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22 JUL 2019

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

População em situação de rua participa de torneio de futsal

Os usuários dos serviços voltados às pessoas em situação de rua, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD) e das comunidades terapêuticas de Contagem e região, deram um show de bola na terça-feira (16/07), no CSU Eldorado, em Contagem. Não só mostraram todo o seu futebol no 1º Torneio de Futsal de Inserção Social de Contagem, como deram exemplo de cidadania, inclusão e espírito esportivo que marcou presença na competição.

Formados por pessoas em situação de rua, trabalhadores dos serviços da Assistência Social, usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD) e das Comunidades Terapêuticas Ele Clama e Terra de Gilgal Recomeça.

“Esse campeonato tem vários significados. Não pensamos nele só como uma competição, mas como um processo de reinserção social e superação através do esporte”, afirma a coordenadora do CAPS AD, Reila Rezende. Ela explica que todos os envolvidos no torneio encararam muitos desafios na vida e que o torneio é um momento de confraternização e partilha. “Por meio dessas atividades trazemos o divertimento e o lazer para o paciente, dessa forma, conseguimos fazer um atendimento integral à saúde”, disse.

Para o assistente social do Centro POP Eldorado e organizador do torneio, Leandro Ribeiro , o torneio de futebol é um momento em que a população em situação de rua está confraternizando e, ao mesmo tempo, exercitando a cidadania e desenvolvendo a autoestima. “Temos dois times dentro de quadra que são adversários, mas fora dela, lutam pela mesma coisa: garantia de direitos, direito à moradia, direito à dignidade humana, direito a uma vida mais digna”, ressalta.

Segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Luzia Ferreira, valorizar a inclusão social e a inserção desses usuários é fundamental para que essas pessoas tenham dignidade. "O que vimos hoje é um ser humano que tem muita capacidade de reconstruir suas vidas e resgatar seus laços afetivos. Quando ele encontra um apoio e politicas públicas que possam acolher sem discriminação e que contribuem para o fortalecimento e o resgate da sua autoestima”, destaca a secretária.