Moradora da regional Vargem das Flores, Rosilene Batista tem uma filha de 6 anos. Ao decidir ser mãe novamente, teve uma grande surpresa no pré-natal. Ela está grávida de gêmeos. “É muito importante o pré-natal, pois dá para acompanhar o desenvolvimento dos bebês”, destacou.
Rosilene começou a fazer o pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de casa. Mas como a gravidez de gêmeos é considerada de risco, foi encaminhada para o ambulatório Flores do Iria, no Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, no terceiro mês de gestação.
Ela se enquadra nas diretrizes do Ministério da Saúde, que preconiza que toda gestante deverá fazer pelo menos sete consultas de pré-natal. A enfermeira Viviane dos Reis, do Flores do Iria, enfatiza que os exames devem ser iniciados no momento em que a gravidez é descoberta. “Tive uma paciente que só ficou sabendo que tinha diabetes graças ao pré-natal”.
O pré-natal também pode identificar a presença do vírus HIV, sífilis e toxoplasmose, dentre outras doenças.
Riscos
Em 2018, 4.490 mulheres fizeram sete ou mais consultas de pré-natal em Contagem, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Porém, 1.680 não cumpriram essa meta ou sequer fizeram pré-natal.
Número preocupante, pois segundo a referência técnica da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, Caroline Hespanha, o Comitê Central de Morte Materna Infantil do Município avaliou que 80% das mortes durante a gestação ou até um ano após o parto poderiam ser evitadas com o pré-natal.
Em Contagem, o pré-natal é ofertado a gestantes baixo e médio riscos em 70 UBSs. A gestação de alto risco é acompanhada no Iria Diniz.