Na quinta-feira (25/11), as prefeituras de Contagem e Belo Horizonte, em parceria com o Consórcio da Pampulha, realizaram uma ação conjunta de mobilização no bairro Confisco. A iniciativa é parte integrante do Plano de Despoluição da Lagoa da Pampulha, firmado pelas prefeituras e pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que estabelece a meta de despoluir a lagoa em um prazo máximo de cinco anos.
Entre as diretrizes estabelecidas no plano, estão previstas a realização de mobilização social, com foco na educação socioambiental da população, para informar e explicar a necessidade da limpeza da lagoa que é um dos cartões postais do Estado e também um dos patrimônios reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Um dos articuladores da ação, o superintendente de Fiscalização Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Contagem, Eric Machado, destacou que a criação do consórcio de recuperação da bacia, permitiu a realização de mais ações integradas, como projetos educativos, prevenção de poluição e fiscalizações, que atuam de forma preventiva, resolvendo problemas antes mesmo da necessidade de fiscalização.
“Não podemos pensar em limites municipais quando se trata da natureza, especialmente em relação à água. Se conseguirmos abordar de maneira preventiva, resolveremos grande parte das questões relacionadas à fiscalização. Fiscalizar é prevenir”, afirmou.
A ação contou com a presença de estudantes da Escola Municipal Anne Frank e da comunidade do entorno, que participaram de ações de plantio em garrafas e visita às nascentes que ficam no Parque do Confisco, onde aprenderam mais sobre a importância da água e a necessidade de preservar os recursos hídricos.
A diretora de Fiscalização da Regional Pampulha da PBH e coordenadora do Projeto “Pampulha Mais Limpa”, Rovena Nacif Porto, contou que parcerias estratégicas com diversos órgãos e instituições, vão ajudar a preservar o entorno.
“Não existe um projeto que, se conduzido isoladamente por um único órgão, seja capaz de abranger todas as necessidades. É preciso realizar ações abrangentes para garantir uma verdadeira integração. A população precisa compreender que, independente de qualquer divergência, as prefeituras estão em constante diálogo em prol da sociedade, da cidade, visando o melhor para a comunidade como um todo”, afirmou.
O esforço conjunto das autoridades e da comunidade demonstra um compromisso com o meio ambiente e reflete a necessidade da preservação e conservação do patrimônio como um bem coletivo.
Emocionada, a moradora Maria das Graças Silva Ferreira, informou que pela primeira vez teve a oportunidade de participar de uma ação “tão bacana” e com um objetivo tão significativo para todos. “Essa iniciativa histórica marca um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e saudável para toda a região”.
Para finalizar, o engenheiro florestal da PBH e administrador do Centro de Educação Ambiental do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam), Ednilson dos Santos, falou dos desafios de integrar diversas entidades em uma ação única, devido às agendas e especificidades, e da contribuição de cada participante para a realização da ação.
Ele também explicou que o foco principal foi informar a população e evitar o descarte irregular de lixo e entulho na lagoa da Pampulha. “Nosso objetivo é falar para a comunidade, para os estudantes como é fundamental termos esse cuidado para reduzir a disposição clandestina de resíduos, que além de poluir e degradar o espaço, gera sérios problemas ambientais para a lagoa”, finalizou.
Participaram também representantes da Assistência Socioambiental da Copasa; da Secretaria-adjunta de Fiscalização, Mobilização; e a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte; membros do Consórcio da Pampulha; equipe de Fiscalização de Contagem; guardas municipais de Contagem e Belo Horizonte; e da Superintendência de Planejamento em Resíduos Sólidos (Supres).