A rua do Goiabão, número 50, teve a rotina alterada, nesse sábado (9/3), quando recebeu o Dia D, ação promovida pela Prefeitura de Contagem, que visou prestar uma série de serviços essenciais à população que, muitas vezes, são desconhecidos ou, ainda, difíceis de serem acessados durante a semana. Dezenas de pessoas puderam, além de atualizar o cadastro no CadÚnico, conhecer outros serviços e informações a fim de que tenham acesso a benefícios sociais. Todos puderam se divertir com uma programação diversificada, que contou, também, com distribuição de pipoca, algodão doce, teatro com palhaços e cama elástica.
As pessoas chegaram cedo ao local. Michelle de Moura Benevides, moradora do bairro Xangri-lá, foi um exemplo. Para ela "é importante esse tipo de ação, uma vez que muitas pessoas não conseguem, durante a semana, se deslocar até os locais para conseguirem atualizar cadastros ou requerer benefícios", disse.
Nelson Vital, morador do Nacional, aproveitou o dia para atualizar seu cadastro no CadÚnico. "Estava com ele desatualizado e, para não perder o benefício, vim hoje", afirmou.
Interessado em uma nova oportunidade de trabalho e também direcionamento para requerimento de documentos, Carlos Roberto da Silva, morador do bairro Lua Nova da Pampulha, também compareceu ao Dia D. "Aproveitei esse dia para que me orientassem sobre como requerer um novo documento de identidade e também as possibilidades de emprego. Para mim, algo muito importante", afirmou.
O evento teve o tema "Ação Comunitária "Valorização da Vida", como o mote para as atividades. A ação itinerante foi iniciada em 2022 e esteve presente nas oito regiões. Em 2023 passou pela Vila Lempp (Riacho), Novo Boa Vista (Ressaca), Vila Barroquinha (Sede), Vila Esperança (Vargem das Flores) e, nesse sábado, no Nacional. De acordo com a diretora de Benefícios da Prefeitura de Contagem, Sheila Andrade, "o objetivo foi levar até o Nacional, os serviços públicos em um sábado, o que permitiu a diversas famílias terem acesso a informações e, também, atualizarem suas situações cadastrais". "Dessa forma, conseguimos trazer o serviço às familias, buscando o conforto dessas pessoas, que fazem uso do CadÚnico, que estão cadastradas no Bolsa Família e que, por algum motivo, não conseguem se deslocar, de segunda a sexta, aos locais de atendimento", completou.
Na opinião da coordenadora do Cras Nacional, Maria Emília Soares, o encontro, foi, mais uma vez, satisfatório. "É importante agradecer às pessoas que estiveram no local. Tivemos pessoas do Bom Jesus, Caiapós, Nacional, Pedra Azul e outros bairros da região e foi importante essa interação entre sociedade civil e poder público. Os serviços ofertados são de muita importância, pois visam o bem estar social. Se por algum motivo não conseguem ir até nós, nós viemos até eles", ressaltou.
Promoção e bem-estar social
Entre as atividades do "Dia D", teve Espaço Kids inclusivo; Momento da Beleza; cadastramento/atualização no CadÚnico, atendimento psicossocial realizado pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); encaminhamentos de empregabilidade do Sine; serviços de saúde; orientações dos programas Presp/Ceapa e atendimento jurídico por profissionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Citam-se, ainda, sessões de ioga, o bazar do “Circuito Inclusão” e a rua de lazer, voltado ao público infantil, com distribuição de algodão doce e pipoca.
O evento ocorreu pela manhã e contou com diversas atividades, todas voltadas para a promoção do bem-estar e da inclusão social. “O público alvo das ações do Dia D são sempre as famílias cadastradas no Cadastro Único, que são aquelas que vivenciam situação de vulnerabilidade social e que têm dificuldade de acessar os postos de atendimento por algum motivo, como distância ou desconhecimento. Assim, buscamos ampliar a oferta dos serviços públicos também neste final de semana”, afirmou a diretora Sheila Andrade. As pessoas foram avisadas antecipadamente sobre os documentos necessários para atualizar seus cadastros e fazer requerimentos, inclusive sobre empregabilidade.
Longe das filas, o pequeno Arthur, de 7 anos, preferiu se esbaldar na cama elástica. Para ele, um momento de recreação, diversão e socialização. "A pipoca estava ótima e a cama elástica também", contou.