Preocupada com a saúde e bem-estar dos motociclistas e ciclistas que circulam pela cidade, a Prefeitura de Contagem realiza, entre os dias 18 e 29 de julho, uma série de blitze, pelas oito regionais da cidade, contra o uso da linha de cerol em pipas. As ações fazem parte da Campanha Motociclista Antenado 2022 e têm como objetivo incentivar medidas de proteção que podem salvar vidas de motociclistas e ciclistas. Entre os trabalhos que serão feitos, está a distribuição de antenas que serão instaladas em motos e bicicletas.
A gerente de Educação para o Trânsito da Transcon, Fernanda Fajardo, comentou a respeito da importância das atividades. “Nós atuamos na prevenção dos acidentes de forma direta, com os motociclistas e ciclistas saindo protegidos das nossas blitze com a instalação das antenas. Não é só um bate-papo, mas uma orientação e com a distribuição de material e antenas”. A expectativa é de que, aproximadamente, 100 motociclistas e ciclistas passem diariamente pelas ações em cada regional.
O uso de antena corta-pipa é obrigatório para motociclistas, de acordo com o Artigo 139 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB. Ela protege a região do tórax e do pescoço – onde fica localizada a aorta, principal veia do corpo humano. A não utilização desse equipamento pode colocar em risco a vida de quem pilota, pois o deixa vulnerável a ser atingido pelas linhas cortantes. De acordo com o Hospital João XXIII, em 2021, foram atendidos 26 casos graves de cortes causados por cerol ou linhas similares.
Os perigos do cerol e linhas cortantes
De acordo com o site Cerol Não, o cerol é uma mistura criminosa de cola de madeira com vidro moído, passado nas linhas das pipas, com a intenção de cortar a linha das pipas de outros empinadores. Outra variação perigosa é o uso de pó de ferro, que tem o agravante, pois pode conduzir eletricidade caso a linha toque nos fios de alta tensão, gerando choques elétricos.
A mistura feita de cola e vidro moído possui uma grande capacidade de corte que pode provocar ferimentos profundos que são, potencialmente, mortais se atingirem a região do pescoço ou que podem deixar sequelas em suas vítimas.
De acordo com a lei estadual 23.515, “quem for flagrado vendendo linhas cortantes pode ser multado no valor de aproximadamente R$ 4.770,30 e, em casos de reincidência, o valor pode chegar a pouco mais de R$ 238 mil. Caso o uso da linha cause dano a alguma pessoa ou a patrimônio público, a multa é aplicada no limite máximo de R$ 238 mil e não exime o infrator das responsabilidades civil e penal cabíveis. Caso um menor de idade seja apreendido com o uso de cerol ou linhas similares, os pais ou responsáveis são notificados da autuação e o caso é comunicado ao Conselho Tutelar.
Confira abaixo as datas e locais em que as blitze serão realizadas: