Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Contagem e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura Municipal de Contagem
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Rede Social Flickr
Notícias
AGO
01
01 AGO 2025
CULTURA
DESTAQUE
OBRAS
REGIONAL SEDE
Região Sede: onde a história da cidade começou e o progresso se fez nos últimos 114 anos
Foto Noticia Principal Grande
Espaço Popular, Centro Histórico e praça da Jabuticaba Foto: Luci Sallum/PMC
receba notícias
Em celebração ao aniversário de Contagem, a Prefeitura está lançando uma série de matérias especiais, publicadas em duas edições por semana, no site oficial e nas redes sociais. A ideia é mostras a história, desenvolvimento, cultura e os diversos espaços de convivência e lazer do município, destacando o que cada uma das oito regiões da cidade oferece. Além de apresentar os locais mais importantes e interessantes de cada região, as matérias também vão destacar histórias pessoais e marcantes de moradores, buscando fortalecer o sentimento de pertencimento e valorizar a identidade contagense.

A região Sede é o coração histórico e administrativo de Contagem. Com uma trajetória que acompanha o próprio surgimento da cidade e guarda importantes marcos culturais, sociais e urbanos, A sede respira história, sendo importante não apenas para os moradores, mas para quem visita, estuda ou tem curiosidade sobre o município.

A região começou a se desenvolver por volta do século XVIII, em torno de uma parada de tropeiros no caminho entre o interior de Minas e a então capital da então colônia, Salvador. Com uma casa de contagem de mercadorias, onde também era taxada a parte que iria para a coroa portuguesa, a cidade foi um polo importante de passagem, armazenagem e arrecadação para Portugal por um bom tempo.

Passada a independência do Brasil e a consequente emancipação de Contagem, em 1911, a cidade foi crescendo como um todo e a região Sede não foi diferente. Com histórias marcantes, os moradores da cidade lembram com carinho de como a cidade foi se transformando.

É o caso da cantora e multiartista, Lenna Santos, que desde cedo vivenciou experiências na Casa de Cacos, conhecendo, inclusive, o idealizador do mosaico, Carlos Luís de Almeida, conhecido por Seu Carlos.

“É um lugar que me traz ótimas lembranças. Quando criança, vivenciei essa casa sendo transformada, participei de oficinas, de brincadeiras. Seu Carlos era uma ótima pessoa, muito querido entre os vizinhos e pelas crianças, em especial. Ele promovia diversas brincadeiras conosco. Naquele tempo, a Fifi (elefanta que fica próximo à entrada), para mim e para a maior parte das crianças, tinha vida. Bons tempos que conto aos visitantes dessa casa quando chegam para saber mais sobre a história desse lugar fantástico”, disse ela, hoje gerente do espaço, localizado no bairro Bernardo Monteiro.

A Casa de Cacos começou a ser construída por volta dos anos 1960, a partir de uma ideia de Seu Carlos e, aos poucos, passou de uma casa comum para um dos mosaicos mais bonitos existentes na cidade. Há quem diga que não há nenhuma construção igual no mundo. A Casa, que por mais de 15 anos ficou fechada, foi totalmente restaurada e entregue à população em 2022, como presente de aniversário da cidade. A Casa de Cacos é aberta ao público de terça-feira a sábado, das 9h às 12h e das 13h às 17h e, aos domingos, das 9h às 13h.
 

 
A Casa de Cacos, localizada no bairro Bernardo Monteiro, foi reinaugurada em agosto de 2022, no aniversário da cidade e é um dos pontos turísticos de Contagem 
Fotos: Janine Moraes/PMC

Outros pontos na região também merecem destaque, até porque também passaram por reformas, revitalizações ou inaugurações nos últimos anos. Casos, por exemplo, do parque Gentil Diniz – totalmente revitalizado e que se tornou mais um ponto de encontro das pessoas que gostam de aproveitar a natureza – e da praça da Jabuticaba que, localizada na av. Gil Diniz, seja durante o dia ou à noite, quando está iluminada, também é um dos pontos de encontro de pessoas de todas as idades que, confortavelmente, podem aproveitar o local, inteiramente reformado.

