Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Contagem e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Notícias
NOV
12
12 NOV 2025
EDUCAÇÃO
MEIO AMBIENTE
Contagem investe em energia solar e reforça compromisso com o futuro
receba notícias

Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, neste mês de novembro, mais especificamente para a cidade de Belém (PA). O motivo é a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que reúne lideranças de diversos países para discutir formas de reduzir os impactos das mudanças climáticas no planeta. E Contagem está fazendo sua parte e, nos últimos anos, vem investindo em ações que ajudam a reduzir os impactos ambientais e a preparar a cidade para um futuro mais sustentável. Um exemplo é a implantação de usinas fotovoltaicas (energia solar) em prédios públicos.  

A energia solar é uma das principais fontes de energia limpas e renováveis do mundo. Ela usa a luz do sol para gerar eletricidade, sem liberar poluentes ou gases que causam o aquecimento global. Além de reduzir impactos ambientais, a tecnologia tem atraído cada vez mais pessoas e instituições por ser econômica e de baixo custo de manutenção. 

Hoje, a cidade já conta com sete usinas solares em funcionamento. A primeira foi instalada na sede da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em 2022. Desde então, outras seis foram implantadas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis) e escolas. O objetivo é reduzir gastos com energia elétrica e fortalecer o compromisso da cidade com a sustentabilidade.

 
Fortalecer o compromisso da cidade com a sustentabilidade foi um dos objetivos da Semad ao implantar a primeira usina de energia solar em órgãos públicos de Contagem - Fotos: André Vilaça/PMC (1) e Luci Sallum/PMC (2)

O assessor da Semad, Eduardo Moraes, destacou que a iniciativa representa um avanço importante na gestão ambiental do município e reforça o compromisso da administração com a descarbonização. “Ao gerar a própria energia, a secretaria reduz a dependência da matriz elétrica convencional e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa. A usina também estimula outras instituições públicas a adotarem práticas semelhantes, mostrando que é possível unir eficiência energética e responsabilidade ambiental”, esclareceu.

O assessor acrescentou que o projeto está alinhado às metas do Plano Local de Adaptação Climática (Plac) e do Programa de Transição Energética das Cidades (Ptec). “A geração de energia solar contribui para o inventário de emissões do município e para os compromissos assumidos por Contagem na agenda climática. Além da economia de recursos, a iniciativa fortalece a resiliência institucional e posiciona o município de Contagem como referência na adoção de soluções sustentáveis”, completou. 

E os resultados já podem ser vistos. De acordo com Eduardo, a usina da Semad, por exemplo, conta com 80 painéis solares, totalizando uma produção média de 2,5 mil kWh por mês. O excedente é utilizado no prédio da Prefeitura. Desde a instalação, estima-se que a usina já tenha gerado entre 60 mil e 65 mil kWh.

Sustentabilidade na Educação

A Secretaria de Educação (Seduc) informou que no Cemei Confisco, inaugurado em abril de 2024, foram instaladas 106 placas fotovoltaicas, que produzem cerca de 5.055 kWh por mês. A escola consome em torno de 780 kWh, essa energia extra é transferida para as escolas Professora Maria Martins “Mariinha” e Sônia Braga da Cruz Ribeiro Silva. A mesma situação acontece no Cemei Conquista Veredas, que passou a funcionar em 2024, e também possui 106 placas solares, com média mensal de 4.500 kWh. A unidade consome cerca de 620 kWh, e o restante é repassado para a Escola Municipal Professor Wancleber Pacheco e o Cemei Mundo Maior.

Enquanto a usina do Cemei Darcy Maria de Oliveira Melo, inaugurada no mesmo mês, possui 110 placas fotovoltaicas, com geração média de 4.000 kWh por mês. O excedente é direcionado para as escolas Rita Carmelinda Rocha e Coronel Joaquim Antônio da Rocha.

