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MAI
24
24 MAI 2025
CULTURA
EDUCAÇÃO
“Concertos Didáticos” encanta alunos de Contagem com o mundo mágico da música orquestral
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Sala Minas Gerais recebe estudantes da rede pública em uma viagem sonora pelos clássicos universais — de Tchaikovsky a Harry Potter

Nos dias 20 e 21 de maio, a Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, transformou-se em um verdadeiro portal encantado. Ali, cerca de 1.186 estudantes e professores, de 24 escolas de ensino fundamental e unidades da Funec, da rede pública de Contagem, viveram uma experiência musical inesquecível ao participarem do Projeto Concertos Didáticos, promovido pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Sob a batuta do maestro José Soares, os jovens espectadores foram conduzidos por uma jornada mágica através de obras de Grieg, Tchaikovsky e John Williams, com paradas em paisagens sonoras como o “Amanhecer” norueguês, o “Salão do rei da montanha”, a terra dos doces do “Quebra-Nozes”, o reino dos cisnes encantados, do “Lago dos Cisnes” e até “O mundo maravilhoso de Harry”, os corredores da escola de magia Hogwarts.

“Existe algum segredo na música de orquestra?”, foi a pergunta que guiou o espetáculo. A resposta veio aos poucos, com cada nota, instrumento e reação da plateia. E que plateia! Atenta, curiosa e emocionada, ela reagiu com espanto ao som cristalino da celesta, se surpreendeu com os graves do contrabaixo, e se encantou com os mistérios do oboé e do clarone.

  
O concerto procurou desvendar a magia e o segredo da música de orquestra - Fotos: Ricardo Lima/PMC

Jean Pablo Santos, estudante da E.M. Joaquim Teixeira Camargos, era só felicidade com a apresentação da orquestra. “Eu achei que os músicos tocam muito bem! Gostei dos instrumentos, que são muito legais. O show foi fantástico!”, que se identificou especialmente com a flauta, instrumento que também pratica. A colega de Jean, Valentina Oliveira também se mostrou fascinada. “Gostei demais de tudo, dos instrumentos. Nunca tinha visto um violino”.

A vice-diretora da E.M. Walter Fausto, Heloísa Fernandes, explicou como foi o processo de participação das turmas e a expectativa dos estudantes. “Nós recebemos o contato da orquestra e, então, fizemos um sorteio das turmas. Nós também recebemos uma monitoria, que apresentou o projeto para as crianças e deu uma prévia do que elas veriam”.

Ainda impactados pela apresentação, as estudantes da E.M. Giovanini Chiodi, Yasmin de Paula, Nathalie Emanuelle e Sofia Isabella aprovaram a experiência. “Eu achei que foi muito legal e que devia ter vários shows assim”, disse Yasmin. “Gostei da parte que tocaram a música do Harry Potter e a luz apagou”, “todas as partes foram bonitas”, disseram Nathalie e Isabela, respectivamente.

Para a vice-presidente da Funec, Telma Fernanda, a atividade foi “nota mil”. “Tirar os alunos da escola para experiências de outras aprendizagens será muito significativo para a vida deles. Isso interfere na formação dos jovens de uma forma muito positiva”.
 

 
Lago dos Cisnes, O Quebra-Nozes, Amanhecer foram algumas das obras apresentadas pela Filarmônica que encantaram os estudantes - Fotos: Ricardo Lima/PMC 

O gerente de Ensino Profissionalizante da Funec, Reinaldo Nogueira dos Santos, ressaltou a dimensão interdisciplinar da atividade. “Buscamos agregar essa parceria cultural no prospecto da educação, trabalhando de forma interdisciplinar a questão cultural e a escuta de estilos musicais diferentes. Muitos desses estudantes talvez nunca tenham outra oportunidade como essa”.

As estudantes da Funec Oitis definiram o espetáculo com palavras como mágico, encantador e incrível. “Traz uma tranquilidade e uma leveza para a mente, para o coração”, afirmou Rafaelly Vitória, que nutre uma relação antiga com a música clássica. Já Raphaelly Cristina, que já participou da Orquestra Jovem de Minas Gerais, destacou: “Não é apenas música. Tem cultura, história e outras coisas por trás”.

