No intuito de buscar soluções para acabar com o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Nova Contagem, que afeta as comunidades dos bairros Retiro, Nova Contagem e região, a prefeita Marília Campos e o presidente da Copasa, Carlos Castro, visitaram o local nesta quinta-feira (8/7).
Durante a visita, Marília Campos salientou que em janeiro de 2021, já nos primeiros dias de governo, se reuniu com o presidente da Copasa, quando apresentou várias demandas da cidade, principalmente o problema do mau cheiro da ETE Nova Contagem.
“Na ocasião, ficou combinada a reunião com a comunidade e hoje viemos aqui para ouvir os moradores e a Copasa, para que juntos, possamos encontrar soluções e resolver esse problema que tanto incomoda a população”, disse a prefeita.
Ela reforçou o comprometimento da atual administração com os moradores da região de Nova Contagem para que a ETE deixe de ser um problema e um desconforto para as famílias od entorno. “Os moradores da região vão passar as informações necessárias sobre o problema para a Regional Vargem das Flores que passará a percepção do odor para a Prefeitura e para a Copasa. Assim pretendemos acabar ou pelo menos amenizar com o mau cheiro exalado pela Estação de Tratamento de Esgoto”, reafirmou.
O presidente da Copasa, Carlos Castro, afirmou que existem tecnologias capazes de acabar, ou pelo menos amenizar, o mau cheiro. Ele disse que a empresa está empenhada para encontrar soluções eficazes.
“Sugiro que seja constituída uma “Rede de Percepção de Odor” formada de moradores que residem ao redor da ETE para que a Copasa tenha informações capazes de identificar os problemas que tem agravado o mau cheiro. Com os relatos da comunidade local vamos procurar formas de resolver o problema”, afirmou Castro.
Carlos Castro explica ainda que com a “Rede de Percepção de Odor” atuante será possível ajustar as operações e também fazer os investimentos necessários. “Aquilo que for necessário a Copasa investir na ETE Nova Contagem para atender as demandas da comunidade local, será feito. A empresa quer ter uma relação próxima e positiva com o município e com os moradores próximos às unidades de tratamento”, finalizou.
A gerente da Unidade de Serviços de Tratamento de Esgoto da Bacia do Paraopeba, Estephânia Cristina Foscarini Ferreira, apresentou toda a estrutura da ETE, as ações que foram feitas e as que estão sendo planejadas para evitar o mau cheiro, entre elas, a criação de um “Cinturão Verde” ao redor da ETE com o plantio de 1.444 árvores das espécies Sansão do Campo, Eucalipto, Citronela e Ficus.
“Estudamos as melhores tecnologias para resolver o problema. Com a implantação do cinturão de árvores, o odor exalado será canalizado para cima e não para a vizinhança. Além disso, outras intervenções serão realizadas nos reatores para evitar qualquer tipo de agitação dos resíduos que possam potencializar o mau cheiro”, explicou Estephânia.
O administrador da Regional Vargem das Flores, Wander Batista, se colocou à disposição para viabilizar a “Rede de Percepção de Odor”. Ele aproveitou a reunião para relatar o vazamento de esgoto da Penitenciária Nelson Hungria e de bairros próximos, no córrego da avenida dos Retirantes.
“Estamos sempre monitorando toda a região, ouvindo os moradores e tentando sanar os problemas. Vamos criar a “Rede de Percepção de Odor” e ajudar a acabar com o mau cheiro que incomoda a todos”, disse.
A moradora Fabíola de Souza Paranhos, que mora próximo a ETE há 24 anos, informou que os horários de maiores incidências de mau cheiro são sempre no início da manhã, no final da tarde e início da noite seguindo até as 21h.
“Moro no bairro Retiro desde antes da construção da ETE e não fomos comunicados sobre os transtornos que teríamos. Desde então, sofremos com o mau cheiro e com o preconceito das pessoas por morarmos em um lugar fedorento. A região cheira mal e também é possível perceber odores de produtos químicos utilizados no processo de tratamento do esgoto. Isso é, além do mau cheiro, estamos preocupados com a qualidade do ar que nossas famílias estão respirando”, contou a moradora.
Já o morador Carlos Alberto Santana, mora no bairro Retiro há 28 anos, e conta que no mesmo local havia uma horta, que existia antes da área ser desapropriada para a construção da ETE. Ele disse que está esperançoso que dessa vez, após 20 anos, a questão seja resolvida. “Dessa vez acredito que com a ajuda da prefeita o problema do mau cheiro será resolvido”, enfatizou.
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Nova Contagem
A ETE Nova Contagem começou a operar em abril de 2008 com a capacidade de tratar 136 l/s e atualmente a vazão que chega na unidade é em média de 82 l/s.
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