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21 NOV 2025
AGENDA CULTURAL
CULTURA
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Igualdade racial: Contagem reafirma luta antirracista e valoriza cultura negra
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Em uma manhã marcada por emoção, ancestralidade e reafirmação de compromissos, Contagem realizou, no auditório da Escola Municipal Heitor Villa-Lobos, o Prêmio Zumbi dos Palmares 2025, a posse do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e a entrega dos Inventários de Patrimônio Cultural. O evento reuniu homenageados, comunidades tradicionais, grupos de capoeira, lideranças culturais, representantes do poder público e moradores de diversas regiões da cidade.

A prefeita Marília Campos destacou a importância simbólica e política de celebrar o 20 de novembro, reafirmando compromissos com a democracia e a igualdade racial. 

“Trata-se de uma celebração muito especial em nossa cidade. Nos reunimos para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra e reforçar o compromisso de Contagem com a promoção da igualdade racial. É um momento de reflexão, reconhecimento e afirmação da luta histórica do povo negro, que segue essencial para construirmos uma sociedade mais justa”, afirmou.

Marília também ressaltou o avanço histórico na política de preservação cultural do município destacando a entrega dos inventários atualizados dos Afropatrimônios, que representam a riqueza cultural e ancestral da cidade. “Esses registros preservam nossa memória e fortalecem a identidade do povo contagense”, ressaltou.

Zumbi dos Palmares 2025

Foram homenageadas 11 pessoas e instituições que se destacaram na luta antirracista e na promoção dos direitos da população negra em Contagem. Os premiados receberam o tradicional Troféu Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência, coragem e afirmação da identidade negra.

Posse do conselho

A cerimônia também oficializou a posse dos 48 conselheiros do Compir, para a gestão 2025–2027. O colegiado atuará no controle social, no monitoramento e na formulação de políticas públicas de enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial. A posse reafirma a importância da participação social e da construção coletiva das políticas de direitos humanos no município.

Inventários de afropatrimônios

Entre 2023 e 2025, Contagem viveu um avanço expressivo na preservação do patrimônio afro-brasileiro. A Secretaria Municipal de Cultura reconheceu 37 patrimônios culturais imateriais, destacando povos e comunidades tradicionais de matriz africana, irmandades de reinado e grupos de capoeira — um salto significativo diante da média anterior de apenas dois inventários anuais.

Esse processo envolveu mais de 150 visitas técnicas para escuta, documentação e registro das manifestações culturais em todas as regiões da cidade. A política de reconhecimento teve origem no Mapeamento de Povos e Comunidades Tradicionais, articulando diversas áreas da gestão municipal.

Nesta edição, foram entregues nove certificados de patrimônios culturais imateriais revisados e atualizados em 2025. São eles a Casa Paterna, da Capela da Comunidade Quilombola dos Arturos, três grupos tradicionais de capoeira e três terreiros que atuam em Contagem desde a década de 1990. Cada entrega representa um gesto de preservação da história viva e da memória negra da cidade.

O secretário municipal de Cultura, Ramon Santos, celebrou o simbolismo do dia e reforçou o compromisso da cidade com sua ancestralidade. “Hoje, 20 de novembro, vivi momentos que vão ficar marcados na minha memória e no meu coração. Estar presente no Prêmio Zumbi, celebrando a força e a resistência do nosso povo, e acompanhar de perto a entrega dos inventários de afropatrimônios de Contagem foi mais do que uma honra - foi sentir a história pulsar viva, orgulhosa e poderosa”.

Ramon também destacou a importância estratégica da política de preservação cultural. “O patrimônio afro-brasileiro de Contagem está vivo e pulsa nas comunidades, nos terreiros, nas irmandades, na capoeira. Hoje celebramos essas histórias, mas também renovamos nosso compromisso de preservá-las e garantir que sejam transmitidas às próximas gerações”.

Autor: repórter Pablo Abranches / Edição e revisão: Ana Paula Figueiredo