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OUT
29
29 OUT 2025
EDUCAÇÃO
Conexão com o futuro: oficina de robótica une criatividade e sustentabilidade
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Construir casas, barcos e triciclos utilizando energia solar e eólica. Essa tem sido a rotina de 20 estudantes da Escola Municipal Professor Hilton Rocha, no Petrolândia, que participam de uma oficina de robótica promovida pela empresa EcoCreator. A proposta é que os estudantes utilizem materiais recicláveis e produzidos em impressora 3D nas montagens. 

As atividades, desenvolvidas no contraturno escolar, são sempre acompanhadas por professores e têm conteúdo teórico aliado às atividades práticas. Ao todo, são 15 dias consecutivos de aula, nas quais os estudantes são estimulados a usar a criatividade na montagem dos equipamentos. 

Para fechar a oficina, que tem um total de 60h/aula com direito a certificado, haverá uma competição, na qual cada estudante poderá aplicar todo o conhecimento adquirido na montagem de um carro, que deverá responder a comandos pré-determinados no menor tempo possível. 

A dinâmica da oficina de robótica inclui conteúdos diferentes em cada aula, como explicou a Karen Luíza Braga, responsável por conduzir os estudantes pelo universo de painéis, fusíveis, peças e interruptores. 

“Cada aula trabalhamos um tópico. Na casa sustentável, por exemplo, os estudantes aprenderam um pouco sobre como funciona um painel solar e a energia eólica. Eles puderam ver um pouquinho sobre como cada uma dessas coisas se aplica, onde que a gente pode colocar e como que vale a pena investir um pouco mais em sustentabilidade”.

 
Os estudantes estão recebendo orientações sobre sustentabilidade, reaproveitamento de materiais, elétrica, entre outros e foram desafiados a criar suas próprias montagens - Fotos: Fernando Dutra/PMC

Durante a oficina, os alunos também construíram um barco com hélice. “A ideia foi testar um pouco o conhecimento e desafiar a mente deles com algo um pouco mais difícil. O barco tem uma estrutura côncava e foi realmente desafiador”, contou Karen.

Construindo robôs

Na sexta-feira (24/10), quinto dia de oficina, os estudantes construíram um triciclo e foram colocados à prova em uma competição teste. “Eles aprenderam muito rápido tudo que tem que acontecer. Tiveram várias ideias para deixá-lo mais bonito, colocaram mais LEDs e mais algumas coisas para torná-lo mais rápido. Deixamos livre para que eles pudessem ter essa experiência de fazer com as próprias mãos”, destacou Karen.

A estudante do 8º ano, Larissa Carvalho, caprichou no seu triciclo, que recebeu o nome de “Charles Leclerc”, homenagem ao piloto de Fórmula 1, e foi a grande vencedora do evento teste. 

“Eu estou achando muito legal! Os professores são muito bons e a gente está aprendendo bastante coisa. A questão da ligação dos fios, da elétrica, montagens, aprendemos um pouco de estrutura. A gente teve também alguns momentos sobre sustentabilidade, transporte, entre outras”, comentou.

     
Com seu triciclo batizado de “Charles Leclerc”, Larissa Carvalho venceu o evento teste da oficina que tem término marcado para o início de novembro - Fotos: Fernando Dutra/PMC


Larissa confessou que não gostava muito de tecnologia, mas viu no curso uma possibilidade de aprender. “Eu acho que é importante a gente sempre procurar aprender mais coisas na nossa vida e melhorar nosso currículo. O mundo que a gente vive hoje é cercado de tecnologia. Então acho que esse curso de robótica é uma questão que vai ser muito importante para o nosso futuro”.

Sobre o maior desafio no curso, Larissa não pensou duas vezes, foi construir o barco. “Ele era muito difícil, a estrutura, tinha que ligar muitas coisas ao mesmo tempo, então acabava confundindo os fios. Mas depois que aprende, que você pega o jeito, aí consegue fazer qualquer coisa. No final, funcionou!”, desabafou.

A construção do barco também foi apontada pelo estudante Hugo Teixeira, do 7º ano, como o maior desafio do curso até agora. “Quebraram várias peças durante a montagem. Tive que consertar, ajustar, quebraram de novo, mas deu certo”.

Hugo, que em casa gosta de desmontar as coisas para ver como funcionam, também aprovou a oficina. “Está sendo muito bom conectar os fios, ligar motor, ligar luz de LED, fazer as rodas funcionarem”.

De acordo com Karen Braga, ter a noção de como fazer as coisas serem melhor desenvolvidas, porque às vezes não vão funcionar de primeira, tem exigido dos estudantes uma maior capacidade de pensar, analisar os problemas e ver o que está dando errado para conseguir desenvolver o projeto. 

“Além da criatividade, capacidade de desenvolvimento e motora, temos várias conversas que são muito produtivas para criar um senso crítico neles, da sustentabilidade, da reciclagem. A gente fala muito também sobre bens duráveis, que não pode ser só uma coisa que a gente joga fora, tudo a gente utiliza”, finalizou a professora.

O encerramento da oficina na escola Hilton Rocha está previsto para o dia 7 de novembro. Os estudantes da E.M. Professora Ana Guedes Vieira, em Vargem das Flores, também participaram do projeto.


 
Autor: repórter Fernando Dutra / Edição: Ana Paula Figueiredo