Contagem vem se preparando para reduzir os impactos das chuvas na vida das pessoas, com intervenções que vão desde a construção de muros de contenção em áreas de risco, a execução de obras de micro e macrodrenagens até a construção de grandes bacias de contenção. O último período chuvoso mostrou que essas ações já vêm surtindo efeito, com uma redução significativa nos pontos de alagamento, mas indicou, também, que há muito trabalho a ser feito, o que leva a gestão municipal a continuar trabalhando todos os dias para garantir a segurança da população.
De acordo com o coordenador das Obras de Drenagem e Bacias de Contenção de Contagem, Pedro Paulo Ferreira, das quatro bacias que estão sendo construídas no município, pelo menos três devem ser entregues antes do próximo período de chuvas. “As bacias B5A, na avenida Arterial, bairro Parque Industrial, e a bacia B2, na av. Rio Volga, no bairro Riacho das Pedras, ambas construídas pelo governo do Estado, devem ser entregues em setembro. Já a bacia B3, que fica onde era localizada a Vila PTO e é executada pela Prefeitura de Contagem, mas com recursos do Estado, já está pronta para ser entregue à população”, explicou.
“Outra bacia que também está sendo executada pela Prefeitura, com recursos do governo do Estado, é a bacia B4, no local onde ficava a antiga Vila Itaú - atrás do Itaú Power Shopping. Os trabalhos seguem em um bom ritmo, após ter que ser paralisada durante o período de chuvas, o que impossibilitou a atuação das equipes no local. É uma obra de grande porte e a previsão é de que seja totalmente concluída em novembro de 2026”, destacou Pedro Paulo.
É importante lembrar que, mesmo sem estarem concluídas, as bacias de contenção já cumpriram bem o seu papel na prevenção de alagamentos e enchentes entre outubro de 2024 e março de 2025. “Elas já funcionaram nas últimas chuvas, mesmo que parcialmente, sendo muito importantes para que os impactos fossem menores para a população. Com a conclusão das bacias B2, B5A e B3, bem como os avanços na bacia B4, esperamos um cenário bem melhor no próximo período chuvoso”, projetou o coordenador.
Obras de macrodrenagem
As intervenções na avenida Maracanã, na região Sede, são um bom exemplo do quanto a gestão municipal está com a atenção voltada para a redução dos impactos das chuvas no município, pois trata-se de uma intervenção de grande porte e com efeito imediato na região. “É a principal obra de macrodrenagem do município, realizada ao longo de uma via de 4,5 km de extensão, dos quais 3,5 km são de macrodrenagem e os demais 1 km de microdrenagem. Estamos entregando em breve a primeira etapa, que compreende 1,5 km, com a segunda parte, de igual extensão, até dezembro deste ano e o restante até maio de 2026”, disse Pedro Paulo.
“Temos outras obras naquela região e em várias outras localidades do município, entre elas, drenagem em ruas e avenidas que costumam alagar durante as chuvas. Temos o exemplo da avenida Pio XII, que antes tinha problemas com as chuvas, mas que hoje não tem mais. Sobre intervenções que ainda estão por vir, podemos destacar as Vilas Samag e Jardim Eldorado (antiga Marimbondo), nas quais estamos atuando para remover as famílias das áreas que são mais afetadas por alagamentos antes do próximo período chuvoso. Nestes dois locais, de onde serão retiradas essas famílias, vamos construir bacias de contenção, o que vai mudar para melhor a realidade das pessoas”, explicou o coordenador.
Considerando todas as obras de bacias, entre recursos municipais, dos governos estadual e federal, bem como as obras de macrodrenagem, a estimativa é de que os investimentos ultrapassem R$ 1 bilhão. “Esta é uma prova da importância do trabalho conjunto dessas esferas de governo, o que vem sendo a tônica da atual gestão, inclusive, na busca por diálogo com os demais municípios da região. É muito importante essa parceria, porque os cursos d'água não são municipais, não afetam uma região única. Além disso, as soluções são muito caras, o que torna essencial essa atuação conjunta”, reforçou Pedro Paulo.
Plano Diretor de Drenagem Urbana
Além de atacar por várias frentes os problemas de inundações e enchentes durante o período de chuvas, a Prefeitura de Contagem está elaborando um amplo estudo cadastral, mapeando todo o sistema de drenagem existente, os cursos d’água e bacias da cidade. Todos os dados levantados serão utilizados para embasar o Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais (PDDUMAP), que deve ficar pronto em meados de 2026. O objetivo é conhecer mais profundamente a realidade hidrográfica, as redes de drenagem e os canais de macrodrenagem da cidade e construir um plano de intervenções e ações para os próximos 20 anos.
“Esse é um grande documento que está sendo construído, um enorme avanço para Contagem, pois a atual gestão municipal e as próximas vão poder agir de forma estratégica, com soluções conjuntas entre os setores público, privado e demais agentes da sociedade civil para mitigar as inundações. Com isso, será possível mudar a realidade de hoje e ainda preparar o futuro, que pode trazer impactos maiores por causa das mudanças climáticas”, concluiu Pedro Paulo.
