Com a aproximação do período em que os casos de dengue, zika e chikungunya” tendem a aumentar, a Prefeitura de Contagem reforça ainda mais as estratégias de prevenção contra o mosquito transmissor, Aedes aegypti. O trabalho de combate ao vetor é realizado durante todo o ano e, agora, conta com a implementação da metodologia Estação Disseminadora de Larvicida (EDL), desenvolvida pela Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde (MS)
Na última semana, veterinários, supervisores gerais e de campo da Unidade de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses participaram de uma capacitação para o uso da metodologia. Os agentes de combate às endemias (ACEs), também, receberão capacitação, em breve, para a instalação e manutenção das armadilhas, garantindo a efetividade da nova metodologia.
“Contagem, considerando os critérios, foi um dos municípios elegíveis para receber a metodologia. A expectativa é que, assim como o uso de drones, as EDLs sejam mais uma forma de controle do vetor. Cada vez mais precisamos lançar mão de alternativas, já que o mosquito está cada vez mais adaptado ao ambiente urbano”, explica a superintendente de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses, Elane Lobo.
As EDLs são recipientes com água e tecido impregnado com larvicida. As fêmeas do Aedes aegypti são atraídas e ao pousarem têm micropartículas do larvicida aderidas ao corpo. Como esses mosquitos costumam visitar diversos criadouros para depositar os ovos, acabam disseminando o produto. Isso contamina a água dos criadouros e interfere no desenvolvimento das larvas, impedindo que cheguem à fase adulta.
Segundo a superintendente, a proposta é instalar armadilhas em todos os pontos estratégicos de proliferação do mosquito. “Recebemos do Ministério da Saúde 2.960 armadilhas. Hoje, estão envolvidos nesse processo todos os agentes de combate às endemias, supervisores gerais e de campo e veterinários. A previsão de implementação da metodologia é para este mês de setembro”, informou.
Para o agente da equipe de borrifação, Carlos Junio da Silva, esse tipo de capacitação é essencial para contribuir com a rotina diária dos ACEs. “Esse momento de aprendizado é muito importante para aprendermos sobre esse novo método. Com as Estações Disseminadoras de Larvicida, conseguiremos tratar aqueles locais onde o agente não consegue ter acesso. Nesse caso, o próprio mosquito auxilia em nosso trabalho, facilitando a nossa atuação”, disse.
Para implantar a nova metodologia, técnicos, agentes e profissionais da saúde estão sendo capacitados. Fotos: Fábio Silva/PMC