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14
14 MAR 2025
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
MULHER
Conheça Contagem e sua gente: Suely Baeta dedica sua vida em ajudar pacientes com câncer
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Se tem alguém que pode falar em superação e teve uma mudança de chave na vida, esta é Suely Baeta. Empresária, mãe, avó, moradora do Novo Riacho, ela passou, há 10 anos, por um problema grave de saúde: o diagnóstico de um câncer de mama. Aquele episódio veio com uma série de outros problemas para superar. Com uma força interior, aliada à ajuda da família e dos amigos, foi iniciado um tratamento, que durou um ano, contando com duas cirurgias, 16 sessões de quimioterapia e outras 16 de radioterapia. Tempos que a emocionam até hoje, ao contar todo o processo pelo qual passou.
 
Com esperança desde o primeiro momento do diagnóstico, Suely, literalmente, lutou e venceu a doença: a segunda que mais leva as pessoas a óbito no país, perdendo apenas para o infarto. Ela, então, passou a ser uma referência e o câncer de mama, que antes era um inimigo a ser vencido, acabou dando a ela uma missão de vida: ajudar outras pessoas.
 
“Busquei meu plano de saúde e me negaram. Fiz todo o tratamento pelo SUS. Vi, de perto, outras pessoas passando pelo mesmo que eu. Ali vi que ao vencer o câncer, também precisava ajudar. 12 meses depois de iniciado o tratamento, finalmente veio a melhor notícia: estava curada! Mas ali nasceu uma nova ocupação, uma missão de vida, que é ajudar outras pessoas, acolhendo, direcionando, amparando pacientes com câncer. Tudo isso sendo muito grata aos médicos que me trataram e aos hospitais que fazem esse lindo trabalho”, destacou Suely.
 
Suely relatou que teve o apoio de seu marido, filhos e familiares durante todo o processo de busca pela cura. Disse, ainda, que durante o seu tratamento, se sentiu sensibilizada em levar esse acolhimento e empatia para outras mulheres que, muitas vezes, ela via sendo, literalmente, abandonadas por suas famílias depois do diagnóstico de câncer. Foi a partir dali, que mesmo sem saber da proporção que tomaria no futuro, nascia uma iniciativa de empatia e conscientização. 
 
Tudo começou ainda no hospital quando Suely e sua família começaram a fornecer lanche e café às pacientes em tratamento. Quando recebeu alta médica, ela pensou em uma maneira de demonstrar sua gratidão a todos que a apoiaram, inclusive os médicos. Com isso, começaram a surgir encontros entre amigas, que celebravam a vida com um café e muita conversa, normalmente no salão de festas do prédio onde Suely ainda reside. Começaram com cerca de 100 mulheres e, cada uma, levava itens que seriam, posteriormente, doados aos hospitais que tratam o câncer. “Falei com as participantes: cada uma de vocês que têm condições, tragam produtos de higiene, algum item de maquiagem, batom, lenço, creme para hidratar, porque a pele resseca muito, para que possamos elevar a autoestima dessas mulheres que estão em tratamento”, contou Suely. 
 
“No ano seguinte, já tinham algumas pessoas se inspirando na minha história. Depois disso, outras amigas que tinham sido diagnosticadas me procuraram e pediram ajuda, já tendo o projeto ARCA Mulheres como referência. E assim começamos com essa autoajuda, que foca no acolhimento, conversa, amor, carinho e direcionamento”, explicou ela.
 
A Arca Mulheres conta com a ajuda de voluntários para desenvolver o trabalho junto aos pacientes com câncer
ARCA Mulheres
 
Suely Baeta é presidente da Arca Mulheres, uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atende, acolhe e direciona mulheres com câncer aos tratamentos necessários. O nome, aliás, significa “Atitude Real de Carinho e Amor”. “São 10 anos de muito trabalho, que acabou virando uma missão, por tudo que aconteceu. Já recebemos e acolhemos, por estimativa, mais de mil pessoas e celebramos cada uma que, assim como eu, venceu o câncer”, contou Suely. Confira, aqui, o depoimento da paciente Valdilene Alves sobre a ARCA Mulheres!
 
Ainda sem sede própria, que é uma meta para ocorrer em breve, o trabalho é feito em reuniões, por telefone, com deslocamentos ou, até mesmo, na casa de Suely. “A gente faz esse acolhimento. Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer, o chão some, o desespero pode tomar conta, companheiros e companheiras, muitas vezes, abandonam. Então, precisamos dar esse carinho, uma mensagem de amor, fazer o acolhimento devido. Buscamos ser presentes, presencialmente ou à distância, para que essa pessoa se fortaleça e consiga vencer essa batalha”, relatou.
 
