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OUT
07
07 OUT 2022
SAÚDE
Pacientes recebem assistência médica em casa para recuperação mais rápida
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SAD Contagem, referência nacional em atenção domiciliar, traz para pacientes a possibilidade de recuperação no conforto de casa

Imagine você ter a continuidade do tratamento no conforto do lar depois de passar por um procedimento nas Unidades de Pronto Atendimento de Contagem - Upas ou no Hospital Municipal e, em ambos os casos, com o quadro estabilizado, ter a possibilidade de continuar o tratamento acompanhado por uma equipe de multiprofissionais.

Este é o Serviço de Atenção Domiciliar - SAD, um dos serviços de excelência do SUS Contagem prestado à população, que é referência nacional devido a dedicação e a devoção dos profissionais envolvidos, que oferecem o melhor para usuários do sistema público de saúde no município. Por ser um serviço substitutivo da internação hospitalar, o SAD está localizado dentro da estrutura do SUS na Rede de Urgência e Emergência.

Caracterizado por por ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, o SAD garante a continuidade dos cuidados em saúde, a partir da desospitalização. Em Contagem, o registro de desospitalizações é bastante expressivo, pois há um trabalho de busca ativa realizado pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Saúde - SMS. Somente em agosto deste ano, 201 usuários do SUS Contagem passaram a ser atendidos pelo SAD. Destes, 166 foram captados pelo serviço de busca ativa nos leitos das quatro UPA da cidade e do Complexo Hospitalar. Só em 2022 até o mês de agosto, mais de 47 mil visitas foram feitas nas residências de pacientes pelo programa.



Pacientes como o aposentado Carlos Luiz Vieira, 62 anos, que ficou paraplégico por conta de um tumor na coluna. Com a mobilidade reduzida ele passa a maior parte de seu tempo deitado na cama, em um dos quartos do seu apartamento, no bairro Ressaca, o que acaba gerando feridas na região lombar. Sob o olhar cuidadoso da esposa, a aposentada Maria Gorete Costa, 66 anos, e do filho, o administrador Lucas Filipe Costa Vieira, 29 anos, Carlos precisa de ajuda para tomar banho e se deslocar dentro de casa. Nessa rotina de cuidados, eles contam com o valoroso apoio de uma equipe do SAD, que vai semanalmente à residência deles para fazer o curativo para a cicatrização da ferida. “O pessoal do SAD é nota 10. O serviço é maravilhoso, são carinhosos, alto astral, me ajudam demais”, comenta o paciente após mais uma visita na quarta-feira, 21 de setembro.

“A vinda do SAD aqui em casa é uma benção. A gente não sabe nem como seria ter que descer com ele três lances de escadas, pois eu e o Lucas não damos conta de carregá-lo”, conta a companheira de Carlos, com quem está casada há 35 anos. “Além de tratar da escara, o meu pai acaba sendo atendido também pela médica do programa, caso ele tenha alguma outra queixa ou mesmo precise trocar as receitas, o que evita levá-lo ao posto de saúde ou mesmo à UPA”, completa o filho Lucas.


“No caso do Carlos as visitas são semanais para a troca do curativo e é importante destacar que aqui temos o cuidado compartilhado com a família”, explica o enfermeiro, Ulisses Muniz, após finalizar mais um curativo. A assistente social, Carla Regina, que acompanha a visita e faz parte da equipe, lembra que Carlos é assistido pelo serviço desde 2014. “Como ele tem a questão da mobilidade reduzida, as escaras cicatrizam e depois agudizam novamente de tempos em tempos. Quando estão cicatrizadas nós (o SAD) o ‘entregamos’ aos cuidados da Saúde Primária que vai por meio da equipe de Estratégia Saúde da Família acompanhá-lo por consultas periódicas e realizar a troca de receita de medicamentos administrados. Aparecendo novas escaras, eles, a Atenção Primária, nos acionam”, explica a profissional.

Também na Regional Ressaca, outro paciente que utiliza o SAD é o aposentado Agenor Ribeiro da Silva, 78 anos, morador do bairro São Joaquim. Em decorrência de uma infecção urinária recorrente, causada por uma bactéria adquirida, ele sempre é acometido por um quadro de hipoglicemia, necessitando ser atendido na UPA da região. Na terça-feira, 20 de setembro, ele deu entrada na unidade de saúde, onde ficou por 24 horas. Após a estabilização do quadro por meio de medicação e realização de exames, foi liberado para retornar para casa mantendo o tratamento com antibiótico. Passadas doze horas que saiu da UPA, uma equipe do SAD Clínico entrou em campo para garantir que o aposentado desse sequência ao tratamento.

Na quarta-feira (21 de setembro), o idoso foi despertado na casa dele nas primeiras horas da manhã. No local, a médica Márcia Marques conversou com o paciente, que recebeu também os cuidados do enfermeiro Ulisses Muniz e dos técnicos em enfermagem, Rosana Conceição Teles da Frota e Evandro Severino. No local os profissionais administraram o antibiótico intravenoso, aferiram a pressão, verificaram os sinais vitais e fizeram a ausculta cardiológica e pulmonar. Em outro momento, na sala da casa, a médica prescreveu os medicamentos e renovou as receitas do aposentado.

