Com o início do período chuvoso, a Defesa Civil de Contagem intensificou as ações educativas voltadas à prevenção de alagamentos e enxurradas. Entre as principais orientações, o órgão destaca a importância do descarte adequado de lixo e entulho, prática que impacta diretamente o funcionamento do sistema de drenagem urbana.
De acordo com a Defesa Civil, resíduos descartados irregularmente nas ruas, lotes vagos, margens de córregos ou em bota-foras clandestinos acabam sendo arrastados pela água da chuva e acumulados nas bocas de lobo. O entupimento desses dispositivos impede o escoamento adequado da água e aumenta o risco de alagamentos em diversos bairros da cidade.
“Quando o lixo é jogado na rua, ele acaba parando nos bueiros. A água da chuva não consegue entrar nos sistemas de drenagem e volta para a superfície, formando poças e alagamentos. Sacolas, garrafas e até entulho podem parar em córregos e canais. Isso diminui a passagem da água e faz o nível subir mais rápido, aumentando o risco de transbordamento”, explica o engenheiro ambiental da Defesa Civil, Marllus Paiva.
“Se a água não consegue escoar por causa do acúmulo de lixo, qualquer chuva um pouco mais intensa já é suficiente para provocar alagamentos imediatos. A cidade “inunda” mais rápido e, com isso, aumentam os riscos: perdas materiais, danos a residências, pessoas ilhadas e até a possibilidade de deslizamentos em áreas de encosta”, salienta Paiva.
Além dos transtornos causados à população, o lixo lançado em áreas indevidas chega aos cursos d’água, contribuindo para o assoreamento e para a degradação ambiental. O órgão reforça que o problema muitas vezes começa com atitudes simples do cotidiano: quando o lixo não recebe o destino correto, retorna em forma de prejuízos e danos à comunidade.
Para evitar esse cenário, a Prefeitura de Contagem disponibiliza alternativas para o descarte correto de resíduos. Entre elas estão os ecopontos, onde é possível entregar entulhos, restos de poda, móveis usados e materiais inservíveis. A cidade conta ainda com os “ferros-velhos” parceiros, voltados para materiais recicláveis.
O descarte irregular de resíduos em bota-foras clandestinos é considerado crime ambiental e pode gerar multas. Além de ilegal, essa prática coloca em risco a segurança da população, especialmente durante temporais. A formação de barreiras de lixo impede o fluxo natural da água e favorece transbordamentos. A orientação do órgão é que os moradores mantenham a rotina de descarte correto, respeitem dias e horários da coleta e denunciem pontos de despejo ilegal. Em situações de risco, a Defesa Civil pode ser acionada pelo número 199.
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Equipe da Defesa Civil de Contagem durante atendimento a ocorrências no período chuvoso. Foto: Ronnie Von-PMC
Ecopontos em Contagem
Com a proposta de tornar Contagem uma cidade mais limpa, sustentável e com melhores condições de vida para a população, a Prefeitura inaugurou em novembro mais um ecoponto, desta vez no bairro Xangri-lá, na região Nacional. A nova unidade se soma às 27 já existentes, elevando para 28 o total de pontos destinados ao descarte adequado de resíduos sólidos.
Os ecopontos são estruturas criadas para combater o despejo irregular de materiais inservíveis — itens sem utilidade que frequentemente são deixados em vias públicas, lotes vagos, margens de córregos e áreas verdes. Esse tipo de descarte pode causar problemas de saúde, atrair animais peçonhentos e roedores, provocar enchentes e degradar o meio ambiente, além de gerar custos adicionais com limpezas emergenciais. Não é permitido descartar lixo comum, animais mortos, eletrodomésticos, eletrônicos, resíduos líquidos ou materiais contaminantes nesses locais.

Um dos 28 ecopontos existentes na cidade, instalados para facilitar o descarte adequado de resíduos. Foto: Selena Souza/PMC









