O Dia da Redução da Mortalidade Materna foi celebrado em todo o país nesta terça-feira (28). Mortalidade materna é toda morte de mulher durante a gravidez ou até 42 dias depois do parto, sem importar a duração da gestação.
Em Contagem, o Centro Materno Infantil (CMI) faz uso das Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento. A maternidade implementou o programa do Ministério da Saúde “Rede Cegonha”, que busca a redução da mortalidade materna e de bebês.
Segundo a enfermeira do CMI Gisely Abrantes, a unidade garante práticas como a presença do acompanhante em todo o período de internação para assistência ao parto, o contato pele a pele, posições mais confortáveis para o parto e o aleitamento logo nos primeiros minutos de vida. As Boas Práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento apresentam cada dia mais resultados. Em 2017, não foi registrada nenhuma morte materna no local, e, no ano passado, apenas uma.
A prevenção da mortalidade materna começa muito antes da gravidez. Uma gestação planejada, desejada tem uma adesão muito maior de cuidados e mesmo de assiduidade no pré-natal do que uma não planejada. “É muito importante que as mulheres façam um acompanhamento pré-natal, com uma equipe multidisciplinar da atenção básica como médicos e enfermeiras obstetras, pois, na maioria dos casos, a gestação é de baixo risco, sem complicações”, ressaltou Gisely Abrantes.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2013, o Brasil conseguiu reduzir 43% dos números de casos de mortalidade materna. As cinco principais causas são: hemorragias, hipertensão, infecções puerperais, doenças do aparelho circulatório complicadas pela gestação e o parto. Essas causas são responsáveis por mais de 70% das mortes maternas.
Texto da estagiária Milla Silva, sob supervisão de Lucas Santos