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13 DEZ 2018
SAÚDE
Heróis que ultrapassam barreiras: deficiência visual não é doença
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Servidor há nove anos, na área administrativa da Vigilância Sanitária, Davi de Souza Lopes perdeu toda a visão aos nove anos, devido a uma doença degenerativa da retina. Davi deu um cheque-mate na deficiência, em 2011, sendo campeão regional e nacional da Copa Brasil de Xadrez, competindo com outros deficientes visuais.

Davi acredita que a deficiência visual é apenas uma dificuldade a mais na vida, mas pode ser contornada com persistência e determinação. Mas, ainda há muito que fazer para que o deficiente visual possa mostrar o seu potencial. “O mundo é feito para quem enxerga. Somos heróis ao ultrapassar a deficiência na estrutura do mundo”, assegurou.

Já, Daniel Evangelista Ferreira, servidor administrativo na Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e Coaching em Liderança também perdeu a visão ainda na infância e foi diagnosticado com Retinose Pigmentar, moléstia hereditária que causa a degeneração da retina.

Daniel falou sobre a luta pelo reconhecimento profissional e pessoal dos deficientes visuais. “Os programas do governo junto à tecnologia através dos aplicativos, promovem recursos acessíveis ao deficiente visual e permitem que possamos alcançar a independência”. Ele reforçou, também, que a inclusão tem que partir da pessoa, para que ela não seja apenas “mais um’’ deficiente.

Mitos sobre a cegueira

A cegueira ou deficiência visual não é uma doença, é uma sequela de inúmeras doenças e situações que a levam uma pessoa a não enxergar. Ela é caracterizada pela baixa percepção visual ou perda total da visão, seja por consequências congênita (com o nascimento) ou adquirida ao longo da vida.

 De acordo com o médico oftalmologista do Centro Clínico de Especialidades Iria Diniz, Leonardo Araújo, não existe cegueira parcial e sim a baixa da percepção visual, denominada visão subnormal. Segundo ele, o paciente apresenta um campo visual restrito, dificuldade com a distinção de determinadas cores ou apresenta sensibilidade exagerada à luz. Somente em alguns casos tem possibilidade de cura.

“Algumas pessoas denominam cegueira parcial quando a pessoa apresenta baixa visão. Mas a cegueira parcial não existe. À baixa da percepção visual do paciente é chamada de visão subnormal. O exemplo mais palpável disso é a catarata. A pessoa perde muito da acuidade visual e após a cirurgia retorna a enxergar normalmente”, destacou Leonardo Araújo.

Leonardo Araújo destacou, ainda, que existem diferentes condições visuais, e cada caso deve ser tratado de maneira individual. “Algumas doenças podem ser tratadas e curadas, outras podem ser estabilizadas e controladas impedindo a progressão para a cegueira. Infelizmente outras não têm cura, nem tratamento e o médico oftalmologista vai apenas acompanhar a evolução do caso”, concluiu.

Tipos de cegueira

A cegueira pode ser classificada de várias formas: congênita ou adquirida; primária ou secundária e por causas naturais ou por eventos traumáticos.

- Congênitas ou adquirida: afetam o indivíduo antes do nascimento, no período intrauterino;

- Primária: levam a cegueira por doenças próprias dos olhos;

- Secundárias: levam a cegueira por doenças sistêmicas do organismo;

- Causas naturais ou eventos traumáticos: devido a doenças e acidentes.

Prevenção e tratamento

A prevenção é dada a partir do acompanhamento periódico com um médico oftalmologista no tratamento destas doenças, tanto as oftalmológicas quanto às sistêmicas. No caso da prevenção de acidentes e eventos traumáticos é importante o uso de equipamentos de EPI como óculos protetores, capacetes, etc.

Todo o tratamento e prevenção vão depender do estágio em que a doença esteja, portanto a melhor prevenção para a cegueira na maioria dos casos é o diagnóstico precoce.

Entre as principais causas da cegueira, podemos destacar: glaucoma, retinopatia diabética, catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doenças oculares genéticas, má formações oculares congênitas, trauma ocular, causas neuroftalmologicas, etc.

A cegueira em recém-nascidos pode ser acometida por várias causas, como: doenças infecciosas; retinopatia da prematuridade; glaucoma congênito; síndromes genéticas com má formação ocular e/ou doenças congênitas: toxoplasmose e rubéola.

Origem do Dia Nacional do Deficiente Visual

Também conhecido como o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, o “Dia Nacional do Cego” é comemorado na próxima quinta-feira (13). Instituída em julho de 1961 pelo decreto nº 51.045, a data tem como objetivo conscientizar a população contra o preconceito e discriminação, incentivando o espírito de solidariedade humana e proporcionar o aumento da integração dos deficientes visuais.

Repórter Agatha Dumont sob supervisão de Lucas Santos

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