 
Além da economia, as usinas de energia solar nas escolas também ensinam as crianças sobre geração de energia limpa e fomentam a consciência ambiental - Fotos: André Vilaça/PMC

No Cemei Riacho das Pedras, a usina entrou em operação em junho deste ano. O sistema conta com 110 placas solares, com capacidade média de 3.500 kWh por mês. O consumo estimado é de 2.000 kWh, e o restante será redistribuído para outras unidades. As usinas do Cemei Inova Parque e da Escola Municipal Professora Audrei da Consolação foram instaladas recentemente e ainda estão em fase de medição para registro da produção e do consumo de energia.

Para se ter uma ideia da economia financeira com o uso desse tipo de energia, ao longo de um ano e cinco meses da instalação das primeiras usinas, somente a Seduc, teve uma redução de gastos de R$ 26.830,93 com energia elétrica. Esse valor será ainda maior quando todas estiverem em pleno funcionamento e mais escolas recebendo energia excedente.

O secretário de Educação, Lindomar Diamantino, destacou que a decisão de adotar esse tipo de energia nas novas unidades da rede municipal faz parte de uma política de gestão voltada para o futuro. “Estamos construindo escolas que cuidam do meio ambiente e, ao mesmo tempo, geram economia para o município. Já temos alguns Cemeis funcionando com energia solar e estamos ampliando o projeto para mais outras unidades em breve”, afirmou.

Ele também ressaltou o papel educativo do projeto, que transforma as escolas em espaços de aprendizado prático sobre sustentabilidade e consumo consciente. “Com a economia gerada pela energia solar, podemos investir mais em infraestrutura, materiais pedagógicos e formação dos profissionais da rede. Além disso, as escolas se tornam exemplos de sustentabilidade e inovação. As crianças aprendem, na prática, de onde vem a energia que utilizam e desenvolvem uma consciência ambiental desde cedo. É uma forma de mostrar que atitudes simples podem gerar grandes transformações no futuro”, concluiu.

Produção de energia X clima

O assessor da Semad explicou que a usina, composta por 80 placas instaladas na sede da secretaria, evita a emissão de cerca de 2,47 toneladas de CO² por mês. De acordo com estudos da AWC Entendendo e Demonstrando a Sustentabilidade Ambiental na Geração de Energia Fotovoltaica, do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Esalq/USP e do Sistema Interligado Nacional (fator de emissão de CO²), esse volume equivale à preservação de mais de 2,3 mil árvores por ano. Já as usinas instaladas pela Seduc, com 106 e 110 placas, evitam a emissão de aproximadamente 16,86 toneladas de CO² por mês, o que representa a preservação de cerca de 16 mil árvores anualmente.

Transição energética em casa

A energia solar vem se tornando cada vez mais popular no Brasil e também em Contagem. Como o caso de Gabriel Chaves Santos de Oliveira, que instalou recentemente mais de dez placas solares na casa da família, no bairro Santa Edwirges. Ele explicou que a decisão de investir nesse tipo de energia surgiu da vontade de reduzir os custos com a conta de luz e contribuir para a preservação do meio ambiente. 

“Sempre tive uma visão positiva sobre a energia limpa, mas ela era algo mais idealista. Quando percebi que era possível unir economia e sustentabilidade, o ideal ganhou força e virou ação. Saber que estou reduzindo o uso de fontes poluentes, como as termelétricas, me dá uma sensação real de contribuição”, ressaltou.

Para Gabriel, gerar a própria energia trouxe uma nova forma de enxergar o consumo e o valor dos recursos naturais. Ele explica que a mudança não foi apenas tecnológica, mas também de consciência, além de acreditar que o incentivo à energia limpa é essencial para ampliar o acesso e tornar a transição energética uma realidade para mais pessoas. 

“A energia é algo que a gente não vê, mas que tem um valor enorme. Quando você começa a produzir a sua e percebe que o sol é suficiente para abastecer a casa inteira, entende o poder que temos nas mãos. É um aprendizado sobre o uso consciente dos recursos e sobre como pequenas ações individuais podem ter impacto coletivo. Quando há incentivo e informação, mais famílias podem participar dessa mudança positiva para o planeta”, concluiu.

Autor: repórter Milla Silva / Edição e revisão: Ana Paula Figueiredo