A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania está promovendo, neste mês de julho, um ciclo de formação aos agentes da Guarda Civil de Contagem sobre a temática LGBTQIA+. A capacitação atende à uma demanda do Centro de Formação e Capacitação da Guarda Civil de Contagem para debater sobre a diversidade. O objetivo é buscar a humanização e o respeito no atendimento à comunidade LGBTQIA+, garantindo a todos e a todas a promoção da cidadania, a igualdade de direitos e o respeito à diversidade sociocultural, étnico-racial, etária e geracional, e de orientação sexual.
O curso integra o Projeto “Diversifica Contagem”, que o propósito reforçar a luta em defesa da dignidade humana e pela promoção dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTQIA+s).
Respeitando os protocolos sanitários em decorrência à pandemia da Covid-19, a formação é dividida em diferentes módulos temáticos com aulas com dez participantes cada. Ao todo serão capacitados 400 profissionais da Guarda Civil que trabalham nas ruas diariamente.
A capacitação é realizada em parceria com a Faculdade Única de Contagem, na Sala de Aprendizagem Ativa, e ministradas pelo professor, pós-graduando em Diversidade Sexual e de Gênero, mestre em Linguagens e doutorando em Linguística, Giliard Dutra Brandão.
“A formação em diversidade para os integrantes da Guarda é de suma importância para termos uma instituição menos preconceituosa e mais atuante frente às ocorrências que envolvem a LGBTfobia. É necessário conhecer para entender e agir. Uma instituição qualificada é muito importante para que preconceitos e tabus sejam quebrados tanto no âmbito institucional quanto no âmbito externo”, destacou o chefe de gerenciamento da Guarda Civil de Contagem, Sousa Bruno.
O pesquisador Giliard Brandão falou sobre a importância da capacitação e sobre sua percepção enquanto pesquisador da temática LGBTQIA+. “O sentimento de insegurança, em ser simplesmente quem é, acomete sujeitos da comunidade LGBTQIA+ e seus familiares em todas as etapas da vida e em diversas esferas sociais. Diante disso, é legítimo e emergencial pautar a diversidade sexual com agentes da segurança que representam uma instituição fundamental para a garantia e preservação da dignidade humana. No caso específico de transexuais, o grande crivo reside na desligitimação do nome social e uma abordagem não condizente com a identidade de gênero da pessoa. A dignidade humana é inegociável”, concluiu.