A pauta da mulher mais uma vez veio à tona no Fórum Intermunicipal de Políticas Públicas para as Mulheres 2023. O evento, que ocorreu na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Contagem), na região Eldorado, na semana passada, contou com a participação de várias entidades municipais tendo como objetivo políticas públicas para mulheres e o alinhamento de metodologias, fluxos e protocolos que fortaleçam o trabalho em rede.
No bate-papo, a Secretaria Municipal de Defesa Social (Seds), aproveitou para divulgar o Projeto “Elo por Elas”, que é destinado a assegurar os direitos e garantias das mulheres, por meio de instrução e informação referente aos diversos tipos de violência, bem como o acesso às políticas públicas.
O Elo por Elas tem como objetivo repassar conhecimento às mulheres para que elas saibam onde e como buscar ajuda, em caso de violência doméstica ou em qualquer situação em que sofram ameaças ou agressões. “Para fortalecer as nossas ações, o “Elo por Elas” nasce como um produto de um protocolo para o município que tem como base o “No Callamos” (não nos calamos), da Espanha, muito efetivo em bares e restaurantes. Nossa meta é sistematizar a rede com os atores municipais e será entregue em novembro à população”, disse. “Um outro ponto, é que temos a convicção que as mulheres, em qualquer situação, em qualquer tipo de violência, serão acolhidas uma vez que a Guarda Civil de Contagem, por meio da Patrulha da Mulher, é capacitada”, explicou a secretária municipal de Defesa Social, Viviane França.
Representantes da Prefeitura de Contagem participaram, em Brasília, de reunião com a Embaixada da Espanha
A Prefeitura de Contagem, por meio da Defesa Social, participou de uma reunião com a Embaixada da Espanha, em Brasília, para discutir sobre o protocolo “No Callamos”, com o objetivo de enfrentamento à violência contra as mulheres nos espaços de lazer e convivência. O encontro aconteceu neste mês, mas as conversas foram iniciadas em março.
Implementado em 2018 na cidade de Barcelona para combater agressões sexuais e violências machistas em espaços de lazer da cidade, como discotecas e bares, o “No Callamos” é a base do protocolo “Elo por Elas”, onde busca-se promover a integração e capacitação da rede de atendimento e de vários órgãos e representações da sociedade civil, especialmente, os estabelecimentos de lazer e convivência, tais como: bares, cafés, quiosques, centros e complexos gastronômicos, restaurantes, casas noturnas, casas de show e outros.
“Para garantir os direitos das mulheres, bem como a redução dos índices de violência de gênero e violência sexual é importante promover a integração entre o poder público e toda a sociedade, especialmente pelo viés da capacitação e informação, pois a partir da prevenção e do devido acionamento, atendimento, registro e encaminhamento, haverá a observância dos direitos dos cidadãos e respostas mais satisfatórias às demandas”, finalizou o superintendente de Prevenção à Violência da Seds, Natal Feliciano.
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