Enquanto aguarda o processo licitatório para a retomada das obras da bacia de contenção da rua Rio Volga, a Prefeitura de Contagem esteve no local nesta segunda-feira (24/01), para monitorar a área, dialogar com os moradores do bairro Riacho e determinar intervenções paliativas.
Compareceram à visita a prefeita Marília Campos, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Marcos Túlio de Melo, o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes – Transcon, Renato Ribeiro, o administrador da Regional Riacho, José Rodrigues, e membros da comissão de obras do bairro.
A bacia de contenção da rua Rio Volga faz parte de um pacote de obras sob responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DER-MG, que inclui também a construção de um canal nas avenidas Francisco Firmo de Mattos e David Sarnoff, e de outra bacia, próxima à empresa Toshiba. O projeto foi interrompido quando a empresa Via Engenharia entrou em recuperação judicial. Neste momento, um edital de licitação está aberto para que nova empreiteira assuma e conclua as intervenções.
Durante a vistoria, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Marcos Túlio de Melo, contextualizou os imprevistos ocorridos durante a realização do projeto e falou sobre a atuação da gestão municipal, que vem cobrando o cumprimento dos prazos junto ao governo do Estado durante o processo licitatório, e determinando medidas paliativas no local.
“Para minimizar os transtornos, a Prefeitura vai fazer a dragagem para evitar a proliferação de doenças. A vigilância sanitária tem monitorado o local e nos aciona para fazer essa ação periodicamente. Além desta limpeza, atuamos em parceria com a Transcon para melhorar a fluidez do trânsito no local. Apesar de estar sinalizado, com o impedimento do fluxo, carretas têm entrado na rua e ficado presas, danificando o poste de luz e causando engarrafamentos. Então, vamos alargar a via para melhorar essa questão. São ações paliativas até que a obra seja retomada pelo governo estadual”, explicou.
As ações são necessárias para eliminar o risco de contaminação por dengue, chikungunya e zika, entre outras doenças causadas pelo mosquito transmissor que se reproduz em água parada. O alargamento da via no trecho da avenida Francisco Firmo de Matos com rua Rio Pará também vai resolver o problema de engarrafamento e acidentes envolvendo caminhões vindos da BR-381.
O administrador da Regional Riacho, José Rodrigues, ressaltou a alteração na via, que já foi iniciada, e o compromisso assumido pela Prefeitura para drenar a água acumulada após as chuvas na região. O trabalho é resultado do diálogo constante entre o Poder Público e a comunidade, por meio da comissão de obras que atua no local.
“Na quinta-feira passada, iniciou-se uma intervenção que está resolvendo um problema mais acentuado que temos aqui, de fluxo de trânsito. O compromisso da Prefeitura é alargar a via e, também, retirar a água que está se acumulando na bacia por causa do risco de dengue e outras doenças”, disse.
Projeção de retomada
Embora esteja atenta aos transtornos causados pela paralisação das obras, que é de responsabilidade do Estado, e realizando efetivamente as ações para minimizar os impactos para os moradores do entorno, a Prefeitura entende que a solução definitiva se dará somente com a conclusão da obra. Por isso o secretário Marcos Túlio de Melo projetou a retomada, pontuando que é necessário que a licitação seja efetivada. O edital foi publicado em novembro de 2021 e, neste momento, o DER-MG está analisando as propostas das empresas interessadas. A previsão é que em abril ocorra o reinício das intervenções.
“A informação que o DER-MG nos passou é que a expectativa para se dar ordem de serviço e reiniciar a obra é em abril. Estamos aguardando que se cumpra. Fiz um contato recente com a diretoria do DER, que afirmou que a licitação está caminhando, mas, neste momento, ocorrem questionamentos por parte de empresas, o que pode, eventualmente, atrasar a conclusão deste processo licitatório. O que estamos fazendo é todo o esforço para que o local tenha manutenções necessárias, e estamos cobrando do governo do Estado para que não atrase ainda mais a conclusão do projeto. Frisamos que a obra é do interesse do município, mas é de responsabilidade do Estado”, concluiu.
Em vistoria realizada em novembro do ano passado, a diretoria do DER-MG informou que resta cerca de 35% da obra a ser concluída na bacia da rua Rio Volga. Está projetado um período de 12 meses após a retomada para a concretização dos trabalhos.
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