A musicalização, contação de histórias e o teatro desempenham um papel fundamental na formação das crianças de 2 a 5 anos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Dessa forma, a ação “Série Concertos Didáticos”, que faz parte do Projeto “Contagem Trilhando Pela História, Cultura e Arte”, proporcionou o contato das crianças de 2 a 5 anos, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Colonial Francisco Leite Murta, com espetáculo músico-teatral de percussão, apresentado por um grupo de alunos do curso de música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na segunda-feira (14/8).
Os estudantes interagiram com as crianças, por meio de uma performance que mesclou teatro, informações e música, promovendo aprendizado de forma divertida. No repertório, músicas do cancioneiro infantil como “A casa”, “Cai, cai balão”, “Dona aranha” e “O cravo brigou com a rosa” executadas no xilofone, marimba, glockenspiel, triângulo, pandeiro, bateria ou chocalho, encantando e envolvendo os pequenos.
Entre uma canção e outra, a atriz Jake Macedo, contou a história dos instrumentos de percussão, falando da origem, onde são mais conhecidos e os ritmos dos quais fazem parte. Com personagens, que representavam os próprios instrumentos, em miniatura, ela interagiu com as crianças, que ficavam com os olhos fixos e brilhantes a cada nova informação.
“É um espetáculo de música e contação de histórias. Temos vários personagens que interagem com as crianças, como a Xilofana, Abezinho, Glokinho, Cuxixo e Caxixinho, que são instrumentos musicais e que dão vida à história contada”, descreveu Jake.
O projeto, segundo Jake Macedo, é uma forma de apresentar os instrumentos, mostrar o som de cada um, contar a sua história, aproximando-os do universo das crianças pela música, dando oportunidade de explorarem ritmos, sons e melodias, estimulando áreas do cérebro ligadas à linguagem e à criatividade. Além disso, a música promove a coordenação motora e a expressão corporal, ajudando a desenvolver habilidades físicas e sensoriais.
De acordo com a diretora do Cemei Colonial, Elis Regina de Oliveira, a atividade é uma das iniciativas da instituição para propiciar às crianças, desde cedo, o contato com a diversidade de informações e cultural. “Ainda que sejam pequenos, eles estão tendo contato com diversas informações, o tempo todo, principalmente no universo digital. Na escola, temos o dever de trazer para eles, de modo que entendam, outras formas de interação e de pensar o futuro”, ressaltou.
Ela explicou que neste contexto os pequenos alunos têm tido oportunidade de visitar e conhecer vários locais. “Fomos ao parque Gentil Diniz, e iremos visitar outros pontos da município. É importante que as crianças conheçam a própria cidade, sua história, seus patrimônios. A médio e longo prazos certamente isso irá agregar a elas”, enfatizou.
Série Concertos Didáticos
O projeto "Série Concertos Didáticos" começou de forma remota, durante a pandemia, quando cada integrante, em sua casa, gravou um pouco de seu instrumento. Depois juntaram o material e publicaram no YouTube, no canal do grupo. “Com três anos de existência, temos levado a música aos jovens no intuito de não apenas diverti-los, mas também interagir e passar um pouco de conhecimento”, disse o coordenador do grupo de percussão, Fernando Chaib.
Desde que foi iniciado, a ação, que conta a história de Caxixinho e seus amigos, já foi apresentada a várias crianças, incluindo mais de 2.000, em vulnerabilidade social, nas cidades de Barão de Cocais, Itabira, Belo Horizonte e Sarzedo. O grupo também tem um perfil no Instagram. O projeto é financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e emenda parlamentar federal.
A peça tem direção musical de Fernando Chaib e direção de cena de Andreia Marques. O Grupo de Percussão da UFMG é composto por: Adélia Cristina, Davidson Inácio, Lucas Davi, Rômulo Santana, Saulo Moraes, Valéria Prata e Victor Nascimento e a apresentação traz Jake Macedo como porta-voz da história contada às crianças.
Clique e confira a galeria de fotos. Fotógrafo: Newton de Castro Resende/PMC.
