O município de Contagem participou do IV Simpósio Brasileiro Cidade, Paisagem e Natureza e do 1st International Congress Landscape, Urban Space and Sustainability, realizados entre os dias 29 e 31 de outubro. O evento, promovido de forma on-line, reuniu especialistas do Brasil e de outros países para debater as transformações nas paisagens urbanas e as relações entre planejamento das cidades, áreas verdes e sustentabilidade.
Pela Prefeitura de Contagem, esteve a bióloga Érika Pacheco, da Autarquia de Parques e Praças (Conparq), que apresentou o estudo “Entrelaces de indicadores de vulnerabilidade para gestão de áreas verdes da cidade de Contagem”, realizado em parceria com as pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Adriane Aparecida dos Santos e a professora Doralice Barros Pereira. Segundo Érika, participar de um evento como esse é uma forma de mostrar que o trabalho técnico realizado no município tem alcançado reconhecimento nacional.
“Essa participação significa que o nosso trabalho vem sendo
reconhecido como referência na integração entre meio ambiente,
planejamento urbano e sustentabilidade. Cada dado, indicador
e área verde analisada reforçam o compromisso de Contagem
com uma cidade mais equilibrada, resiliente e humana”.
Érika Pacheco, bióloga
“Participar deste espaço de troca é também reafirmar que a gestão pública pode e deve caminhar lado a lado com a ciência, porque é assim que nascem as soluções que realmente transformam o território e melhoram a vida das pessoas”, continuou ela.
De acordo com Érika, o estudo surgiu da preocupação com a degradação dos espaços verdes do município. A pesquisa propôs uma metodologia baseada no modelo DPSIR (força motriz, pressão, estado, impacto e resposta), usada para avaliar o grau de vulnerabilidade das áreas à ocupação irregular. “Esse método permite identificar e hierarquizar o grau de vulnerabilidade das áreas verdes à ocupação irregular, oferecendo subsídios técnicos para políticas públicas de conservação, manejo e recuperação ambiental”, explicou.

Contagem tem feito um trabalho de recuperação das áreas verdes visando uma cidade mais equilibrada Prints: dvulgação/Conpaq
O trabalho foi aplicado em duas áreas da bacia da Pampulha, nos bairros Arvoredo II e Carajás, regiões com alta densidade populacional e vulnerabilidade social. A análise apontou diferentes níveis de degradação e resultou em propostas práticas, como cercamento, reflorestamento com espécies nativas, criação de passeios acessíveis e ações de mobilização comunitária.
Para finalizar, Erika ressaltou que a pesquisa também reforçou a importância da participação social e da atualização constante dos diagnósticos ambientais como instrumentos para o planejamento urbano sustentável.
“Esse tipo de estudo ajuda a orientar decisões e garante que o crescimento da cidade aconteça de forma mais equilibrada, respeitando o meio ambiente e as pessoas que vivem nele”, concluiu.
O evento foi uma realização da Anap (Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista) em parceria com o programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGARQ) da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp (Campus de Bauru), e o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado Acadêmico em Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG.
Mais informações sobre o simpósio:https://www.even3.com.br/congress-landscape-568015/









