Em alerta com o surto do sarampo em Minas Gerais, representantes da Secretaria de Saúde de Contagem e gestores das unidades de urgência se reuniram para alinhar diretrizes para os atendimentos nos casos de suspeita da doença. O encontro foi realizado no auditório do Centro Materno Infantil (CMI) Juventina Paula de Jesus, no bairro Cinco.
No encontro ficou definido que as equipes nos Prontos Atendimentos Pediátrico, Obstétrico, Adulto e das UPAs serão treinadas para a identificação rápida, ainda na porta, dos estabelecimentos. Serão priorizados o acolhimento e atendimento médico dos pacientes com suspeita do sarampo e será feito, na própria unidade, o bloqueio dos contatos necessários, por meio da vacinação, se confirmado como caso suspeito de infecção viral.
O responsável técnico médico do CMI, Wilton Braga, explicou ainda que outras estratégias serão definidas e implementadas de acordo com as especificidades de cada unidade para fortalecer o protocolo de atendimento indicado. O encontro contou com apresentação das medidas de controle e vigilância previstas pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica. A epidemiologista Rita Sibele de Souza expôs a respeito da situação do sarampo no mundo, sinais e sintomas da doença e o fluxo de atendimento de casos de suspeita que hoje é utilizado.
Segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Minas Gerais, em 2019, foram notificados 310 casos suspeitos de sarampo provenientes de 110 municípios no estado de Minas Gerais. Destes, 159 foram descartados, 138 estão sob investigação e 13 casos foram confirmados até o momento. Entre os confirmados, dois são pessoas residentes de Belo Horizonte, um de Betim e um de Contagem, os demais (09) casos são residentes em Uberlândia.
Durante a aula, o grupo debateu a respeito de medidas tomadas, recentemente, em alguns municípios próximos, como o fechamento temporário de unidades de saúde que impactaram no atendimento das unidades de urgência.
A diretora de Epidemiologia, Vercelli Andrade, destacou que o isolamento como ação para diminuir a transmissão do vírus é muito importante quando há suspeita para o diagnóstico de sarampo. “Estamos lidando com uma doença altamente transmissível que requer que cuidados sejam tomados para que ela não se propague, no entanto, é preciso uma abordagem adequada para que o cidadão entenda a situação que está inserido”, destacou.
Também estiveram presentes na reunião a referência técnica médica da superintendência de Urgência e Emergência (SURG), Ana Paula Goyatá, o assessor da SURG, Vinícius Oliveira Pimenta, e diretora de Imunização, Fernanda Almeida.