As vacinas contra a Covid-19 com aprovação de uso emergencial pela Anvisa são seguras. A maioria da população poderá ser imunizada contra o novo coronavírus conforme as doses forem sendo disponibilizadas aos municípios. Para alguns grupos especiais são recomendadas algumas precauções.
As vacinas CoronaVac (Insituto Butantan) e AstraZeneca (FioCruz) são contraindicadas para as pessoas que possuem alguma alergia aos componentes da fórmula. No caso da vacina do Butantan, são eles: hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio e hidróxido de sódio. Os da vacina da AstraZeneca são: cloridrato de L-histidina monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado, polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio e edetato dissódico di-hidratado (EDTA).
A contraindicação vale para as pessoas que já foram vacinadas pela primeira dose e tiveram reação anafilática, portanto, não devem receber a segunda dose da vacina.
Precauções
Se a pessoa tem algum histórico de reação alérgica a outras vacinas, ou outra condição de saúde, ela pode se vacinar contra a Covid-19, mas é importante que avise o profissional de saúde sobre o seu histórico.
De acordo com a diretora de Imunização da Secretaria de Saúde de Contagem, Clarissa Domingos de Castro, em qualquer vacinação os profissionais fazem uma triagem e questionam alguns medicamentos. “Um deles que contraindica uma vacinação é o uso de corticoide diário. Quando este público passa pela triagem, solicitamos relatório ou dependendo do caso só vacinamos mediante o receituário médico”, explicou.
Segundo o informe técnico do Ministério da Saúde, como com todas as vacinas, diante de doenças agudas moderadas ou graves com presença de febre, a vacinação deve ser adiada até o desaparecimento dos sintomas.
Quem já teve Covid também deve se vacinar. É improvável também que a vacinação de indivíduos infectados (em período de incubação) ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença.
A vacinação deve ser adiada nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade. Como a piora clínica da Covid-19 pode ocorrer até duas semanas após a infecção, a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e, pelo menos, quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.
Grupos especiais:
Gestantes, Puérperas e Lactantes:
A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nestes grupos, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações. Para as mulheres pertencentes ao grupo de risco e nestas condições, a vacinação poderá ser realizada após avaliação cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada, entre a mulher e seu médico ginecologista / obstetra.
Pessoas que fazem uso de anticoagulantes:
Os antiagregantes plaquetários devem ser mantidos e não implicam em impedimento à vacinação. Não há relatos de interação entre os anticoagulantes em uso no Brasil – varfarina, apixabana, dabigatrana, edoxabana e rivaroxabana – com vacinas. Portanto deve ser mantida conforme a prescrição do médico assistente. Por cautela, a vacina pode ser administrada o mais longe possível da última dose do anticoagulante direto.
Pacientes portadores de doenças reumáticas e imunomediadas (Drim)
O paciente deve ser vacinado estando com a doença controlada ou em remissão, como também em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão. Entretanto, a decisão sobre a vacinação em pacientes com Drim deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença reumática autoimune de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, devendo ser sob orientação de médico especialista.
Crianças
Nenhuma das vacinas aprovadas no país até agora inclui menores de 18 anos nos estudos. É de conhecimento dos especialistas que laboratórios farmacêuticos estão fazendo estudos para esta faixa etária, portanto, é possível que em breve publiquem os resultados.