Três meses após a Prefeitura de Contagem assumir a gestão do Complexo Hospitalar, muitos avanços já são visíveis e podem ser comemorados pelos colaboradores e pelos usuários. Entre eles está a quitação da dívida com os prestadores de serviços médicos referente aos meses de abril e maio / 2021, além da renegociação da dívida com os principais fornecedores, o restabelecimento dos contratos de manutenção de equipamentos estratégicos para a assistência, além de reformas emergenciais em instalações internas que se encontravam bastante degradadas.
Se há muito o que comemorar, a expectativa é que mais conquistas virão por aí. A Prefeitura já está preparando um novo modelo de gestão que será implantado a partir da primeira quinzena de novembro, resultando em mais qualidade e agilidade na assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS de Contagem.
Avanços conquistados
Insumos
Não tinha: Com o atraso sistemático de pagamento pelo Instituto de Gestão e Humanização - IGH aos fornecedores de medicamentos, materiais e de serviços, ocorreu um grave desabastecimento no Complexo Hospitalar de Contagem e nas UPAs, com vários itens estratégicos ficando em falta nas prateleiras, como: curativos, material para uso em UTI, exames de imagem, material de limpeza, dentre outros.
Agora tem: Depois da intervenção decretada pela Prefeitura de Contagem, a equipe interventora renegociou a dívida com mais de 80 empresas fornecedoras de MatMed e de prestação de serviços, na ordem de R$ 22 milhões, a serem pagos em quatro parcelas de julho a outubro, portanto, dentro do prazo de duração da intervenção. Isto proporcionou que o abastecimento de insumos fosse regularizado, retomando a normalidade dos serviços assistenciais à população usuária do SUS no Complexo Hospitalar e nas UPAs.
Pagamento da dívida com os prestadores de serviços médicos
Dívida Pendente - A antiga gestão do Complexo Hospitalar de Contagem atrasou pagamentos dos médicos que recebem como Pessoa Jurídica - PJ nos dois meses que antecederam à intervenção (abril e maio/2021). Isso ocasionou uma série de transtornos para a prestação de serviços à população, comprometida por um montante de dívida em R$ 10,2 milhões nos dois meses de atraso de pagamento.
Dívida Quitada: Após assumir o controle da gestão, foi necessário que a Prefeitura concentrasse esforços para quitação imediata da dívida com todas as empresas prestadoras de serviços médicos referentes aos meses de abril e maio, pagos integralmente em junho e julho, com o compromisso de manutenção da regularidade dos pagamentos até o fim do período da intervenção. Assim, encerrado o contrato com IGH em 07/11/2021, todos os prestadores de serviços médicos terão recebido o mês de outubro.
Alguns prestadores médicos, além das dívidas já descritas referentes aos meses de abril e maio, tiveram atrasos de pagamento no período de dez/2020 a mar/2021, no valor total de R$1,7 milhão, em que o pagamento será feito em duas parcelas de R$ 850 mil mensais e consecutivas nos meses de setembro e outubro/2021, o que perfaz um montante aproximado de R$ 12 milhões quitados integralmente pela gestão da Prefeitura de Contagem.
Reforma e reposição de equipamentos
Não tinha: A antiga gestão das unidades de urgência e emergência da cidade, o IGH, não pagou as dívidas com fornecedores para insumos básicos e não pagava os médicos, além de deixar sucatear os equipamentos dentro do Complexo Hospitalar de Contagem. Com isso, a Prefeitura, por meio da Junta Interventora, identificou vários equipamentos com defeitos, precisando de reforma ou manutenção, como ultrassom no Centro Materno Infantil, ausência de ventiladores pulmonares, arco cirúrgico com defeito, três perfuradores ósseos estragados, gastroscópio com defeito, colonoscópio com defeito, entre outros.
Agora tem: A Prefeitura se preocupou em retomar os contratos de serviços de manutenção, chamando os fornecedores e renegociando as dívidas pendentes, a exemplo do que aconteceu com os de MatMed. Com isso, os equipamentos foram reparados e entraram em funcionamento, ampliando o atendimento e retomando as cirurgias eletivas que estavam paralisadas. Foram executadas a revisão geral do Arco Cirúrgico, a manutenção dos perfuradores ósseos, revisão geral e troca de transdutores endocavitários e setorial do ultrassom, conserto dos 20 ventiladores pulmonares e de 20 monitores multiparâmetros, entre outros.
Reforma das instalações e troca de mobiliário
Não tinha - A equipe de intervenção encontrou o teto da recepção do Centro Materno Infantil em péssimas condições. O problema mais grave eram as infiltrações. Também não havia acomodação para as mães e acompanhantes. As cadeiras disponíveis não tinham condições adequadas de uso.
Agora tem: Após a intervenção, o Complexo Hospitalar passou por várias adequações, como reformas gerais dentro e fora de todos os equipamentos de saúde. Além da reforma da recepção do Centro Materno-Infantil e da compra de cadeiras novas para mães e acompanhantes, o estacionamento de veículos também foi ampliado para melhor atender os colaboradores, acompanhantes e visitantes.
Salas cirúrgicas em funcionamento
Não tinha: Antes da intervenção, apenas cinco salas cirúrgicas estavam em funcionamento. Isso, junto com outros fatores como falta de insumos e medicamentos, atrapalhava o atendimento no Complexo Hospitalar de Contagem.
Agora tem: Com o trabalho da Prefeitura, outras duas salas cirúrgicas foram reativadas. Diante disso, foi feito esforço para conserto de equipamentos para que as oito salas ficassem à disposição para atender as necessidades da população de Contagem.
Controle de Infecção hospitalar
Antes: Antes da intervenção, por falta de pagamento aos fornecedores, havia desabastecimento de insumos, inclusive, de material de limpeza, o que trazia insegurança para a realização de procedimentos simples e de outros mais complexos, como, por exemplo, as cirurgias.
A equipe também não contava com todos os especialistas necessários ao bom desempenho do Serviço e Controle de Infecções Hospitalares do Hospital Municipal de Contagem.
Agora tem: Depois da intervenção, a equipe do Serviço e Controle de Infecções Hospitalares no Complexo Hospitalar de Contagem foi reestruturada, trazendo mais segurança para os colaboradores e para os pacientes. Agora, além da coordenadora do serviço, o Complexo Hospitalar conta com uma enfermeira com doutorado em Saúde do Adulto, dois médicos infectologistas, duas enfermeiras e uma técnica em enfermagem especialista, todos com ampla experiência em Vigilância e Controle de Infecções. Ações para controle e prevenção das infecções hospitalares e colonização por bactérias passaram a ser feitas com regularidade em todo o hospital. Como resultado, já foi confirmada a redução das infecções.
Novo modelo – O modelo proposto pela equipe interventora é o de um Serviço Social Autônomo - SSA, no formato pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, paraestatal, de interesse coletivo e utilidade pública, com prazo de duração indeterminado, sede e foro em Contagem. Esse é o modelo que o governo propõe para a gestão do Complexo Hospitalar a partir de novembro. Esse modelo é o mesmo usado com sucesso na gestão do Hospital Metropolitano Célio de Castro no Barreiro, e na Associação das Pioneiras Sociais, que gerencia a Rede Sarah Kubitschek