Aproximadamente 50 integrantes do “Bloco Afro Batucarte”, acompanhados por 60 jovens do “Projeto Protejo”, lotaram a praça da Glória, na regional Eldorado, e colocaram todo mundo para dançar em um evento pré-carnavalesco realizado na terça-feira (21). A ação contou com a presença de mascotes de times de futebol, incluindo o Coimbra, de Contagem, representado por uma harpia, e o ex-jogador Fábio Júnior. Ao menos 200 pessoas estavam na praça, de acordo com a Guarda Municipal.
Neste ano, a grade de conteúdos ofertada pelo Protejo inclui aulas semanais com o Batucarte. As aulas ocorrem na Escola Municipal Senador José de Alencar, no bairro Sapucaias II. O “Protejo” é uma iniciativa da Prefeitura de Contagem, por meio de convênio entre a Secretaria Municipal de Defesa Social e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ao todo, 50 alunos no turno da manhã e 50 no turno da tarde estão participando das aulas com o Batucarte desde o início de janeiro deste ano.
O “Bloco Afro Batucarte” foi fundado em 2006 pelo regente e arte-educador Gleison Emerson dos Santos, que relata que o trabalho com jovens do Protejo tem sido bem recebido. “A interação com os jovens do Protejo tem sido muito boa. A cultura e a educação abrem espaço para o diálogo sobre temas importantes para a juventude, como a vivência em comunidades carentes e o acesso aos espaços públicos que de alguma forma nos são negados. A intenção é a de trabalharmos educação, cidadania, identidade cultural e inclusão social por meio da musicalização, das oficinas de percussão e da valorização do conhecimento histórico afro-brasileiro”, disse.
Aline Gomes, 17, participa do projeto desde o ano passado e integrou a “comitiva-alegria” que participou da apresentação do Batucarte na praça da Glória. Para ela, a participação no projeto está sendo transformadora: “Acredito que o projeto tem ajudado os jovens a se entender, como eu, e isso está contribuindo para crescermos e conhecermos quem somos. Ninguém vai sair do projeto como entrou. As aulas com o Batucarte são realmente incríveis. Aprendemos ritmos e batidas diversas, agora, só falta o projeto protejo em um bloco de carnaval”.