A prefeita de Contagem, Marília Campos, pediu à população uma maior adesão e colaboração às medidas de restrição e combate à Covid-19 na cidade. O pedido foi feito em sua live semanal desta segunda-feira (5/4), na qual ela conversa de forma online com os cidadãos do município. De acordo com a chefe do executivo, o momento exige ainda mais responsabilidade.
“Estamos vivendo o pior momento da pandemia. A população precisa verificar o que cada um pode fazer para enfrentar a pandemia. Quem puder, deve ficar em casa. Se tiver que sair, deve usar máscara, higienizar as mãos, mas evitar festas e evitar encontros. Quando alguém sabota as medidas, não está sabotando a prefeita ou a fiscalização, está sabotando a própria cidade, que está em uma batalha pela vida”, disse Marília.
A Prefeitura de Contagem segue as medidas obrigatórias impostas pela onda roxa do programa Minas Consciente do Governo de Minas Gerais. Segundo esse protocolo, as medidas mais restritivas seguirão pelo menos até o dia 11/4. Até lá, somente os serviços essenciais estão permitidos na cidade.
Marília ressaltou a dificuldade em adotar a restrição, mas também a importância da medida. “Fechar comércio não é uma escolha, é uma necessidade. A restrição de mobilidade é fundamental, principalmente associada à vacina, para conter a proliferação do vírus. As redes de saúde pública e privada estão pressionadas pela ocupação das UTIs. Isso não é brincadeira, precisamos garantir atendimento e, para isso, precisamos reduzir a velocidade de contaminação”, afirmou Marília.
Uso antiga UPA JK
Moradores cobraram da prefeita informações sobre o uso da antiga estrutura da UPA JK para suporte ao serviço funerário da cidade. A prefeita esclareceu que a medida foi necessária devido ao aumento do número de mortes na cidade, que sobrecarregou a estrutura de necrotérios.
A Prefeitura de Contagem contratou uma empresa especializada para fazer a remoção e acondicionamento de corpos, para evitar que permaneçam nas unidades da rede pública de saúde. O transporte dos corpos é realizado por veículos apropriados e com segurança sanitária. Além disso, as famílias são acompanhadas por equipe médica e uma assistente social.
“Cada unidade de saúde tem necrotérios que cabem duas ou três pessoas. A demanda está maior e não podemos deixar essas vítimas ao relento ou em qualquer lugar. São pessoas que têm histórias, famílias e merecem ser respeitadas. Nós estamos utilizando o estacionamento da antiga UPA JK, respeitando todas as medidas sanitárias, para abrigar caminhões com refrigeração para os corpos não deteriorarem, enquanto os cartórios e funerárias estiverem sobrecarregados”, explicou.
A medida é provisória e um novo espaço está em preparação para abrigar o centro de apoio. “Tivemos a cessão de outro espaço para que os caminhões possam ficar lá. Estamos dando o tratamento mais adequado que as pessoas que faleceram nas nossas unidades de saúde precisam ter”, diz Marília.
Vacinação
A vacinação segue em Contagem. De acordo com o secretário de Saúde Fabrício Simões, a cidade está imunizando idoso com idades de 67 anos e iniciará, nesta terça (6/4), a aplicação da segunda dose nos idosos que estavam agendados. “Todas as unidades de saúde estarão disponíveis para aplicação da primeira e segunda dose. Vale ressaltar que, quando abrimos a vacinação é porque garantimos as doses para todos, portanto não há necessidade de uma corrida aos postos. Vamos continuar com as medidas de segurança sanitária”, disse o secretário.
Fiscalização
Quem também participou da transmissão ao vivo foi a secretária de Prevenção e Segurança da Prefeitura de Contagem, Paola Soares. Ela ressaltou a importância da população na fiscalização das medidas de restrições na cidade. “Precisamos que a sociedade nos ajude denunciando as aglomerações. Não é o momento de festas com centenas de pessoas, não é o momento de encontros. Tivemos uma alta demanda de denúncias no 153 por conta da onda roxa. Tomamos medidas para aliviar o canal e abrimos o 3198-1535, onde a população pode tirar dúvidas. Continuem denunciando no 153, pois isso ajuda a fiscalização a atuar”, afirmou.
Repórter Rafael D’Oliveira
