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MAI
18
18 MAI 2025
SAÚDE
Doação de leite materno: um ato de solidariedade e amor que pode salvar vidas
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Campanha internacional estimula a doação e valoriza o aleitamento

Nesta segunda-feira (19/05), é celebrado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano, uma data dedicada a conscientizar a sociedade sobre a importância desse alimento essencial nos primeiros meses de vida. A iniciativa busca promover o aleitamento materno, incentivar a doação de leite humano e fomentar discussões sobre sua relevância para a saúde infantil.

O leite materno é o principal alimento para os recém-nascidos e desempenha um papel fundamental na proteção contra doenças como diarreia, infecções respiratórias e reações alérgicas. De acordo com especialistas, sua administração reduz em até 13% a taxa de mortalidade em crianças com menos de cinco anos. Os benefícios, porém, não se restringem à infância: o aleitamento também diminui o risco de doenças como hipertensão, diabetes, obesidade e colesterol elevado ao longo da vida.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, o Brasil conta com 224 Bancos de Leite Humano (BLH) espalhados por todos os estados, além de 217 Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH). Minas Gerais possui 13 BLHs e 30 PCLHs. Há também uma rede de 30 unidades de apoio, composta por centros de saúde e hospitais que funcionam como pontos de coleta.

Amamentar e doar: apoio à mãe lactante

O leite humano é uma substância extremamente rica e completa. Em sua composição, estão presentes carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e componentes imunológicos, como imunoglobulina A, enzimas e interferon, além de elementos que promovem o crescimento saudável do bebê. Por isso, é considerado suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais da criança até os seis meses de vida, inclusive em relação à hidratação.

Para a referência técnica médica e pediatra do Centro Materno Infantil (CMI), Marcela Barbosa, a data também fortalece os vínculos de empatia e solidariedade entre as mães doadoras e as famílias que recebem o leite. “A doação de leite nos aproxima de tantas mães fragilizadas pelos momentos vividos com seus filhos e, sem dúvida alguma, nos conecta no lugar do amor e cuidado de mãe. Saber que uma gota do meu leite é capaz de alimentar e proteger, além da minha filha, outras crianças, inunda meu coração de alegria! Certamente, a doação de leite humano é um ato de amor. Eu sou doadora e encorajo outras mulheres a também se tornarem doadoras”, afirma.

Para Perla Andrade Santos, mãe do pequeno Nikolas, que tem apenas quatro dias de vida e depende desse gesto de amor, a doação tem sido essencial. Ela enfrentou uma gravidez de risco e seu filho nasceu prematuro, o que a impede, por ora, de amamentar. “O leite tem ajudado muito e tem atendido bem o meu filho. Não tive dúvida em aceitar, porque fui muito bem orientada pela enfermeira sobre a procedência do leite. Ela me explicou que ele é pasteurizado, então eu não tive nenhuma insegurança”, relata.

A mãe ainda faz questão de agradecer pelas doações recebidas. “Sou muito grata às mãezinhas que estão doando leite para o meu filho. Essa ajuda é fundamental para mães que não conseguem amamentar, principalmente em momentos delicados como o que estou vivendo. Se eu pudesse agradecer pessoalmente a quem está fazendo isso pelo meu filho, eu o faria com todo carinho”, ressalta.

Leite humano: cada gota conta

Em 2024, o Centro Materno Infantil (CMI) de Contagem recolheu 190.243 litros de leite humano, que foram encaminhados para pasteurização em parceria com o banco de leite de Betim. Pelo acordo firmado, metade do volume arrecadado fica com a unidade de Betim, enquanto a outra parte é destinada ao atendimento dos bebês internados em Contagem.

A presidente da Comissão Permanente de Aleitamento Materno, Kátia Fonseca, explica que, atualmente, o CMI conta com 18 doadoras ativas. “Mesmo pequenas quantidades podem fazer a diferença. Há bebês internados que precisam de apenas 1 ml por refeição, dependendo do peso e da condição clínica. Todo o leite doado passa por um rigoroso processo de análise, pasteurização e controle de qualidade antes de ser destinado aos recém-nascidos que necessitam”, destaca.

Quem pode doar?

Toda mulher saudável e em fase de amamentação pode se tornar doadora. O leite deve ser coletado em frascos de vidro com tampa plástica, previamente higienizados. O Centro Materno Infantil oferece suporte completo às doadoras, fornecendo os recipientes adequados, máscaras, toucas e orientações detalhadas sobre o processo de coleta. Além disso, uma equipe especializada se desloca até a casa da lactante para buscar o leite.“É um gesto humanitário que alimenta a esperança. As mães recebem todas as instruções e não precisam se preocupar em levar o leite até o hospital, nós cuidamos de todo o transporte”, enfatiza Kátia.

Mulheres interessadas em contribuir com a causa podem entrar em contato pelo telefone (31) 2538-9296, escolher a opção 7 e informar o desejo de doar. A partir disso, uma equipe técnica prestará todo o suporte necessário.

Autor: repórter Aline Malta / Edição: Etiene Egg
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