Pela primeira vez desde sua criação, em 2018, o Conselho Tributário e Administrativo de Contagem (Contac) realizou uma reunião composta exclusivamente por conselheiras mulheres. O encontro histórico marca um capítulo inédito na trajetória do órgão e simboliza um passo significativo na ocupação e ampliação feminina nos espaços de poder e decisão dentro da administração pública municipal.
O Contac, órgão colegiado vinculado à Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz), é responsável pelo julgamento de recursos administrativos relacionados à cobrança de tributos municipais. Sua atuação é essencial para garantir a justiça fiscal e a transparência nos processos tributários, contribuindo diretamente para a construção de uma cidade mais equilibrada e eficiente na gestão de seus recursos. O conselho possui composição paritária, ou seja, número de membros iguais representando órgãos governamentais e a sociedade civil.
A sessão histórica teve a participação de quatro conselheiras/relatoras e uma secretária, todas profissionais de destaque em suas áreas. A presidente da sessão, Ana Carolina Prado de Souza, gestora pública e servidora de carreira do município, conduziu os trabalhos ao lado de Aline Fernanda de Sales Rodrigues (analista fazendária), Lorenna Cristina do Amaral Belotte (advogada indicada pela OAB-MG), Joana Darc Vilaça Teixeira (contadora indicada pelo CRC-MG) e Aline Karem Moreira (secretária do Contac). Juntas, elas não apenas representaram a diversidade de saberes técnicos e jurídicos que o conselho exige, como também deram visibilidade ao potencial transformador da liderança feminina.
“A presença feminina em conselhos como o Contac representa um avanço não apenas institucional, mas simbólico. Ao ocupar espaços de poder e decisão, as mulheres contribuem para a construção de políticas públicas mais plurais, democráticas e sensíveis às diferentes realidades da população”, afirmou a prefeita Marília Campos.
Participação feminina
Esse marco não é um fato isolado. A composição exclusivamente feminina da reunião, realizada no dia 10 de junho, não só reforça a capacidade técnica e a qualificação das mulheres que integram o conselho, como também dialoga diretamente com uma das premissas da atual gestão da prefeita Marília Campos: fortalecer a presença feminina em espaços historicamente ocupados por homens, valorizando a participação das mulheres em todas as esferas de governo. Primeira mulher a comandar o Executivo de Contagem e atualmente em seu quarto mandato, Marília tem deixado um legado de inclusão. O aumento do número de vereadoras na Câmara e a expressiva presença feminina nas secretarias municipais são resultados concretos dessa política.
Além do Contac, a própria Secretaria da Fazenda tem seguido essa diretriz, com mulheres ocupando cargos de liderança estratégica em sua estrutura: são cinco superintendentes mulheres e dois homens, além de uma subsecretária e dois subsecretários. Fatos que representam um avanço rumo a uma cultura institucional mais diversa, plural e sensível às diferentes perspectivas que constroem uma cidade mais justa.
“A realização de uma sessão do Contac composta somente por mulheres é, portanto, mais do que um feito histórico. É um símbolo do quanto a representatividade importa — e de como ela fortalece a democracia. Quando as mulheres ocupam com legitimidade e competência os espaços de decisão, toda a cidade ganha. E Contagem segue escrevendo essa história com coragem e equidade”, destacou o secretário da Fazenda, Carlos Frederico.
Para Ana Carolina Prado de Souza, que presidiu a sessão, o protagonismo feminino em Contagem é reflexo de uma transformação que ganha força em todo o país, mas que se torna ainda mais potente quando impulsionado por políticas públicas locais e pela valorização do talento e da competência das mulheres. “O marco dessa reunião histórica do Contac não é apenas um feito inédito, mas um sinal claro de que a cidade está trilhando um caminho de equidade e representatividade com passos firmes e consistentes”, ressaltou.
Atualmente, o Contac conta com 16 conselheiros, e o número de mulheres atuantes como relatoras alcançou seu pico histórico, com um total de seis: três representando o município, duas a OAB-MG e uma o CRC-MG.