A prefeita de Contagem, Marília Campos, juntamente com seu vice-prefeito, Ricardo Faria, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Marcos Túlio de Melo; o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem -Transcon, Marco Antônio Silveira, e o administrador Regional Ressaca, José Geraldo, percorreu as ruas das comunidades da Vila Jardim do Lago e do bairro Boa Vista.
São cerca de 2 mil famílias na região. Também estiveram presentes lideranças da comunidade, como Lucas Rodrigues, popularmente conhecido como “Café”, Maria Eni e o vereador Gegê Marreco.
Os principais problemas apontados pelos moradores são referentes a insuficiência de atendimento da rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig e das falhas de abastecimento de água, do sistema precário de rede esgoto e de captação de águas pluviais, que são de responsabilidade da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa.
Sobre a energia elétrica, os moradores informaram que o gerador que atende a região não tem dado conta da demanda, ocasionando falta de luz frequentemente. Além dos transtornos, as oscilações na rede elétrica também têm gerado perdas materiais. É o que explicou a moradora Maria Eni. “A gente paga a conta de luz e espera um serviço digno. Mas não é o que acontece. Essa rede já queimou uma televisão lá em casa, geladeira, máquina de lavar. Assim ninguém agüenta”, lamentou Eni.
A demanda por saneamento básico não é menor. A rede que hoje atende a região concentra tanto a captação de água das chuvas quanto o despejo de esgoto das casas. Na época das chuvas, acaba transbordando o fluxo hídrico, levando esgoto para dentro das residências dos moradores. Além disso, eles também denunciaram à prefeita uma falta constante de água na região, o que lhes impõem dificuldades até para encher suas caixas d’água.
Apesar das dificuldades, os cuidados com as ruas denotam forte vínculo de pertencimento e união dos moradores. As ruas Onduras e México estavam cuidadas, sem lixos espalhados ou outras dispensações irregulares. Soma-se ao zelo dos habitantes a contratação feita pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de dois garis moradores da região, que desempenham o trabalho com especial diligência.
O líder comunitário Lucas Rodrigues falou dessa relação de pertencimento. “Aqui nos reconhecemos como uma grande família. Ninguém quer sair daqui. Nossa luta é por trazer melhorias e promover dignidade para todos que moram na região”.
A prefeita Marília Campos disse aos moradores que vai interceder junto à Copasa e a Cemig para a execução das obras mais imediatas, como a ampliação da rede de esgoto e construção de uma rede de captação de águas pluviais. “No médio prazo, vamos fazer o planejamento de urbanização da vila. Voltaremos aqui, em breve, com a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação para iniciar esse processo com a comunidade. Tem muito trabalho para ser feito, mas vamos elencar prioridades e, por isso, ouvir a comunidade é importante”.
Ricardo Faria falou da recepção da comunidade. “Impressiona o nível de organização da comunidade, a mobilização dos moradores para a apresentação conjunta das suas principais demandas para sensibilização do Poder Público”, ressaltou o vice-prefeito ao reiterar as principais providências. “A Prefeitura vai acionar a Copasa e a Cemig para resolver os problemas mais imediatos. Na sequência, iniciaremos as tratativas para urbanização da comunidade, como o saneamento básico e a mobilidade dentro das vilas”.