Após a notícia de que a Seguradora Multiplicar teria encerrado suas atividades, o Procon Contagem recebeu várias ligações, e fez diversos atendimentos a consumidores em busca de orientações referentes à seguradora, localizada na avenida doutor João Augusto Fonseca e Silva, 674, Novo Eldorado.
A equipe de Fiscalização foi ao imóvel onde a empresa tinha sede, na manhã desta sexta-feira (18), e verificou que o mesmo se encontrava fechado e sem nenhuma notícia do dono e de funcionários. No momento do ato fiscalizatório, uma multidão de associados da seguradora encontrava-se no local, buscando esclarecimentos acerca do ocorrido e querendo cancelar o contrato com a empresa. Além disso, foi constatado que o imóvel foi arrombado na noite anterior e que nele havia apenas dois seguranças de vigia, contratados pelo dono do imóvel.
A seguradora Multiplicar, por meio de uma rede social, publicou também na manhã desta sexta-feira (18) um comunicado informando o encerramento de suas atividades sendo sua motivação o “(...) desequilíbrio financeiro derivado do crescente número de sinistro, aliado a uma série de dificuldades operacionais que inviabilizaram o cumprimento dos objetivos da associação (...) os associados que, por alguma razão, tenham algum crédito a receber, decorrente de sinistros ou de algum compromisso assumido, nos termos do estatuto e do regulamento da associação, serão atendidos para o planejamento e organização dos pagamentos”.
Conforme o comunicado oficial, os associados que tenham alguma pendência com a associação, devem entrar em contato por meio do e-mail juridico.contagem@multiplicar24horas.com.br, pois em até 30 (trinta) dias será feito o agendamento de atendimento, a fim de promover o planejamento e organização para cumprimento das obrigações pendentes.
Diante do exposto, a superintendente do Procon Contagem, Rariúcha Amarante Braga Augusto, afirma que o Procon não possui mecanismos que possibilitem o processamento das reclamações por meio da via administrativa, haja visto que todas as formas de notificações estarão frustradas, uma vez que não é possível contatar ou localizar os responsáveis pelo estabelecimento.
Desse modo, o Procon orienta que os consumidores registrem um boletim de ocorrência e encaminhem sua demanda à Delegacia do Consumidor ou aos órgãos do Poder Judiciário, quais sejam Juizado Especial e Justiça Comum.