O ano de 2023 começou com áreas de instabilidade influenciando a região Sudeste do país. De acordo com a Defesa Civil de Contagem, apesar da permanência das precipitações nesses primeiros dias do ano, o órgão não registrou enchentes em vilas e locais monitorados, transbordo de córregos e desastres, conforme o último balanço divulgado no dia 2/01. Apenas algumas ocorrências relacionadas à movimentação do solo.
Contudo, em virtude das precipitações constantes que devem permanecer até o final de semana, a Defesa Civil mantém a recomendação de atenção redobrada para o grau de saturação do solo e os sinais construtivos. Também emite, diariamente, alertas para a população, por meio de grupos de WhatsApp e em redes sociais. E orienta que a população deve acionar o 199, para avaliações e casos de urgência. O serviço funciona 24h.
Balanço
Em dezembro do ano passado, a situação se manteve sob controle. Segundo a Defesa Civil, foram contabilizadas cerca de 50 ocorrências, sendo a maioria de baixa gravidade. Essa situação somente foi possível, segundo o coordenador do órgão, Renato Silva, em razão dos trabalhos preventivos executados pela Prefeitura, tanto pela Secretaria de Obras e Manutenção Urbana quanto pela própria Defesa Civil que, ao longo de 2022, executou ações de revegetação e de conscientização dos moradores de áreas de risco.
“A limpeza dos córregos e as obras de contenção e drenagem realizados em várias regionais do município têm contribuído para melhorar o escoamento da água. Nós, também da Defesa Civil, investimos em treinamento e na implementação de projetos em áreas degradadas, como o Trama Verde. Acredito que cada uma destas ações está sendo decisiva para lidar com as chuvas de forma mais tranquila que no ano passado. Entretanto, não podemos descansar. Há muito ainda o que fazer pela cidade, que inclusive tem várias áreas consideradas de risco alto. O trabalho e o monitoramento devem ser contínuos”, destacou o coordenador.
O evento mais complexo foi registrado pela Defesa Civil no dia 10/12, quando cerca de 200 pessoas ficaram desalojadas temporariamente. As áreas mais afetadas foram as vilas Samag, Marimbondo, João Gomes Barbosa e a avenida Integração. Para assistir os moradores destes locais, a Prefeitura, além disponibilizar abrigo, distribuiu cerca de 60 colchões, 88 galões de Hipoclorito de Sódio e 27 cestas básicas. Atualmente, estes locais seguem sendo monitorados pelo órgão, especialmente quando há alerta de precipitações mais intensas.
O volume de chuvas acumulado em dezembro do ano passado também foi considerável. Entre os dias 01/12 e 31/12, foi apurado uma média de 240 mm. Em algumas regionais, o registro foi um pouco menor, como na Regional Petrolândia que chegou a 235 mm, e em outras, maior. As regionais Ressaca e Riacho registraram um acumulado de mais de 300 mm de chuva.