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11
11 NOV 2022
EDUCAÇÃO
Consciência negra: Projeto em escola de Contagem retrata papel da educação na superação do racismo 
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Com o objetivo de colaborar no processo de alfabetização dos alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA e trabalhar o tema da Consciência Negra, que é comemorado no dia 20 de novembro, a Escola Municipal Giovanini Chiodi, promoveu nesta quinta-feira (10/11), o evento “Consciência Negra: Audiovivência e Escrevivência”, baseado nos textos da autora mineira Conceição Evaristo. 

O evento, que apresentou relatos da história de vida dos alunos da EJA, que viveram situações de racismo e preconceito, é resultado dos desdobramentos da Virada Cultural realizada em setembro na escola, que tinha o objetivo de apresentar elementos da obra de um escritor. 

Segundo o diretor e professor da escola, Tiago Camini, a autora Conceição Evaristo foi escolhida pela sua história de vida, que se assemelha à dos alunos, que começaram a estudar mais tarde.  

“A Conceição Evaristo se alfabetizou mais velha, descobriu e se apaixonou pelos livros e prosperou na literatura.  No projeto, nós incentivamos os alunos da EJA a escreverem e a contar a sua própria história, em que eles são os protagonistas. Assim, como o Brasil, aqui em Nova Contagem, temos um número alto de alunos negros, em uma região onde a questão da pobreza e da negritude tem uma grande correlação”, explicou.  

Presente ao evento, a prefeita Marília Campos, que participou da Virada Cultural em setembro, se sensibilizou com o projeto, parabenizou os professores e o diretor da escola pela iniciativa. “É importante realizar eventos que exaltam a cultura e a raça negra. Sempre devemos ficar atentos aos preconceitos para combatermos o racismo. Atividades como esta ajudam a mostrar o que o nosso povo tem de melhor. Estou muito orgulhosa de tudo que os alunos e educadores da Escola Giovanini Chiodi fizeram na noite de hoje”, disse. 

O secretário interino de Educação, Anderson Cunha, destacou que a escola sempre abraça os projetos da Secretaria de Educação, o que torna os projetos vibrantes e potentes. Ele também destacou que a história dos alunos da EJA é muito rica. “Os professores também aprendem com a bagagem e a experiência de vida dos alunos idosos", afirmou. 

O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, parabenizou o trabalho da escola. “Resistir é igual a existir. Parabéns a todos alunos da EJA que estão apostando em um futuro melhor, na educação e no saber”. 

O aluno da EJA, Isac Silva, que contou um pouco da sua história de vida, lembrou de situações de racismo que sofreu na juventude. “Hoje, mesmo com uma lei que criminaliza o racismo, o preconceito ainda existe, e deve ser enfrentado com mais educação para o povo negro”, disse. 

A estudante da EJA, Maria Eliene, disse que o projeto a ajudou a ter mais consciência do seu valor e de que todos são iguais. “Temos que lutar contra o preconceito, todos são importantes e merecem ser respeitados”, afirmou. 

Além dos relatos de histórias pessoais, os estudantes da EJA fizeram apresentações culturais de dança, teatro, tambor e capoeira, celebrando a cultura negra. A prefeita Marília Campos visitou a oficina de turbante e ganhou um turbante e camisetas da comunidade. A Escola Municipal Giovanini Chiodi tem hoje 970 alunos, entre os três turnos, fundamental 1 e 2, sendo 90 alunos da EJA.  

Também participaram do evento o administrador Regional Vargem das Flores, Wander Batista, representando Conceição Evaristo,  a professora Adriana Moraes, a coordenadora do CRAS Vargem das Flores, Carol Mota, e a coordenadora do Programa “Fica Vivo”, Iara Librelon. 

Conceição Evaristo  

A escritora nasceu em Belo Horizonte,  em 29 de novembro de 1946, e é uma conceituada linguista e escritora brasileira. Agora aposentada, teve uma promissora carreira como pesquisadora-docente universitária. É uma das mais influentes literatas do movimento pós-modernista no Brasil, escrevendo nos gêneros da poesia, romance, conto e ensaio.  

Sua mãe a incentivou a estudar o primário e o ginásio em escolas mais prestigiadas, pois considerava as escolas da região da favela onde morava menos favorecidas e limitariam o aprendizado dela. Mais tarde,  Conceição saiu da favela para poder conciliar os estudos do curso normal enquanto trabalhava como empregada doméstica, concluindo o curso normal em 1971, já aos 25 anos.  

 
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Autor: Repórter Adriana Borges/PMC
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