O ano de 2023 significou um importante aumento dos números de exportações e importações em Contagem, que, somadas, passaram de 1,3 bilhão de dólares, deixando a cidade em um patamar diferenciado, desenvolvimentista, produtor e multiplicador de valores. Os dados são do Portal de Estatísticas do Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), e foram analisados pelo Observatório Socioeconômico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Contagem.
O número bilionário do ano passado traduz o aumento do comércio da cidade com diversos países, mostrando um cenário exportador e, ao mesmo tempo, tendo a necessidade de importar produtos para a produção própria e revenda interna, o que gera não apenas renda, mas crescimento das empresas, o que possibilita, de forma local e até nacional, a criação de postos de trabalho. A cidade de Contagem, assim, se torna uma importante porta de entrada de máquinas, equipamentos e insumos industriais, faturando e arrecadando no município.
Exportações
Na soma das exportações, Contagem registrou 428 milhões de dólares em 2023. Comparativamente ao ano de 2022, esse valor é 4,8% maior. O volume de exportações representou 1,2% de todas feitas em Minas Gerais em 2023, fazendo de Contagem o 19º maior município exportador. Nacionalmente, em 2023 Contagem ocupou o 151º lugar de cidades exportadoras.
Nas exportações, quem mais comprou produtos e serviços de Contagem foram os Estados Unidos. Os principais itens comprados foram transformadores e conversores elétricos; aparelhos de ligação ou conexão de circuitos elétricos; e materiais minerais, como fibras de carbono ou de turfa. Ao todo, os norte-americanos foram responsáveis por 37% de tudo que foi exportado de Contagem em 2023. Em moeda corrente, foram mais de 160 milhões de dólares.
Em segundo lugar vem a Argentina. Proporcionalmente, eles compraram 10% de tudo que foi exportado pelas empresas de Contagem em 2023 (cerca de 43 milhões de dólares). Os principais produtos adquiridos pelos argentinos foram preparações inibidoras de oxidação e aditivos anticorrosivos; tijolos, placas de lajes, ladrilhos, refratários e peças cerâmicas para construção; e fios de aço e outras ligas.
A Bolívia, outro país latino-americano, ficou em terceiro lugar entre os países que mais compraram de Contagem, com 6,7% de todas as exportações do município (cerca de 28 milhões de dólares). Entre os principais itens de exportação estiveram os óleos de petróleo ou de minerais betuminosos; fios, varetas, tubos, chapas, eletrodos e arames farpados de ferro ou aço.
Em quarto vem a Holanda, com 5,9% de todas as exportações de Contagem (25,14 milhões de dólares). Os principais produtos comprados foram aparelhos ortopédicos, como cintas e fundas médico-cirúrgicas; muletas e talas; materiais minerais com fibras de carbono ou de turfa; e tijolos, placas de lajes, ladrilhos, refratários e peças cerâmicas.
O quinto lugar do ranking ficou com o Chile, com importações que somaram 17.639 milhões de dólares (4,1%). Os principais produtos adquiridos foram cimentos, argamassas, concretos, refratários, óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, motores e geradores elétricos.
Importações
Apesar de os números de importações serem maiores, isso mostra o investimento feito na cidade para que produtos sejam produzidos e serviços sejam prestados de uma forma que aconteçam em melhor e maior escala no Estado e no país, possibilitando o desenvolvimento na cidade e das próprias empresas. O volume no ano passado foi de U$ 893,77 milhões, que colocou a cidade como a quarta que mais importou em Minas Gerais, um aumento de 5,8% em relação a 2022.
De todos os produtos importados pelo estado em 2023 no país, Contagem figurou no 58º lugar no ranking de cidades que mais importaram.
Entre os cinco maiores países que mais vendem para o município estão China (27%), Estados Unidos (19%), Itália (9,1%), Alemanha (8,3%) e Índia (6,5%).
O país asiático, sozinho, negociou cerca de 239 milhões de dólares com Contagem. Os principais produtos comprados pelas empresas de Contagem englobam díodos; transístores; células fotovoltaicas; dispositivos semicondutores; aparelhos de raios X para uso médicos e cirúrgicos; máquinas e aparelhos mecânicos.
Já os Estados Unidos exportaram para o município, entre outros, óleos de petróleo ou de minerais betuminosos; instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária; e peças e partes de máquinas e aparelhos. Ao todo, 166 milhões de dólares foram gastos.
A Itália concentrou suas exportações nos acessórios de veículos automóveis, peças de máquinas e aparelhos e aparelhos e instrumentos de pesagem. O valor dos investimentos ficaram em torno de 81 milhões de dólares. A Alemanha, por sua vez, ganhou com produtos semimanufaturados de ferro ou aço, veios de transmissão; manivelas, chumaceiras (peça metálica de vão circular em que gira um eixo ou veio, destinada a reduzir o atrito); engrenagens e rodas de fricção; artigos e aparelhos ortopédicos, cintas e fundas médico-cirúrgicas; talas e muletas. O valor é próximo ao do vizinho europeu, com 74 milhões de dólares.
Por fim, a Índia recebeu cerca de 58 milhões de dólares das importações, sendo os produtos que mais chegaram à cidade são para construções, como escavadeiras, pás mecânicas e escavadoras, árvores de transmissão, manivelas, chumaceiras, engrenagens, rodas de fricção e peças destinadas às máquinas e aparelhos.