Palcos de culturas, projetos e pertencimentos

A região Sede possui, ainda, outros locais de importante apelo cultural. Exemplos disso são o Espaço Popular, localizado no entorno da Matriz de São Gonçalo, no Centro; a Casa da Cultura Nair Mendes Moreira – Museu Histórico de Contagem, reconhecida como o local mais antigo de Contagem, revitalizado em 2021; a Estação Bernardo Monteiro, que passou a expor diversos projetos e mostras; o Cine Teatro, que está em reforma e, em breve, abarcará diversos projetos culturais na cidade; e as casas coloridas, também em reforma e que, por anos, não apenas serviram como locais de exposições, mas também de apresentações culturais e represamento de acervos históricos.
 

  
O Espaço Popular recebeu grandes nomes reconhecidos no cenário nacional, como Zé Ramalho, Padre Fábio de Melo e Alceu Valença  Fotos: Luci Sallum/PMC

A artista e artesã, Luiza Rabelo Andrade destacou seu contato com a cultura da cidade, principalmente quando participou de exposições individuais e coletivas tanto no Centro Cultural, conhecida como Casa Amarela, como na Casa da Cultura Nair Mendes Moreira.  Formada em artes plásticas pela reconhecida Escola Guignard, da UEMG, ela tem na memória estes momentos, iniciados há algumas décadas. “Tenho muito orgulho de fazer parte dessa história cultural da cidade e de poder contribuir, mesmo que de forma singela, para a construção desse cenário tão rico. Foram várias participações nos espaços da cidade, que recordo com carinho”.

Luiza ressaltou, ainda, a riqueza cultural da cidade, muitas vezes disponível à população dentro de cenários simultâneos. “Oficinas, atividades teatrais, exposições, shows. Tudo isso com muita qualidade, em diversos locais, muitas vezes, num mesmo período. Não podemos esquecer das apresentações gratuitas que estiveram, inclusive recentemente, no Espaço Cultural, próximo à Matriz São Gonçalo. Alcione, 14 Bis, Patu Fu, Frejat, Alceu Valença, Padre Fábio de Melo, entre tantos outros. Vivenciar isso também é uma alegria, principalmente vendo o acesso à cultura de uma forma tão viva e para todos”, comentou.



O quilombo também é cultura!

Comunidade familiar e tradicional, de ascendência negra, formada pelos descendentes e agregados de Artur Camilo Silvério e Carmelinda Maria da Silva, os Arturos estão em Contagem há mais de 100 anos e a sede deles também faz parte da região Sede. A comunidade descende de Camilo Silvério da Silva, um dos escravizados que chegou ao Brasil em meados do século XIX, quando ainda existia o grande tráfico de africanos para vários países. Em Contagem, a história se remonta a partir da vinda, em definitivo do grupo para a cidade, após um período na região de Santa Quitéria, hoje conhecida como Esmeraldas.

Essa fixação em território contagense por parte dos Arturos, aliás, é lembrada com carinho pelo superintendente de Políticas para Promoção de Igualdade Racial, Jorge Antônio dos Santos. “Os Arturos chegaram em Contagem antes mesmo da emancipação do município. É um patrimônio não somente de Contagem, mas de Minas e do Brasil, seja pelo seu tempo de existência, suas tradições e cultura”, afirmou ele, recordando que, em 2004, os Arturos foram reconhecida como comunidade quilombola no Dossiê de Registro do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).

Além disso, foi declarado patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais em 2014. Anualmente, a comunidade, fixada no bairro Jardim Vera Cruz, celebra diversas festas, como a Folia de Reis, Festa da Abolição, Festa do João do Mato, Congado de Nossa Senhora do Rosário, além de participar de diversos outros atos culturais, apresentando o candombe, o congado, as vestimentas, sabores e batuques. Outro ramo que os Arturos também se inserem é quanto ao cultivo de hortaliças, verduras e legumes. Participante da Feira Urbana, Periurbana e Familiar, os Arturos possuem, atualmente, uma grande horta, capaz de produzir para a própria subsistência e para negociar. Entre os produtos produzidos no quilombo encontram-se alfaces, cebolinhas, salsinhas, couves, abóboras, milhos, entre outras plantas, usadas, inclusive, para serem usadas como chás ou mesmo para banhos.
 

 
Os Arturos estão em Contagem antes mesmo da emancipação da cidade. Em mais de 100 anos no município, celebram sua cultura e tradição, passando a cada geração aquilo iniciado por Artur Camilo Silvério 
Fotos: Luci Sallum/PMC

Da terra ao “Asfalto Novo”

Se antigamente, Contagem, assim como a maioria das cidades brasileiras, tinha como calçamento, senão a terra, as pedras, atualmente isso ocorre em uma escala infinitamente menor.

