Foi no final do século XVIII, no arraial de São Gonçalo, que deu origem a Contagem, que teve início a devoção popular à Nossa Senhora das Dores na região. Desde então, a devoção só cresceu e ganhou tamanha importância que a festa recebeu o título de jubileu.
Na sexta-feira (22/3), comemorou-se o 218º Jubileu de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Contagem, na paróquia de São Gonçalo, momento marcado não apenas pela presença de centenas de fiéis e devotos, mas também pela inserção do Jubileu no livro de processos de registros de bens imateriais e, portanto, seu reconhecimento como Patrimônio Cultural e Imaterial de Contagem.
A prefeita Marília Campos destacou o Jubileu enquanto parte da história da cidade. “Hoje é um dia especial. É muito importante esta manifestação cultural e religiosa. Quando a gente registra a história de um povo, de uma comunidade, fortalecemos a identidade do município e o sentimento de orgulho, de pertencimento de cada cidadão e de cada cidadã. Tenho muito orgulho de fazer parte desse momento histórico”, celebrou.
O Jubileu de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Contagem, agora é patrimônio imaterial da cidade. Foto: Newton de Castro Resende/PMC
Maria Aparecida, moradora do Tropical, também enalteceu o reconhecimento do Jubileu como patrimônio da cidade. “Um presente para Contagem e para nós, moradores. É a segunda vez que venho e está muito lindo, perfeito”, disse.
Aparecida Sardinha, do Fonte Grande, acompanha o Jubileu todos os anos. “Maravilhoso esse reconhecimento. A gente só tem que agradecer”, destacou.
Maurilio de Assis, morador do Alvorada, também acompanha a cerimônia todos os anos. “Muito bom esse registro, sinal que a cidade está crescendo e tendo seus valores, cada vez mais, reconhecidos. Todos nós precisamos registrar esses momentos bons”, afirmou.
O Jubileu teve a participação do bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Nivaldo dos Santos Foto: Newton de Castro Resende/PMC
Em 2024 o Jubileu, que ocorre sempre às sextas-feiras anteriores à sexta-feira da paixão, teve a participação do bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Nivaldo dos Santos, responsável pela celebração da missa.
“É um momento histórico de legitimação da nossa fé, reconhecida de forma tão bonita. Agradecer a participação de todos paroquianos. Nem a igreja enquanto instituição, nem o governo municipal poderiam se manifestar assim, se a própria comunidade paroquial não vivesse essa riqueza e essa beleza de preservação de um bem, que é religioso, obviamente, mas que se tornou um significativo bem cultural e imaterial”, destacou o bispo.
A cerimônia contou, ainda, com a presença dos padres Márcio e Clárison, da paróquia São Gonçalo; dos vereadores Alex Chiodi e Daniel Carvalho; do secretário de Cultura, Ramon Santos; e apresentação da banda de Brumadinho, convidada pela paróquia.
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