Representantes da Prefeitura de Contagem participaram nos dias 9 e 10 de dezembro do 3° Encontro Minas Gerais ICLEI Brasil - “Financiamento Subnacional para Clima e Desenvolvimento Sustentável”, realizado na sede da Prefeitura de Belo Horizonte. O evento foi uma oportunidade de reforçar os compromissos e projetos financiáveis assumidos durante a COP 30. Também possibilitou ampliar o diálogo entre os municípios de Minas Gerais e instituições financeiras responsáveis por financiar ações voltadas para as mudanças climáticas e estabelecer parcerias.
Na terça-feira (9/12), representando Contagem, a coordenadora-geral da Conformidade Climática da Secretaria-Geral do Município, Maria Thereza Camisão Mesquita, participou do painel “Do Diagnóstico ao Território Vivo: Vulnerabilidade Climática e Conectividade Verde”, onde apresentou os trabalhos desenvolvidos na cidade, como a construção da Conformidade Climática de Contagem, em parceria com o ICLEI. Durante a apresentação, Thereza detalhou o processo de criação do Plano de Ação Climática (PLAC) e reforçou como a estruturação da política climática exige integração e continuidade.
“Construir a Conformidade Climática é um processo que vai além do documento final. Ele envolve criar governança, elaborar diagnósticos e o inventário de emissões. Além de transformar tudo isso em uma normativa que vire política de governo. É um trabalho intersetorial, que revelou ações já existentes no município ligadas à agenda climática. O desafio agora é integrar essas iniciativas.”
Coordenadora-geral da Conformidade Climática da Secretaria-Geral do Município, Maria Thereza Camisão Mesquita
Quem também participou foi a assessora do gabinete da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Walkyria Castilho. Ela apresentou dois produtos já concluídos no processo de construção do PLAC, o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (IEGEE) e a Análise de Riscos e Vulnerabilidade Climática (ARVC), estudos que sustentam a compreensão dos setores emissores e das áreas mais expostas aos impactos do clima no município. Ao comentar os resultados, Walkyria explicou como esses levantamentos orientam as próximas etapas do plano.
“Esses diagnósticos permitem que cada ação do PLAC seja planejada com precisão. Eles mostram onde devemos atuar e qual impacto esperamos alcançar. A partir deles, conseguimos estruturar medidas que aumentem a capacidade de adaptação do município e reduzam os efeitos dos eventos extremos. Este embasamento garante que o plano responda às necessidades reais do território”, afirmou.
Participaram também o subsecretário de Projetos e Educação Ambiental da Semad, Márcio Lima e a subsecretária de Segurança Alimentar, Nutricional e Agroecologia, Cida Miranda, que apresentou o III Plano de Segurança Alimentar, Nutricional e Agroecologia (Plansana), elaborado por meio de um processo de diálogo, participação social e construção conjunta.