O filho Wilson Ribeiro da Silva, 42 anos, observava tudo que acontecia e revelou o alívio e a grande satisfação que sentiu ao ver o pai ser atendido em casa. “Esse serviço é algo incrível, pois os profissionais vêm até aqui e fazem tudo que fariam dentro do consultório. Sem esquecer que ele fica livre do risco de contrair alguma infecção hospitalar. Como ele tem dificuldade de locomoção, dificuldade para se manter de pé sozinho, pois ainda tem problema de artrose nos joelhos, a vinda deles aqui é motivo de alegria”.
 



Para aqueles pacientes que necessitam de medicação intravenosa, como, por exemplo, antibióticos, a médica Márcia Marques explica ainda que o SAD tem uma equipe exclusiva que fica responsável por administrar esses medicamentos prescritos, respeitando os horários, inclusive, aos sábados, domingos e feriados. “No processo de recuperação o horário certo da medicação é imprescindível e, por isso, a equipe tem esse papel  importante no cuidado para aqueles que estão sob internação domiciliar. Se não existisse o SAD, pacientes como o senhor Agenor ficaria internado somente para receber a medicação. Como o remédio deve ser medicado a cada 12h, a equipe exclusiva realiza esse trabalho".


SAD Ortopédico na sala de casa

Era só para ser mais um bate bola com os colegas no meio da tarde, depois de terminado os trabalhos da escola, mas imprevistos acontecem e o adolescente Caio Silva Campos, 14 anos, caiu e fraturou o braço direito quando tentava acertar o passe, na terça-feira (20/9). Com o braço inchado, o menino foi levado pela bisavó, a aposentada Maria Dolores Silva Campos, 67 anos, para a UPA JK. Após ser atendido, passar pelo raio-x, ter o diagnóstico de fratura do rádio, um dos ossos do antebraço, Caio foi imobilizado com gesso e indicado pelo ortopedista para cirurgia reparatória.



No entanto, o atendimento do Caio não terminou ali. Como ele teve uma indicação do médico para cirurgia, ele voltou para casa, mas com o acompanhamento do SAD Ortopédico.

Na quarta-feira (21/9), menos de 24 horas, após ele ter sido liberado da internação  da UPA JK, a equipe do SAD Ortopédico realizou a primeira visita ou melhor dizendo a primeira consulta domiciliar, na casa do Caio, no bairro Riacho das Pedras.

Durante a consulta a médica Vanessa Peres Felippe realizou exames clínicos no paciente, como aferição de pressão, checagem das vacinas tomadas, saturação de oxigênio, ausculta cardiológica e pulmonar, sondagem da tala e do gesso colocados no braço do menino, verificação da existência ou não de edemas pelo corpo. Por conta da glicose um pouco alta, a médica solicitou a coleta de sangue do garoto que foi feita ali mesmo na sala da casa da bisavó, pela técnica de enfermagem, Lourdes Ramos de Souza, nos mesmos moldes de como é feito na unidade de saúde: preparação do braço, garrote para melhorar a captação do sangue e “carinha” de que está doendo do pequeno paciente.

Após aproximadamente 30 minutos de consulta na sala de estar de casa, o atendimento é finalizado e é informada a bisavó e ao bisavô que também está na sala, que a equipe do SAD Ortopédico vai realizar visitas diárias até o dia da internação de Caio, para garantir que todo o quadro clínico mantenha-se dentro do que já foi verificado.

O enfermeiro Vanderlei Souza Pinto, que acompanha a consulta, lembra que “mesmo estando em casa, Caio continua na mesma fila de qualquer outro paciente que ainda esteja internado na unidade de saúde”. Ele ainda chama a atenção para a enorme receptividade com que as equipes são recebidas nos lares. “Sempre tem um falando: nem quando eu tinha plano de saúde eu era tratado dessa forma”, relembra.

Ao lado do bisneto, a aposentada Maria Dolores mostrou-se surpresa pelo atendimento domiciliar e por sua qualidade. “Eu fiquei e estou muito surpresa com tudo isso. Eu não imaginava que tinha isso: ser atendido em casa pelo SUS. Só posso dizer que estou achando maravilhoso. Assim, eu não preciso deixar meu marido, que está com complicações de saúde, para levá-lo à UPA.”

No caso do SAD Ortopédico, a coordenadora Andréia Devislanne explica que em Contagem são duas equipes composta por quatro enfermeiros, dois médicos, seis técnicos de enfermagem e um administrativo. “As equipes atendem aos oito distritos sanitários de Contagem a partir do SAD Desosp que percorre os leitos das UPA e Hospital Municipal avaliando e liberando os pacientes que estão dentro dos critérios para serem acompanhados em casa, o que é chamado de internação domiciliar, como é o caso de Caio”.