Além dos itens de maquiagem e higiene pessoal, o projeto fornece consultas com psicólogo, nutricionista e apoio jurídico. A ARCA também realiza palestras sobre conscientização e prevenção contra a doença, levando relatos de superação.
 
Caminhada Rosa: um momento de solidariedade, amor e reflexão
 
Com o passar dos anos, as atividades da Arca Mulheres foram se ampliando e uma das ações mais importantes é a Caminhada Rosa, que ocorre anualmente no mês de outubro, cuja sexta edição está marcada para 2025 não apenas em Contagem, como em Belo Horizonte e Betim. A ideia, que surgiu ainda durante a pandemia, tem o intuito de arrecadar doações em troca dos kits que, posteriormente, são entregues a hospitais e instituições.
 
No ano passado, a caminhada reuniu cerca de 8 mil mulheres, somando Contagem e Belo Horizonte, e arrecadou 41 mil itens, beneficiando seis instituições: Alberto Cavalcanti e Júlia Kubitschek, Fundação Hospitalar São Francisco de Assis e Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte; e Hospital Municipal de Contagem e o Centro Materno Infantil. A ação tem uma parceria desde o início com a empresa Granvilla Acabamentos e tem reunido uma série de parceiros ao longo dos anos. A meta para 2025 é chegar a 100 mil itens doados.
 
“A nossa proposta é refletir sobre a prevenção a uma doença que é a segunda que mais leva as pessoas a óbito no país, perdendo somente para o infarto. Nosso principal objetivo é conscientizar, acolher, direcionar e realizar as doações para quem precisa de apoio”, disse Suely. “Então, durante o Outubro Rosa, nós realizamos essa caminhada, tudo com muita animação, num evento para toda a família e para todas as pessoas. Tanto as mulheres quanto os maridos, filhos, familiares e amigos de modo geral, sem restrição de gênero e idade”, completou. 
 
“É sempre uma emoção muito grande. A pensar que começamos, com uma caminhada simbólica no estacionamento de um dos nossos parceiros, a Granvilla Acabamentos. Hoje já fomos procuradas por várias cidades. Em 2025, teremos três etapas da Caminhada Rosa: Belo Horizonte (5/10), Contagem (19/10) e Betim (26/10)”, contou Suely. “A Caminhada Rosa não é apenas um momento de esporte e descontração: é, também, de reflexão para a prevenção e para que tanto o homem quanto a mulher olhem para si, se cuidem e sejam felizes. O melhor tratamento para o câncer é preveni-lo”, falou.
 
“Abrimos um número de inscrições por local, há o pagamento de uma pequena taxa e, no dia da troca pelo kit, a gente pede que o participante da Caminhada Rosa leve um tipo de kit, que pode conter itens de higiene pessoal, lápis de olho, batom, creme para a pele, entre outros, pois esses materiais são doados a vários hospitais, a maioria que faz o tratamento do câncer”, continuou.
 
Um futuro com mais ajuda e carinho
 
Para o futuro, Suely sonha poder ajudar mais pessoas, seja como for. “Após o meu diagnóstico de vitória, a gratidão tomou conta do meu coração. Senti a necessidade de ajudar e, a cada ano, chegam mais empresas e pessoas que querem conhecer mais o nosso trabalho, como ajudamos e como podem nos ajudar”, disse.
 
“Hoje tenho muitas pessoas ao meu lado, filhos, amigos, muitos voluntários que fazem parte dessa corrente do bem. Sou muito grata às pessoas que têm vindo, nos ajudado e a essa missão. Nada acontece por acaso e minha gratidão, hoje, não é somente retribuir todo o carinho que recebi em um ano de tratamento, com a total remissão do câncer, mas ver outras vitórias, de pessoas que a vida proporcionou que cruzássemos o mesmo caminho, também serem vitoriosas”, acrescentou.
 
Suely, por fim, ressaltou a importância da prevenção. “Infelizmente ainda vemos muitos homens com preconceitos, mulheres que não se tocam ou não fazem o acompanhamento adequado. Peço que deixem isso de lado, consultem um médico, façam o acompanhamento. O câncer é possível de ser tratado, se descoberto ainda no início. Cuidem-se!”, concluiu.

Serviço:

 
Para conhecer o trabalho da Arca Mulheres acesse o instagram: @arcamulheres
Autor: jornalistas Sheila Lemes e João Cavalcanti / edição: Vanessa Trotta
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