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OUT
26
26 OUT 2021
SAÚDE
Doulas oferecem conforto e tranquilidade às gestantes atendidas no CMI
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A Organização Mundial de Saúde - OMS e o Ministério da Saúde recomendam que nas maternidades vinculadas ao SUS as gestantes sejam apoiadas, durante o trabalho de parto. Em Contagem, essa orientação já faz parte da rotina do Centro Materno Infantil - CMI. Na maternidade, quatro doulas oferecem apoio físico e emocional às gestantes e às suas famílias no momento do nascimento do bebê.

A palavra doula tem origem no grego e significa “aquela que serve” e é, exatamente, o que essas voluntárias fazem. As doulas doam o seu tempo para trazer mais conforto e tranquilidade às gestantes. Estudo feito pela Cochrane Database of Systematic Reviews reconhece que o suporte contínuo oferecido pelas doulas resulta em partos mais curtos e menos dolorosos. Além de impactar na redução do uso de fórceps ou vácuo, na redução de cesáreas, no menor risco de depressão pós-parto e no início precoce da amamentação. Esse estudo avaliou cerca de 16 mil mulheres em trabalho de parto, em 17 países, entre eles, o Brasil. 

Mas o que leva uma mulher a se dedicar voluntariamente a esse trabalho não remunerado? No caso de Fabiane Costa foi o amor pela maternidade e o interesse pela gestação e pelos cuidados com os bebês. “Saber que posso apoiar e ajudar as mulheres e suas famílias me deixa realizada, pois o parto é um momento único é mágico”, revela a doula que trabalha voluntariamente no CMI, há três anos.

“É um trabalho de amor e respeito, que nos permite apoiar, física e emocionalmente, as parturientes. Tentamos tornar o parto uma experiência positiva. Conversamos, realizamos exercícios, usamos métodos não farmacológicos para o alívio da dor. Fazemos o possível para que elas tenham boas lembranças desse momento e que o parto evolua de uma forma mais natural e respeitosa’, resume. 

O retorno é muito positivo. As mães, assegura Fabiane, ficam satisfeitas ao constatar que passaram por todas as dores e emoções amparadas e acompanhadas. “Elas se sentem agradecidas pelo carinho e atendimento prestado. Há casos em que esses momentos de troca de apoio e afeto se prolongam fora da maternidade. Muitas vezes acompanho o crescimento dos bebês. As mães sempre estão me mandando fotos e vídeos do dia a dia e do crescimento dos seus filhos. Sempre que possível mantemos contato por telefone”.

É assim com a administradora Ana Carolina Salim de Oliveira, 26, moradora do Tropical, mãe da Sophia Carolina Salim. A bebê já está com 20 meses, mas o parto, realizado no ano passado, teve complicações. Foi de alto risco, por isso foi necessário fazer uma cesariana. Sofia nasceu prematura e Fabiane esteve com Ana Carolina todo o tempo. “A doula Fabi me ajudou muito, durante todo o trabalho de parto e preparação da cesária. Conseguiu me acalmar e me auxiliou durante as contrações. Já se passaram 20 meses. Mesmo assim, a Fabi continua me acompanhando. Temos contato até hoje. Só não nos vemos pessoalmente por causa da pandemia. Sou muito grata por ela ter estado ao meu lado nesse momento”.

Suporte contínuo 

A psicóloga Cecília Magna Machado, colaboradora do CMI desde 2005, é uma entusiasta do trabalho das doulas. “Elas são figuras importantes na estratégia de humanização do parto e nascimento. Fazem diferença porque oferecem suporte contínuo. Antes do parto a doula orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto, explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar física e emocionalmente para o parto das mais variadas formas. Durante o parto faz a ponte entre a equipe de atendimento e o casal, ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, entre outros”.

Pré-requisitos   

Cecília Magna Machado destacou que apesar de ser um trabalho voluntário, muitas mulheres se oferecem para atuar no CMI, mas, nem todas as pessoas estão aptas a preencher as vagas. “Antes de tudo é preciso ter o desejo de servir e ajudar, ser calma, tranquila, carinhosa e solidária, paciente, discreta e saber ouvir. Outro pré-requisito é que a candidata valorize e defenda o parto natural e tenha a capacidade de transmitir segurança e tranquilidade à mulher”, destacou Cecília. É preciso, ainda, ter sido selecionada e participado da capacitação específica e residir, preferencialmente, na comunidade assistida pela maternidade.

Com a pandemia a presença das doulas foi reduzida. Hoje, das 10, apenas quatro já retornaram. Outras seis ainda aguardam a flexibilização das regras vigentes. Cecília adianta que a intenção é que no ano que vem sejam realizados novos cursos de capacitação para que o quadro fique completo, com até 21 voluntárias.

Assim como Cecília, o diretor clínico do CMI, Wilton Braga, também elogiou e reconheceu a importância do trabalho das doulas. As voluntárias, segundo ele, contribuem para a compreensão do processo de trabalho de parto, não só pela mulher como também pelo acompanhante. “As doulas auxiliam no controle da dor e na diminuição do uso de ocitocina e anestesia. Esse suporte emocional e afetivo auxilia na manutenção dos índices de cesariana abaixo dos 35%, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde para maternidades de alto risco como a nossa, além de melhorarem a experiência da paciente com o parto”, concluiu.

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