A partir de 2021, iniciou-se na cidade o Programa “Asfalto Novo”, o maior dos últimos 40 anos, que já pavimentou mais de 530 vias na cidade, muitas delas na região Sede. Compondo o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), o “Asfalto Novo” trouxe uma nova cara para Contagem, simbolizando não apenas o progresso, mas o conforto ao motorista que trabalha, mora ou passa pela cidade, levando, concomitantemente, mais segurança e trafegabilidade às pessoas.

Aparecida de Oliveira, 78, que desde que nasceu vive na cidade e, em específico, na região Sede, viu de perto as mudanças e o desenvolvimento acontecendo. “Antigamente todo mundo se conhecia. Era filho de fulano, neto de cicrano, sobrinho daquele ou irmão do outro. Hoje isso mudou muito, a cidade cresceu, se desenvolveu. As jardineiras deixaram de circular nas ruas, antes de terra, depois com calçamento, e deram lugar aos carros, hoje no asfalto que está em toda a cidade”, lembrou.

Funcionária pública aposentada, por muitos anos serviu a Prefeitura, depois ao fórum da cidade. “Fui eu quem montou a biblioteca pública Edson Diniz, quando ela ainda era onde hoje está a Caixa Econômica Federal, próximo à praça Silviano Brandão”, recordou. Sobre memórias da região, Aparecida destacou a liberdade na infância, as brincadeiras nas praças e as idas ao Cine Teatro. “Eram outros tempos. Sou de uma família de pessoas ligadas à cultura, com parentes que se apresentaram várias vezes no Cine Teatro. Mais tarde cheguei a ir, frequentei muito. Inclusive não vejo a hora de vê-lo novamente reaberto”, disse.

 

  
Contagem passou por um desenvolvimento imenso, principalmente nos últimos 40 anos. Nas fotos, calçamento em pedra, que mais tarde seriam substituídos pelo asfalto. Os carros também foram mudando com o tempo.
Fotos: acervo/Aparecida Oliveira

Sede: onde ir?

  • Parque Municipal Gentil Diniz
  • Igreja Matriz de São Gonçalo
  • Casa da Cultura Nair Mendes Moreira - MHC
  • Casa dos Cacos
  • Espaço Popular de Contagem
  • Praça da Jabuticaba
  • Centro Cultural Francisco Firmo de Mattos Filho
  • Praça Tiradentes (antigo fórum)
  • Espaço Verde Colonial
  • Biblioteca Pública Municipal
  • Comunidade dos Arturos


Vem mais por aí!

O SIM será um sistema que vai integrar não apenas a cidade, mas as cidades da região metropolitana a partir do segundo semestre do ano que vem. Um dos quatro terminais está localizado na av. João César de Oliveira, com prazo estipulado de finalização para dezembro de 2025. Considerado o “coração” do projeto, ele será responsável por fazer diversas integrações de linhas de ônibus, inclusive metropolitanas, favorecendo o fluxo mais rápido e eficiente dos ônibus que passam por Contagem.

Outro local importante do SIM é a avenida Maracanã, que em breve será inaugurada, e que ligará, por uma via comprida e rápida, a Sede com a região de Nova Contagem, desafogando diversas ruas, como a do Registro, que também serve como integração entre os dois pontos. A avenida Maracanã, quando estiver concluída, será um novo corredor do município, que vai facilitar a vida de cerca de 220 mil pessoas que atravessam a cidade diariamente.

Com ela, o tempo de deslocamento entre Nova Contagem e o metrô do Eldorado também será significativamente reduzido e haverá uma relevante diminuição do volume de tráfego no centro histórico da cidade. Os impactos positivos alcançarão toda a região metropolitana, integrando cidades como Esmeraldas, Betim, Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, além das regiões de Contagem, como Vargem das Flores, Ressaca, Sede e Eldorado.
 

  
As estações na av. João César de Oliveira e o viaduto Beatriz integram o SIM, que vai facilitar a vida de cerca de 220 mil pessoas que atravessam a cidade diariamente 
Fotos: Adelcio Ramos/PMC

Autor: estagiária Aline Lima e repórter João Cavalcanti
Seta
Versão do Sistema: 3.4.4 - 23/07/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia