A Prefeitura de Contagem segue empenhando todos os esforços para garantir os direitos da comunidade do Monte Castelo, que foi afetada por problemas estruturais ocorridos no bairro, ocasionados por problemas nas redes da Copasa. Na tarde desta quarta-feira (6/3), representantes do governo municipal se reuniram com a direção da companhia para cobrar o cumprimento do Plano de Ação proposto pela empresa.
No ano passado, a Prefeitura contratou uma perícia técnica que apontou que uma área do bairro, onde se localizam as ruas Corcovado, Cubatão e Caraça, está assentada sobre uma massa geológica e geotécnica muito suscetível à umidade, que provoca rachaduras em edificações quando há variação de expansão. Os estudos comprovaram que as fissuras nas casas ocorreram devido a vazamentos na rede de água e de esgoto da Copasa, que geraram encharcamento do solo. Assim, cabe à concessionária arcar com todos os reparos e ressarcimento aos proprietários de residências condenadas.
Foram 21 imóveis afetados que estão interditados pela Defesa Civil desde maio de 2021. Recentemente, mais uma casa na rua Caparaó foi interditada pela Defesa Civil de Contagem e também deve ser desapropriada, totalizando 22 residências comprometidas.
Para agilizar a resolução do problema, além de encomendar a perícia, a Prefeitura também providenciou a avaliação dos 22 imóveis que devem ser desapropriados e vem prestando apoio e orientação aos moradores e buscando assegurar junto aos órgãos competentes, como o Ministério Público e a Copasa, o ressarcimento aos proprietários.
A prefeita Marília Campos cobrou da companhia que apresente a repactuação do cronograma de ações em reunião no Ministério Público que ocorrerá na próxima semana. Na sequência, que seja dada celeridade na entrega de propostas de indenização aos donos dos imóveis afetados. “A Prefeitura tem o compromisso de melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida para o nosso povo. Esperamos que as demandas apresentadas na reunião sejam atendidas e que, juntos, possamos caminhar na direção de uma Contagem cada dia melhor”, disse.
“Temos todo o interesse em solucionar definitivamente essa questão o quanto antes com a indenização das famílias, ou seja, sem medidas paliativas ou alternativas”, afirmou o presidente da Copasa, Guilherme Duarte.
Vale esclarecer que um acompanhamento técnico vem sendo feito na região, baseado nos apontamentos do estudo geológico, abrangendo uma área de 255 metros da zona crítica, onde se localizam as casas interditadas. O impacto inicial atinge somente parte das ruas Corcovado, Caraça, Itapemirim, Cubatão, Caparaó, e Guararapes, e não o bairro todo. Assim, medidas urgentes devem ser tomadas pela Copasa para que o quadro não se agrave, o que, até este momento, não ocorreu. Por isso, a Prefeitura vem cobrando a concretização das ações com prioridade, de modo a garantir a segurança e a retomada da normalidade no território.
Plano de Ação
Em dezembro de 2022, a Copasa apresentou à comunidade do bairro Monte Castelo uma proposta de desapropriação dos imóveis atingidos, a supressão das redes coletoras de esgoto e de abastecimento de água da área impactada, a fim de evitar vazamentos no futuro, a substituição do sistema da Copasa em toda a região, e a implantação de uma nova ocupação urbana pública no local a ser decidida em conjunto com a população do bairro. E mais, o custeio de acompanhamento psicossocial às famílias afetadas e os custos relativos às indenizações, à contratação de projetos e no ressarcimento ao município dos valores empregados na execução de obras de demolição, contenção, implantação de infraestrutura de saneamento e da nova ocupação urbana.
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