A produção de cuidados e inclusão por meio da arte, cultura, trabalho e outras atividades terapêuticas foram trabalhadas com os usuários da Saúde Mental do SUS Contagem durante todo o ano, nos pontos Teia. Para potencializar estas ações, o IV Seminário Teia, com o tema "Precisa-se de artistas: cuidar de si e da vida como uma obra de arte”, foi realizado nesta sexta-feira (15/12), na Tenda do Encontro, na Prefeitura. Promovido pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps), o evento começou animado ao som da música: “Teia, território, entrelace, inclusão, autonomia… TEIA, saúde e arte com alegria…”, produzida pelos usuários do Centro de Convivência.
Os pontos Teia (território, entrelace, inclusão, autonomia) são uma estratégia terapêutica, que trabalha com ações de inclusão, articuladas ao acesso a um tratamento de saúde contínuo, bem como às políticas públicas e a garantia de direitos. A iniciativa surgiu com objetivo de facilitar o acesso para os usuários que não moram próximo ao Centro de Convivência da Raps. Desta maneira, as atividades foram descentralizadas para os territórios de Contagem.
Durante a programação, o público presente pôde participar das oficinas de prática musical, corporal, artes visuais e cultivarte. Para a convivente, Marly Aparecida, que participou da oficina de pintura de máscara, o encontro foi muito divertido. Segundo ela, a partir do momento que começou a fazer parte da associação, sua vida mudou para melhor. “Eu amo estar lá, desde que cheguei na associação melhorei muito. Só tenho que agradecer. Adoro dançar forró com o pessoal de lá”, contou.
A superintendente de Redes de Atenção à Saúde, Júlia Diniz, agradeceu a equipe da Diretoria de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas pelo trabalho realizado, e aproveitou o momento para contar uma novidade. “Nós conseguimos aprovar na Conferência Nacional de Saúde Mental o financiamento nacional para o Centro de Convivência. Agora vamos ficar de olho para fazer valer o que foi aprovado na conferência. Vamos continuar ofertando o que a gente tem de melhor para o cuidado em saúde mental”, celebrou.
Quem passou pela Tenda do Encontro durante o seminário, pôde conferir de perto os trabalhos feitos pelos artistas. Dentre as peças apresentadas estavam pinturas, instrumentos de materiais recicláveis e origami.
Para a superintendente de Atenção à Saúde, Fernanda Carvalho, as artes feitas pelos conviventes trazem vida para as Unidades Básicas de Saúde, uma vez que algumas delas são o espaço de encontro de alguns grupos do Teia. “Como é importante que a gente tenha os pontos Teia nas unidades, elas também são um espaço de convivência. Quando eu chego em uma unidade onde tem o trabalho de vocês expostos, fico muito feliz”, destacou.
Com sorriso reluzente, Maria de Lourdes, afirmou que ficou muito feliz em participar do encontro. “Estou feliz, é muita coisa linda, alto astral. Só tenho que agradecer por estar vivendo isso aqui hoje”, celebrou.
Além das oficinas, o seminário contou com relatos de vivências, desfile de máscaras e apresentações artísticas. Participaram do encontro usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), familiares, articuladores dos territórios, oficineiros, profissionais da saúde e representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
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