Na casa de Mariana Salete Silva, moradora do bairro Industrial, a noite da última sexta-feira (14/4) foi agitada. Seus dois filhos, David Lucas e Eloá Silva, estavam ansiosos com a chegada do dia seguinte, para participarem da 11.ª edição da Maratoninha - atividade que faz parte do calendário da Escola Municipal Júlia Kubitschek, localizada no mesmo bairro.
“Ano passado meu filho participou e a minha filha ainda não estudava na escola. Foi uma experiência inesquecível para ele. Esse ano ele estava muito ansioso para participar novamente. Minha filha também estava muito empolgada porque ela o viu correndo ano passado e se interessou muito”, explicou Salete.
Para o sábado (15/4), o dia do evento, estavam inscritos 300 atletas, o que implicou um público de mais de mil pessoas. “Cada atleta vem acompanhado da mãe e do pai, eventualmente um irmão ou outro integrante do seu núcleo familiar. Os próprios professores e outros servidores da escola também participam”, explicou a diretora da escola, Rafaelle Oliveira Caetano.
Neste ano, a direção da escola estendeu a inscrição para os pais dos alunos e também para os vizinhos da escola. “Temos uma comunidade escolar muito ativa, que participa da preservação e dos cuidados da escola. Resolvemos estender o convite para que os pais também corressem com as crianças, abrindo a participação da maratona também para as famílias”, explicou.
A escola tem alunos na educação infantil, ensino fundamental, bem como na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com isso, são realizadas várias baterias de corrida.
Elisabete Barbosa, mãe do Miguel Felipe Barbosa, atleta inscrito e aluno do 1.º ano da escola, falou da relação da comunidade escolar com o evento. “A Maratoninha é muito falada aqui na região, as crianças gostam muito. Elas já dormem pensando nela. Esse é o primeiro ano do Miguel. Foi ele quem pediu para se inscrever. Muita gente aqui da região participa”.
A Maratoninha começou em 2011. Ele era uma atividade dentro de outro evento importante da comunidade escolar, que são os Jogos Internos do Júlia (JIJ). “Como a resposta inicial já foi muito boa, com mais de 400 atletas participantes na primeira edição, resolvemos fazer um projeto separado. De 2012 para cá virou um evento do calendário da escola”, relembrou o professor de educação física, Paulo Henrique de Almeida.
A iniciativa foi proposta por Paulo Henrique tendo em vista o crescimento das corridas de rua, em todo o Brasil e também em todo o estado de Minas Gerais, observado na época. “Nós queríamos oferecer aos alunos uma vivência bem próxima das corridas de rua profissional. Tudo com baixo custo. E nós o fizemos como se fosse uma modalidade da olimpíada”, explicou o professor.
Antes da maratona, durante as aulas de educação física os temas dessa modalidade esportiva são desenvolvidos com os alunos. Ele destacou que se trata de um esporte popular, barato, de fácil acesso, que além de estimular a prática esportiva, auxilia na sociabilidade e na criação de senso de pertencimento de toda a comunidade escolar. “Veja o grande número de famílias que estão presentes”.
Todos os inscritos receberam um kit que tinha um iogurte e algumas frutas, montado com o apoio de comerciantes do entorno da escola e de empresas parceiras. Esses parceiros também ajudam em outros custeios. “Era um sonho antigo nosso ter um arco inflável na largada e para esse ano nós conseguimos”.
Como na Maratoninha o que é valorizado é a participação, todos os inscritos recebem medalhas. “É um estímulo efetivo para crianças que apresentam algum tipo de resistência à prática esportiva, porque ela valoriza a iniciativa desse aluno”, destacou o também professor de Educação Física da Escola Municipal Júlia Kubitschek, Daniel Mota.
Os pais aprovam toda a iniciativa. “É muito satisfatório e é bom porque estimula as crianças a fazer atividades físicas. Para mim, como mãe, é maravilhoso vê-los animados dessa forma”, disse Mariana Salete Silva, mãe do David Lucas e da Eloá Silva.
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