No primeiro semestre de 2019 foram feitos 2.451 partos no Centro Materno Infantil (CMI) Juventina Paula de Jesus, registrando a média mensal superior a 408 partos e cesáreas. Março foi o mês com maior número de procedimentos (439, sendo 304 de partos normais e 135 cesáreas).
A contagense Beatriz da Silva Leite, de 23 anos, é mãe de primeira viagem e ficou feliz com a chegada de Cecília, de parto normal. Ela agradeceu pelo acolhimento da equipe de profissionais. “Meu parto foi algo inesperado, mas tive um ótimo atendimento aqui. Agora é comemorar e curtir minha filha”, comentou.
A enfermeira do CMI, Izabela Torquetti, explica que os números registrados nos primeiros seis meses de 2019 são semelhantes aos de anos anteriores. Ela ressalta que o percentual de cesáreas (30%) está dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde. O CMI é classificado como de alto risco nível 1, pois é equipado com leitos de CTI Neonatal e para a mulher gestante ou puérpera.
Humanização
No Centro Materno Infantil, os partos normais são feitos no espaço chamado “Casa de Parto Normal (CNP)”. O setor conta com cinco quartos de Pré-parto, Parto e Puerpério (PPP), com ambiente reconfortante e estrutura para um acolhimento humanizado. As gestantes são acompanhadas por médicos e enfermeiros obstetras que aplicam práticas humanizadas para que o trabalho de parto seja menos doloroso para a mulher.
Entre os métodos está a analgesia não farmacológica, que inclui o uso da bola bobath, banho quente, música, banco, massagem e escalda pés. Outra opção disponível é o acompanhamento da gestante pelas doulas - voluntárias capacitadas, sem formação médica, que dão assistência durante o processo de parto.
Camila Nascimento, de 22 anos, teve a oportunidade de ser assistida pelas doulas Shirlei Fonseca, de 57, e Leila Maria da Cruz, de 62. Além de usar o banquinho e a bola para amenizar as contrações, a companhia das voluntárias deixou o ambiente mais calmo, perfumado e tranquilo.
Maria Lardim, madrinha e acompanhante de Camila, agradeceu e elogiou muito a presença das doulas: “São anjos que ajudam bastante neste momento”.
A coordenadora do Bloco Obstétrico, enfermeira obstetra Francine Ana Lima, reforça que além das práticas humanizadas é um direito da grávida ter um acompanhante de sua escolha durante a preparação para a chegada do bebê.