racismo e a Intolerância Religiosa. Da praça Paulo Pinheiro Chagas até o Centro de Consultas Especializadas (CCE) Iria Diniz o que se viu e ouviu foram verdadeiros hinos de força e fé por um único ideal: pela tolerância, pela igualdade e respeito a religião de cada um.
Promovida pela Superintendência de Igualdade Racial, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o encontro reuniu centenas de pessoas entre estudantes, Organizações Não Governamentais (ONGs), grupos e cidadãos de uma maneira geral, que lutam por um país e uma cidade onde os direitos de todos sejam respeitados.
Segundo o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, essa mobilização serve para mostrar que Contagem diz não ao racismo e diz não a intolerância religiosa. “Estamos construindo uma cidade com políticas que afirmam a questão da identidade do provo negro e das religiões, de um povo que tem orgulho da sua origem e de uma autoestima elevada. Vamos dizer basta ao racismo, à intolerância, pois o povo negro está na nossa origem antropológica e faz parte da nossa raiz brasileira”, disse.