Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Contagem e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Notícias
JUL
01
01 JUL 2022
DEFESA SOCIAL
Seminário debate gestão, participação social e políticas de prevenção de desastres socioambientais
receba notícias

Mais de 100 pessoas, entre gestores, moradores de áreas de risco e profissionais que atuam na área de Defesa Civil, participaram do 1º Seminário de Participação Popular e Gestão Pública na Prevenção de Desastres Socioambientais promovido na última quinta-feira (30/6), no auditório da PUC Minas Contagem.

Idealizado pela Secretaria Municipal de Defesa Social, por meio da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, o seminário teve como o objetivo levantar discussões e propor ações preventivas relacionadas ao tema, assim como atualizar os desafios e os avanços na política de prevenção, proteção e respostas aos desastres socioambientais na esfera municipal, para uma governança participativa e colaborativa.

A programação contou com mesas de debates, nas quais assuntos como planejamento urbano, gestão de desastres, direito dos atingidos, racismo ambiental, participação feminina e conhecimentos tradicionais na conservação do solo e das águas pautaram e nortearam as discussões. A mesa 1 (Gestão de Desastres: Conflitos e Direitos) foi mediada pela engenheira agrônoma, Marilda Quintino; e pela professora e líder da Comunidade Quilombola Arturos, Goreth Heredia. 

A mesa 2 (Urbanização e Planejamento Socioespaciais na Prevenção e Reparação de Desastres) pela diretoria de Gestão de Águas Urbanas da PBH, Úrsula Kelli Caputo; a mesa 3 (Participação Feminina na Gestão de Desastres) pela secretária de Defesa Social de Contagem, Viviane França; e pela professora e ativista ambiental, Adriana Souza.  E, por fim, a mesa 4 (Defesa Civil: Gestão Participativa e Interinstitucional) cujos debates foram abordados pela subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes; e pelo diretor de Articulação e Mobilização da Defesa Civil de Belo Horizonte, Roger Gebhard Leite.

Além da participação de especialistas da área, o seminário contou com a presença de moradores que tiveram a oportunidade de relatar o cotidiano de quem vive e convive com o risco, bem como a experiência como voluntários dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil - Nupdecs. 

Durante a abertura do evento, a secretária de Defesa Social, Viviane França, destacou a importância da adoção de medidas preventivas para evitar grandes tragédias. “Vemos nos noticiários nacionais, especialmente no período chuvoso, muitas vidas perdidas por ausência de prevenção e planejamento na cidade. Isso é lamentável. Queremos fazer diferente e fazer junto com a sociedade. É por isso que estamos aqui hoje, debatendo, avaliando e sugerindo ações para proteger o cidadão e permitir que seu direito de viver com qualidade e tranquilidade seja garantido”, 

Já a subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes, lembrou que essa pauta é prioritária para o município desde o dia da posse, quando a prefeita Marília Campos em seu primeiro ato de governo instituiu o Comitê Gestor de Área de Risco - CGAR. “A partir daí ela definiu os rumos da cidade e orientou que a prevenção, a proteção e a resposta seriam os princípios da Defesa Civil”, relatou. 

Para ela, a participação popular e a proximidade com o morador da área de risco são fundamentais para que cenários tão dolorosos de catástrofe não se repitam ou sejam reduzidos. “O trabalho da Defesa Civil começa com a comunidade, que nos incentiva diariamente a seguir na luta por proteção enquanto direito”, salientou. 

Uma das moradoras participantes, a voluntária do Nupdec João Gomes, na região da Ressaca, Sandra Fernandez, disse que estava lá em nome da sua comunidade. Ela contou que uma vez por ano, os moradores sofrem com as enchentes. "Geralmente entra lama, perdemos móveis. É um sofrimento. Mas, também, vejo uma luz no fim do túnel, pois pela primeira vez, em 30 anos, existem pessoas na Defesa Civil que se preocupam conosco. Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas eu vejo e creio que será diferente”.

Assim como Sandra, José Willian compreende bem a dor causada por desastres naturais. “Eu venho de uma vila que ficou famosa, infelizmente, por uma tragédia que esse ano completou 30 anos”. José foi morador da Vila Barraginha e presenciou desde a tragédia, que deixou 36 mortos, 70 feridos e mais de 1 mil desabrigados, até a entrega de conjuntos habitacionais, construídos por meio do Orçamento Participativo com o envolvimento da comunidade. “Hoje essa área de risco é uma área de lazer, que foi inaugurada recentemente. Temos que cobrar e reivindicar nosso direito, mas também precisamos reconhecer quando as melhorias acontecem. E, de fato, a Prefeitura e a Defesa Civil vêm trabalhando pela comunidade e proporcionando melhores condições de vida”, relatou o morador, parabenizando a iniciativa do seminário. 

Também participaram do seminário, a subsecretária de Governo, Sônia Regina; o pró-reitor da PUC Minas Contagem, Robson dos Santos Marques; e o superintendente de Políticas Afirmativas e Articulação Institucional,  João Pio de Souza. O evento foi finalizado com atividades culturais.

Clique e confira a galeria de fotos do seminário.

Autor: Carol Cunha