A Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar, Superintendência de Assistência Social e da Diretoria de Proteção Social Básica, abre as portas dos dez Centros de Referência de Assistência Social - Cras para receber e atender pessoas e famílias que necessitam de assistência, considerando a nova realidade de convivência familiar e comunitária imposta pela pandemia.
Os Cras, nesse cenário, são a porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social – Suas, que visa enfrentar os desafios referentes ao acesso ao trabalho, à insegurança alimentar, à erradicação da pobreza, à distribuição de renda e à melhoria das condições de vida da população através de ações, serviços, programas, benefícios e projetos da Assistência Social e do trabalho Intersetorial juntos às demais políticas públicas.
O objetivo desses equipamentos é a prevenção de situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A Assistência Social destina-se à população que vive em situação de fragilidade decorrente da pobreza, ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos afetivos: discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras.
A diretora de Proteção Social Básica, Maíra Miranda, explica que o trabalho social realizado nos equipamentos com as famílias tem como direcionamento assegurar aos usuários as seguintes seguranças: a acolhida, o convívio familiar e comunitário, a renda, o desenvolvimento da autonomia e a sobrevivência a riscos circunstanciais. “Os Cras assumem papel extremamente importante no planejamento de respostas protetivas aos reflexos que a pandemia tem gerado nas famílias, com vistas a garantir essa segurança a todos os cidadãos”, explicou.
O Cras são uma atividade essencial. Através dos atendimentos e acompanhamentos familiares, neles os profissionais se deparam com repercussões de ordem econômica, social e de saúde que têm comprometido a qualidade de vida dos usuários, causando vulnerabilidades e agravando as que já existiam, inclusive as de cunho relacionais que precisam ser tratadas de forma a prevenir a violação dos direitos dos indivíduos no interior dos núcleos familiares.
A superintendente de Assistência Social, Michele Caldeira, destaca que a diretoria de Proteção Social Básica tem por objetivo direcionar as equipes dos Cras de forma que a intercessão profissional tenha como objetivo a redução dos impactos da Covid-19 à vida da população contagense. “Mediante a instabilidade do cenário pandêmico, todas as ações previstas serão passíveis de revisão, pois estaremos em constante interlocução com a política de saúde para avaliar o cenário epidemiológico e garantir o trabalho social com as famílias. Ao mesmo tempo, estaremos atentos às condições de segurança sanitária dos trabalhadores e dos usuários”, destacou.
Público-Alvo
Famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, fragilização de vínculos afetivos relacionais e de pertencimento social, discriminação de gênero, étnicas e por deficiência ou outra situação de vulnerabilidade e risco social nos territórios de abrangência dos Cras, fortalecendo a função protetiva às famílias, prevenindo a ruptura dos seus vínculos, promovendo seus acessos aos direitos e contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida.
Serviços da Proteção Social Básica
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF visa fortalecer a função protetiva das famílias, prevenindo a ruptura de vínculos, promovendo o acesso e usufruto de direitos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Dentre as ações do PAIF, é possível citar: acolhida, atendimento e acompanhamento das famílias, oficinas, palestras, visitas domiciliares, busca ativa e a concessão de benefícios eventuais: cesta básica emergencial e inclusiva, guia para segunda via de documentos, certidão de nascimento, certidões de casamento e óbito, fotografias para documentação, vale social e outros benefícios de transporte.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é realizado em grupos organizados de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários de acordo com o seu ciclo de vida (faixa etária), a fim de complementar o trabalho social com famílias realizado pelo PAIF ou pelo Serviço de Proteção e Atendimento à Família e Indivíduos – PAEFI, prevenindo a ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social e agravos decorrentes da situação de violação de direitos. Atualmente o atendimento é feito apenas às faixas etárias de adolescentes (de 12 a 17 anos) e idosos (acima de 60 anos).