E o encantamento não foi apenas pelas melodias. O percussionista Werner Silveira deu uma aula sobre a famosa acústica da Sala Minas Gerais, revelando aos atentos ouvintes o papel das cortinas acústicas, dos sons sutis como o triângulo e o poder da atenção silenciosa.

No final, quando a batuta do maestro virou varinha mágica e a música de Harry Potter invadiu a sala, ficou claro: o verdadeiro segredo da orquestra não está apenas nas partituras ou nos instrumentos. Está nos músicos, sim. Mas está também no público, especialmente no público jovem, que transforma cada nota em descoberta.

Agora, como disse o maestro, esses estudantes carregam uma nova missão: “Levar essa magia da orquestra para cada vez mais pessoas. Vocês agora são aprendizes de feiticeiro!”. Que venham os próximos encantamentos.

Concertos Didáticos

O projeto surgiu e existe desde a criação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em 2008, como uma iniciativa para democratizar e descentralizar o acesso à música de concerto. 

 
Estudantes do ensino médio da Funec e alunos de escolas do ensino fundamental participaram do projeto - Fotos: Ricardo Lima/PMC

“A música vai muito além do entretenimento, sabemos que ela estimula a criatividade, a sensibilidade e até mesmo o desenvolvimento cognitivo e motor de um indivíduo, de maneira que o projeto visa inspirar e transformar o cotidiano das crianças, adolescentes, jovens e também adultos frequentadores dos Concertos Didáticos”, destacou o coordenador de Projetos Educacionais da Filarmônica, Gabriel Cunha.

O projeto ocorre de forma semestral, sendo realizado em duas edições anuais, com cinco concertos em cada. O processo de inscrição das escolas acontece por intermédio das secretarias de Educação, principais parceiras do projeto. “Pelo menos quatro meses antes da realização dos concertos, nós iniciamos um trabalho de sensibilização junto às secretarias. Tais parcerias são importantes, pois são elas que têm acesso à rede como um todo, fazendo a ponte entre Filarmônica e as escolas”. De acordo com Gabriel, o projeto também recebe instituições sociais, sobretudo as que lidam com crianças especiais, “o que para nós também é muito importante”. A participação do público é inteiramente gratuita. 

O coordenador explicou que uma etapa importante acontece nas semanas anteriores aos concertos, são as Oficinas Preparatórias. Cada escola recebe a visita de um monitor treinado, que realiza uma oficina de uma hora de duração, com o intuito de preparar o grupo para a experiência que terão na Sala Minas Gerais. “Eles apresentam a Orquestra, a Sala, e o tema da edição, além de desenvolverem um trabalho de educação musical estimulante, que consiste numa dinâmica de musicalização em grupo”.

Mais de 90 mil pessoas, entre estudantes e professores, já participaram dos Concertos Didáticos, desde a sua criação, sendo atualmente 7.465 por edição, distribuídas, em média, entre 160 escolas e instituições.

Filarmônica de Minas Gerais

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi criada em 2008 pelo governo do Estado, com gestão do Instituto Cultural Filarmônica. Desde sua fundação, é regida pelo maestro titular e diretor artístico Fabio Mechetti, reconhecido internacionalmente por sua atuação à frente de importantes orquestras. A Filarmônica conta com cerca de 90 músicos profissionais de diversas nacionalidades, selecionados por meio de rigorosas audições. Com sede em Belo Horizonte, a orquestra ensaia e se apresenta principalmente na Sala Minas Gerais, um espaço moderno e projetado especialmente para a música sinfônica.

O grupo executa um repertório que vai do barroco à música contemporânea, com ênfase tanto em grandes obras do repertório clássico quanto em compositores brasileiros. Os músicos são divididos em naipes — cordas, madeiras, metais e percussão — e tocam instrumentos como violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, flautas, clarinetes, trompetes, trompas, tímpanos, entre outros. A programação da orquestra inclui séries temáticas, apresentações didáticas, turnês nacionais e internacionais, além de projetos educativos e de inclusão, cumprindo um papel fundamental na difusão da música de concerto e na formação de público em Minas Gerais e no Brasil.

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Autor: repórteres Ana Paula Figueiredo e Fernando Dutra
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