O encontro teve como objetivo realizar orientações sobre sobre saúde da mulher, pré-natal de alto risco, IST e direito ao SUS
Com o intuito de incentivar o autocuidado, prevenção e vida saudável, a Prefeitura promoveu uma roda de conversa para mulheres migrantes no Centro de Atenção Especializada Ressaca, na última sexta-feira (21/3). O encontro teve como objetivo informar, orientar e discutir sobre cuidados no pré-natal de alto risco e as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com foco na realidade das mulheres haitianas, considerando as questões culturais e linguísticas da população.
A ação, realizada pelas secretarias de Direitos Humanos e Cidadania e de Saúde, contou com profissionais de saúde e uma tradutora para garantir a compreensão total das participantes sobre os conteúdos tratados. Foram abordados temas sobre saúde da mulher, métodos contraceptivos, gravidez, pré-natal, infecções e doenças sexualmente transmissíveis, tratamentos, além de um momento para responder dúvidas. Foram distribuídos também materiais educativos de saúde em espanhol e crioulo haitiano, garantindo que as mulheres também possam repassar os conhecimentos adquiridos para a família e amigos.
A diretora de Diretora de Defesa dos Direitos Humanos, Isabela Lima, explicou que a iniciativa oferece serviços de mediação e tradução para toda a comunidade migrante. “A agenda de hoje, que é uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, foi pensada especialmente para o mês da mulher. A atuação dos Direitos Humanos ocorre por meio da mediação linguística, garantindo que essas mulheres compreendam as orientações médicas e prescrições em seu idioma materno. Com isso, a Prefeitura demonstra que estamos construindo uma cidade diversa e plural para todos, fornecendo o acesso aos serviços. Vale ressaltar que a secretaria disponibiliza a tradução para acompanhar outras demandas além da saúde como programas sociais, dependendo da necessidade de cada migrante”.
Para a médica da família e integrante da Diretoria Técnica do Centro de Atenção Especializada Iria Diniz, Marina Cruz, a iniciativa é importante, pois educação em saúde é um direito essencial para todos. “Foi uma tarde produtiva. Trouxemos um material sobre infecções sexualmente transmissíveis e pré-natal de alto risco, que são serviços que oferecemos no SUS Contagem. Conversamos, tiramos dúvidas e demos esclarecimentos. Além disso, falamos sobre a saúde da mulher e questões relacionadas à vida sexual. Foi um momento importante, pois com a ajuda da tradutora, nos comunicamos e passamos para essas mulheres migrantes a segurança e que elas também têm direito de utilizar o SUS com tudo que ele oferece de melhor. Para mim, especialmente, foi um momento, de fato, emocionante. Em 2010, eu fui como médica voluntária para o Haiti, depois do terremoto. Então, me sinto grata pela oportunidade de poder contribuir com esse trabalho junto à Prefeitura”.
No mês da Mulher, uma das ações da Prefeitura foi voltada para as mulheres migrantes
Mais inclusão e cuidado
A tradutora e mediadora cultural da Secretaria de Direitos Humanos, Angetona Dorgilus, é haitiana e ressalta que o trabalho é de grande importância para o município. “Traduzimos materiais informativos e também realizamos tradução simultânea para várias demandas. Com isso, vamos diminuindo o distanciamento dessa população com o serviço público por causa das barreiras da língua. O evento de hoje é um ganho, pois é fundamental que as mulheres migrantes conheçam e se sintam seguras para utilizar os serviços de saúde disponíveis, como as UBS, para realizar check-ups e demais tratamentos. Cuidar da saúde é essencial”.
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