A Defesa Civil de Contagem, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), apresentou nesta terça-feira (16), o relatório final de monitoramento das áreas de risco da regional Vargem das Flores, catalogadas no Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR). Foram apresentadas 15 áreas de risco na região classificadas como de médio, alto e muito alto, conforme o plano. Os bairros que apresentaram os maiores indicadores foram Nova Contagem, Retiro, Estaleiro I e Renascer.
Nos últimos dois anos foram atendidas 117 ocorrências, somente na regional Vargem das Flores, sendo 58% associadas a risco construtivo, 10% a escorregamentos, 14% erosões, solapamento e inundação, seguido de percentuais menores para abatimento de solos, terreno impróprio, desabamento, entre outros. O detalhamento das informações só foi possível ser obtido graças a atualização do Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), que estava desatualizado há cerca de onze anos.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Contagem, Samuel Lara, anteriormente tinha-se apenas um espelho da ocorrência dentro do território Vargem das Flores. “Agora temos um acompanhamento mais minucioso com o georreferenciamento, pontuando as demarcações por GPS de cada ponto de ocorrência, cada ponto de deslizamento e as manchas de risco. Com este relatório demonstramos para os moradores da região, lideranças comunitárias e representantes de instituições do terceiro setor aonde estão os principais locais que oferecem riscos e atuando para não caírem no esquecimento”, informou.
Para a engenheira civil, mestre em Geotecnia e doutoranda em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luciene Oliveira Menezes, que atualmente está como professora do departamento de Engenharia Civil da PUC Minas, a parceria entre instituições foi de fundamental importância. “O projeto de extensão da PUC Minas em conformidade com a Defesa Civil do município de Contagem, tem o objetivo de propor alternativas para a prevenção e mitigação dos riscos geológico-geotécnicos existentes na cidade. Foi um trabalho bem detalhado. Espera-se dar continuidade a esta parceria e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população local”, informou.
A manicure Marinalva Mangueira de Souza, de 54 anos, a qual integra o Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec), que de maneira voluntária atua no bairro Estaleiro II, disse como contribui para garantir a segurança dos moradores da comunidade. “O trabalho que faço na comunidade é o de avisar as pessoas que não é legal construir casas em áreas de risco, a exemplo perto de encostas, próximo a nascentes, nas áreas de preservação, além de informar os riscos potenciais para as autoridades. Quando identifico os problemas eu entro em contato com a administração Regional e Defesa Civil para tomar as providências. A comunidade me recebe bem e isso faz a diferença no final”, relatou.
A Regional Nacional será a próxima a receber a frente de trabalho com essa metodologia. O intuito é fazer em todas as oito regionais da cidade. Para mais informações, solicitações de visita e ou pedidos de socorro ligue para a Defesa Civil 199.