Para capacitação de servidores e gestores, o projeto-piloto do “Plano de Gerenciamento de Risco”, elaborado pela Auditoria Geral, vinculada à Controladoria Geral do Município (CGM), foi apresentado no auditório da sede da Prefeitura de Contagem, na terça-feira (19). O evento contou com palestra do consultor e professor da Universidade Federal do Espírito Santo e bacharel em Ciências Contábeis Eduardo Zonateli. Também participaram da capacitação auditores da Controladoria Geral da Prefeitura de Belo Horizonte.
Ao abrir o evento, o auditor geral da CGM, André Hilário, discorreu sobre a relevância do tema. “A elaboração do modelo está previsto no decreto 437 de março de 2019 e pretende integrar a gestão de riscos e compliance, aliando-se a outras ferramentas como o Acordo de Resultados e o Gerenciamento de Riscos, já apresentados aos gestores como uma boa prática de governança”, afirmou.
Segundo o auditor geral, a expectativa é que a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão adote o "Plano de Gerenciamento de Risco" e que o dissemine para outras secretarias e autarquias. A capacitação a servidores já foi realizada para que estejam aptos a implementar o Gerenciamento de Riscos em seus setores.
Por sua vez, o palestrante Eduardo Zonateli explicou que a gestão de risco pode ser entendida como um sistema que faz parte do planejamento estratégico, sendo composto por processos contínuos e desenhados para identificar e responder a eventos que possam afetar objetivos. Sendo assim, pode mapear oportunidades de ganhos e reduzir a probabilidade e o impacto de perdas.
Metodologia
Zonateli deu exemplos reais do setor privado que buscaram a metodologia de gestão de risco para melhorar o controle e administrar riscos e falou que experiências de 'case' de sucesso estão sendo levadas para a área pública. “Modelos já são utilizados pela CGU e TCU, MP. E as prefeituras de Contagem e de Belo Horizonte também estão caminhando a passos largos para se beneficiar do conceito e da prática de governança, começando a adotar a gestão de risco”, disse ele.
Já o auditor Zanio Gontijo mostrou em vídeo a fábula “O Rato e a Ratoeira”, de autor desconhecido, que leva à reflexão sobre a omissão e a solidariedade de pessoas envolvidas em mesma organização. “A fábula nos mostra que o problema de um poderá ser o problema de todos”. Ele que a auditoria tem o papel de aprimoramento da gestão e não é uma ameaça. E a controladoria deve ser observada como uma referência de trabalho desenvolvido com ética e responsabilidade e que cultua a meritocracia.
Segundo Zanio, o projeto-piloto é fruto do trabalho de Gerenciamento de Riscos no Processo de Auditoria, iniciado em maio deste ano, e que já está sendo aplicado e monitorado pelos servidores da Auditoria Geral. “Nele estão contidas as medidas de controle a serem adotadas para mitigar os riscos identificados. A título de exemplo, já foi realizada e devidamente monitorada, dentro dos prazos previstos de implementação e monitoramento, a capacitação de forma prévia aos servidores que vão construir o Paint dentro dos setores.