Raio-X do serviço que é referência nacional

Além da excelência na prestação de serviço aos usuários e usuárias do SUS Contagem, o SAD Contagem destaca-se por ser o único que tem ativas todas as modalidades de atendimento: atuações inéditas com antibióticoterapia domiciliar, que tem equipes garantindo a administração de intravenosos de 8h em 8h; serviço de curativos especiais, oxigenoterapia domiciliar, tratamento de icterícia e ganho de peso em recém-nascido prematuros, além dos pacientes ortopédicos que podem contar com o serviço de reabilitação domiciliar e, no caso daqueles que vão passar por cirurgia, o acompanhamento até o dia do procedimento.

Composto por 120 servidores da Secretaria de Saúde, organizados em sete equipes em formatos que atendem a necessidade da população, cada uma delas tem uma base na estrutura de urgência dos distritos sanitários (UPA e Complexo Hospitalar).

O atual quadro do SAD Contagem foi responsável, até o mês de agosto, como citado anteriormente, por 47.181 atendimentos, com média de 230 pacientes assistidos mensalmente pela Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (Emad), nas modalidades clínicas, ortopédica e pediátrica. As Emad são formadas por dois médicos, dois enfermeiros, seis técnicos e um assistente social. Este último profissional acompanha a equipe de saúde, presta atenção às condições de higiene e limpeza do local, a qualidade das relações interpessoais próximas do paciente, uma vez que fatores como esses interferem diretamente na recuperação. “Somos uma equipe que trabalha de modo coeso focando na recuperação do paciente para que esse alcance o bem estar de modo mais rápido”, comenta a assistente social que integra o grupo, Carla Regina Carvalho Silva.

Além das Emad, há ainda a Equipe Multidisciplinar de Apoio Atenção Domiciliar - Emap, composta por fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo. Até agosto deste ano essa equipe realizou 8.752 atendimentos. Os atendimentos mensais incluem 60 pacientes em média nos ambulatórios de curativos especiais, administração de 700 doses de antibióticos e 524 pacientes atendidos pelo Serviço de Oxigenoterapia Domiciliar - SOD. 

Este último serviço é voltado para o usuário que passou por algum procedimento cirúrgico e que necessite de gás medicinal, ou que seja usuário crônico de oxigênio em ambiente domiciliar. Para atender estes pacientes é montado um processo de fornecimento de oxigenoterapia domiciliar e a Prefeitura, então, contrata e fornece para o paciente solicitante. Em Contagem não há demanda reprimida e todo o processo fica liberado em até três dias, se a documentação estiver completa.

Com a pandemia houve um pico de atendimentos, mas, mesmo antes, a demanda do SAD só crescia, em decorrência do envelhecimento da população e do aumento das doenças crônicas. “O que observamos é que com a pandemia o crescimento foi mais expressivo, mas esse recuo com o controle da pandemia, permitiu a manutenção do crescimento que já era observado”, comenta a coordenadora do SAD, Andréia Devislanne.

Em 2015 o programa atendia a 200 usuários, sete anos depois este número mais que duplicou. Atualmente, são 524 pacientes atendidos. O uso do gás medicinal passou de 750 m3 para 1965 m3.

Quem precisar do SAD pode fazer a solicitação pela internet, acessando http://contagem.mg.gov.br/sad/equipes/oxigenoterapia-2/ ou entrando em contato pelo e-mail: oxigenoterapiacontagem@gmail.com .

O SAD funciona no Centro de Atenção Iria Diniz, avenida João César de Oliveira, 3.620, Eldorado, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Por fim, o SAD ainda conta com a Equipe de Transição de Cuidado que atua nas quatro UPA da cidade, além do Complexo Hospitalar, incluindo o Centro Materno Infantil. Nessas unidades de saúde, a equipe de transição realiza diariamente uma busca in loco para ver quais pacientes podem passar pela desospitalização e ficar sob os cuidados do SAD. Desde o início do ano, até o mês de agosto, uma média de 226 pacientes foram desospitalizados por ela.

“Contamos com um site de acesso para toda rede Contagem e região metropolitana para facilitar o acesso e agilizar a desospitalização. As solicitações são avaliadas pela regulação de nível central. São aplicados os critérios de elegibilidade e em caso positivo o paciente será encaminhado ao domicílio, com a Emad iniciando o acompanhamento em 24 horas após chegada no domicílio”, detalha a coordenadora do programa, Andréia Devislanne.

Em alguns casos em que aparelhos utilizam a energia elétrica de forma contínua no tratamento domiciliar como nos casos de oxigenioterapia, os usuários e usuárias podem se beneficiar da tarifa social na conta da Cemig.

Andréia Devislanne explica que as famílias inscritas no CadÚnico devem procurar os canais de atendimento da concessionária de energia levando CPF e Carteira de Identidade ou outro documento de identificação oficial com foto; número de identificação social - NIS; código da unidade consumidora a ser beneficiada; relatório e atestado subscrito por profissional médico, comprovando a necessidade e a previsão do período de uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, necessitem de energia elétrica. “Caso o paciente não seja cadastrado no CadÚnico deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social – Cras, próximo do seu domicílio, para realizar o cadastro e posteriormente comparecer a Cemig de posse dos documentos acima”.

Autor: Repórter Jeferson Lorentz/PMC
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