Neste sábado, 26/7, a população dos bairros Novo Boa Vista, Cândida Ferreira e Jardim do Lago, na Região da Ressaca, celebraram a entrega da nova ponte sobre o Ribeirão Tapera. Aguardada há anos pelos moradores, a ponte representa um grande avanço na mobilidade urbana, além de facilitar a ligação entre os bairros, promovendo mais segurança no deslocamento de pedestres, motoristas e do transporte público.
Com 13 metros de extensão, 11 metros de largura, duas pistas para veículos e com passagens laterais para pedestres, a ponte foi implantada em um ponto onde antes existia apenas uma passagem estreita. O projeto incluiu ainda 215 metros de proteção das margens do ribeirão, pavimentação das vias de acesso, sistema de drenagem pluvial, iluminação pública, guarda-corpo, sinalização viária e urbanização com arborização.
Durante a entrega, a prefeita de Contagem, Marília Campos, reforçou o compromisso com a inclusão de regiões historicamente esquecidas no planejamento urbano. “Logo no início do nosso governo, levantamos a bandeira de que a Ressaca também é Contagem. Essa obra representa exatamente isso: a integração de bairros que antes estavam isolados. Hoje, o que era separação virou conexão. A ponte liga comunidades, aproxima as pessoas e garante dignidade no ir e vir de quem mora aqui”, afirmou.
Segundo a prefeita, a ponte é um passo importante dentro de um conjunto de investimentos maiores previstos para a região. “Estamos trabalhando em várias frentes: saúde, cultura, esporte, mobilidade e infraestrutura. E seguimos fazendo isso ouvindo a população, priorizando as demandas que surgem do diálogo com os conselhos e lideranças locais.”
A intervenção foi pensada de forma a respeitar o projeto urbanístico e paisagístico do Parque Linear Tapera, que está sendo implantado para oferecer um espaço de convivência, lazer e proteção ambiental. A obra também permitirá a manutenção da rede de esgoto e contribuirá com a melhoria da qualidade da água que deságua na Lagoa da Pampulha. “É preciso conviver com o ribeirão, não escondê-lo. Vamos cuidar da água, da natureza e transformar essa área num espaço de encontro e lazer. A preservação do córrego é parte do nosso projeto de cidade”, reforçou Marília Campos.
Segundo o secretário municipal de Obras, Rômulo Perilli, a ponte foi a maior entre as obras escolhidas pela população nos conselhos regionais. “Quando o Conselho votou essa obra, viemos aqui e propusemos que, ao invés de uma travessia simples, fosse feita uma ponte estruturada. A proposta foi aprovada imediatamente. O investimento inicial previsto para toda a região era de R$ 8 milhões, mas com o esforço conjunto do governo e das secretarias envolvidas, esse valor já ultrapassa R$ 44 milhões”, afirmou.
O administrador da Regional Ressaca, José Carlos de Menezes, reforçou o papel da comunidade na construção da proposta. “Esse é um reflexo da participação popular. A ponte substitui uma antiga pinguela e representa a união de dois bairros antes separados pelo ribeirão. Agora, o acesso à UBS e ao Cemei ficou mais fácil e seguro para todos”, disse.
Para quem vive ali, a transformação é concreta. Elmar Nicodemos, morador desde 1979, lembra do tempo em que a travessia era precária e insegura. “A ponte era só uma viela apertada, escura, perigosa. Quando chovia, a gente ficava com medo. Já tivemos enchentes aqui, com água invadindo as casas. Agora, com essa estrutura, a história vai ser outra. Isso aqui melhora tudo: a mobilidade, a segurança, o dia a dia.”
Para a moradora Eliane Cardoso, a obra também simboliza o cuidado com a comunidade. “A ponte integra bairros, facilita nossa vida e mostra que nossas reivindicações estão sendo ouvidas. Agora, sei que nós temos que cuidar e preservar esse espaço”, destacou.
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