Para reforçar o papel das mulheres como eixo central na construção das políticas públicas municipais, a Prefeitura de Contagem preparou uma extensa programação, no mês de março, em comemoração ao Dia da Mulher, com o propósito de promover reflexões e ações sobre conquistas, desafios e ações para as mulheres, bem como palestras educacionais em escolas, exposições, cursos, ações culturais, eventos de conscientização e intensificação de programas de atenção à saúde.
Na região Industrial, além de uma semana dedicada ao exame preventivo de mama, atividades esportivas, recreativas e profissionalizantes exclusivas para as mulheres, a data foi celebrada na Feira de Artesanato do Bairro Amazonas (Faba), animada pela intervenção musical do saxofonista Wilson Herbert, que percorreu toda a feira.
“A Faba valoriza o trabalho do artesão e de sua luta diária, beneficiando principalmente a artesã desafiada em jornada dupla ou tripla de trabalho. Todos os dias são das mulheres, que se desdobram em atividades tão diversas como casamento, filhos, casa, trabalho”, lembrou Eva Luiza da Silva, residente no bairro Bandeirantes, expositora da feira há 23 anos.
A administradora da Regional Industrial, Renata Gomes, revela que 68% dos expositores da Faba são mulheres, assinalando a importância delas na economia do município. “Não é à toa temos Prefeitura que governa para todos, mas que tem a temática da mulher como foco central para a reconstrução de políticas públicas”, sublinhou.
Ainda em março, estão programados um aulão de ginástica no Projeto “Contagem na Maturidade”, aberto ao público feminino (16/3); um evento de jogos recreativos para mulheres (17/3) e um curso de confecção de bolsas de cartonagem (28/3), com vagas ainda abertas.
Mais informações na Administração Regional Industrial, no endereço rua Marquês do Paraná, 95 - Industrial, ou pelos telefones 3363-6047 / 5573, das 8 às 17h.
Luta imprescindível
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, foi instituído na década de 1970 como data de reflexão e de luta voltada ao combate das desigualdades e discriminação das mulheres, incialmente nas questões relacionadas às condições trabalho.
Muitos estudos apontam que as mulheres continuam a disputar o mercado de trabalho de maneira desigual e injusta. Dados mundiais (2018) comprovam que apenas 48% das mulheres maiores de 15 anos estão empregadas, quando o percentual entre homens na mesma faixa etária é de 75%.
Além disso, metade das mulheres que engravidam perdem seus empregos quando retornam da licença-maternidade. Pelo fato de engravidarem, as mulheres brasileiras recebem, em média, 20% menos que os homens.